🦋Sexagésimo Terceiro🦋

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S/n

Depois de algum tempo no hospital, minha tia estava voltando para casa.

Ainda cansada, mas melhor do que se podia imaginar.

Marcos não havia saído do seu lado nem um segundo sequer. E isso me deixava tranquila para poder ir embora, sabendo que ela estaria sendo bem cuidada.

Eu estava terminando de arrumar minhas malas, era sábado e meu ônibus sairia em uma hora. Segunda eu já deveria estar de volta a escola.

Fechei a mala e me sentei na cama, eu não sabia se estava preparada, mas uma hora ou outra teria de voltar. Não podia evitar o mundo, para ter que evitar Josh.

Peguei as malas e desci para o andar de baixo, perto da porta. Pude ver minha tia e marcos sentados na varanda abraçados, aquela imagem me partiu o coração, eles tinham tão pouco tempo.

Abri a porta e os interrompi, fiz um barulho com a garganta chamando a atenção dos dois.

-Já está na hora de você ir? - Minha tia perguntou.

-Bom ainda tenho um tempo. - Me sentei no chão encostada na parede.

-James está vindo com um biscoitos que eu fiz. - Ela sorriu. - Sem baunilha.

Sorri e logo vi James sair com uma travessa enorme de cookies.

-

Entrei no ônibus e me sentei em meu lugar. Pela janela vi os três acenando pra mim, sorri e acenei de volta.

Depois de conversamos e comermos um pouco, eles me trouxeram a rodoviária. A despedida foi triste, mas eu tentaria voltar mais uma vez, antes de...

Coloquei meu fone tentei desviar pensamentos ruins, tinha mais alguma horas pra pensar. O ônibus começou a andar e dei um último tchau para eles e a cidade.

Não demorou muito e eu senti meus olhos pesarem.

-

-A casa ficou vazia sem você. - Meu pai disse, enquanto dirigia.

-Morremos de saudade. - Minha mãe completou, no banco do passageiro.

-Eu também senti muita saudade de vocês. - Sorri, segurando no ombro dos dois.

-Como tia Lena está? - Minha mãe perguntou.

-Acho que melhor do que em anos. - Fui simples, isso era história pra outra hora.

Eles devem ter percebido pois não perguntaram nada.

-Não fomos só nós que sentimos saudade de você. - Meu pai voltou a falar.

-Como assim? - Fiquei confusa.

-Josh, foi em casa todos os dias. - Suspirei. - Ele ia perguntar se você já tinha voltado, se tínhamos notícias de você.

-Estava quase o mandando para lá também. - Minha mãe brincou, mas continuei seria.

-Que legal. - Disse seca.

O resto da viagem foi em silêncio. Sorri ao ver minha casa chegando.

Desci correndo e entrei em casa, o aroma quente e aconchegante do ambiente me fez sentir calma. Peguei minhas malas, que meu pai tinha trago para dentro, e subi as escadas.

Meu quarto continuava o mesmo, mais limpo, provavelmente por uma faxina de minha mãe.

Me joguei na cama e fechei um pouco os olhos, não estava com sono, pois havia dormido a viagem inteira, mas meu corpo estava cansado.

Me sentei e peguei meu celular, assim que ele se conectou ao Wi-Fi, não parou de vibrar, chegando várias e várias mensagens.

O deixei de lado pois havia começado a travar e me levantei da cama. Olhei pelo quarto até ceder à tentação de olhar pela janela.

Senti meu coração parar assim que olhei, cheguei mais perto para ver.

Um papel grudado na janela, com uma mensagem.

"Temos assuntos pedantes S/n"

《🍅》

Hello Babys tomates.

Como estão?

tomarão água?

Dúvidas?

Teorias?

Te amo.

Kiss Babys tomates.

𝑺𝒆𝒙 𝑬𝒅𝒖𝒄𝒂𝒕𝒊𝒐𝒏Where stories live. Discover now