Forty-nine

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POV RAFAELLA KALIMANN

Senti a queimação em minha perna e não consegui parar em pé, acabei caindo, os filhos da mãe me acertaram com o tiro disparado, arrastei um pouco saindo da visão deles, Gizelly correu até mim, o que eu iria fazer? Estávamos todos desprotegidos, eu não conseguiria dar conta de cinco homens encapuzados sozinha, ainda mais baleada.

- Avisa seu pai agora (Falei baixo entregando meu celular pra Gizelly)

Barbara e sua amiga estavam no canto da cozinha segurando meus filhos, Gizelly estava discando o número do pai dela quando um dos bandidos aproximou e chutou o aparelho pra longe

- Filho da mãe, o que vocês querem? (Eu gritei ao ver minha esposa segurando a mão)

Provavelmente o chute no celular deve ter acertado os dedos dela

- Por agora vamos levar a belíssima senhorita Gizelly Bicalho (Um dos bandidos disse pegando minha esposa pelo braço)

- Deixa ela (Gritei) me levem, fazem o que quiser comigo, mais não leva ela

Gizelly estava sendo arrastada pela cozinha, com muito esforço consegui ficar de pé, olhei em volta procurando minha arma que acabou caindo junto com a minha queda, merda, ela não estava em lugar nenhum, ao chegar na porta da sala ouvi o barulho da porta batendo, eles à levaram, soquei a parede com força, o sangue escorreu entre meus dedos, porém a única dor que eu sentia era em meu coração, como eu pude deixar eles levar ela, fui fraca.

Voltei pra cozinha onde as mulheres estavam com meus filhos, abaixei procurando minha arma e lá estava ela, embaixo do armário, peguei a mesma, pedi pra Bárbara ligar pra alguém e que cuidasse das crianças, dei alguns passos pra sair do cômodo porém a mão da Cléo me impediu

- Rafaella você precisa ir ao hospital, tá ferida

- Eu vou ficar bem, mais antes eu preciso ir atrás da minha esposa

- A Cléo tem razão Rafa, pra encontrar a Gi você precisa está bem (Barbara disse se aproximando)

Olhei pra minha perna onde me acertaram, o sangue continuava escorrendo, dei mais alguns passos e vi quando quatro seguranças da casa Branca entravam em meu apartamento

- Dona Rafaella, o senhor presidente já está sabendo de tudo, vamos, vou te levar ao hospital (O moreno engravatado disse)

- Eu estou bem, vou atrás da Gizelly

- Já tem bastante homens atrás dos bandidos, vamos trazer sua esposa de volta, agora se acalme, você precisa de cuidados médicos

- Ele está certo Rafa, vai tranquila, vou com seus filhos pra casa do papai (Barbara disse apalpando meu ombro)

Respirei fundo, o segurança me ajudou a descer as escadas e logo estávamos a caminho do hospital.

POV GIZELLY BICALHO

Ver todo aquele sangue que saia da perna da Rafaella me fez travar, não meu Deus, isso não poderia está acontecendo, eu preferia que o tiro fosse em mim, ver ela sentindo dor quebrava meu coração.

Com muita brutalidade fui levada pelos bandidos, a verdade é que eu nem conseguia tentar me soltar, eu estava em choque.

Não sei quanto tempo se passou, acordei em um galpão amarrada, o cheiro era horrível, a única coisa que me lembro foi de me jogarem no banco de um carro e colocarem um pano em meu nariz, depois disso apaguei.

Olhei em volta e nem sinal de ninguém, gritei socorro o mais alto que pude, nenhuma resposta.

Rafaella não saia dos meus pensamentos, ela estava ferida, e se a bala estivesse acertado em alguma véia artéria? Meu coração disparou com essa possibilidade, eu não podia perde-la, puxei bastante a corda que estava prendendo meus punhos atrás das minhas costas, mais só estava me causando mais dor, lágrimas foram descendo pelo meu rosto, gritei bastante

Entrou pela enorme porta um rapaz, ele se aproximou, abaixou ao lado

- Se você não parar de gritar eu vou ser obrigado a te calar. Agora bebe essa água

Ele segurou a garrafinha em minha boca, o líquido estava mais gostoso que o normal, bebi tudo em questão de segundos

- Daqui a pouco trago sua refeição, só mantenha esse sua boca fechadinha, não aguento mais ouvir seus gritos (O rapaz disse e saiu)

Encostei a cabeça na parede e me permitir chorar ainda mais, malditos, era dinheiro que eles queriam? Eles teriam, eu só queria está com minha família, com as pessoas que eu amo.

***

Já perdi as contas de quantos dias estou por aqui, sem banho, sem uma alimentação adequada, tomo água somente três vezes ao dia, eu estava fraca, fedendo, meus punhos machucados, porque eles estavam demorando tanto pra acertar o resgate? Sei que meu pai tem muito dinheiro, pagaria numa boa.

POV RAFAELLA KALIMANN

Uma semana havia se passado desde o maldito dia que fracassei, deixei que levassem minha esposa.
Fiquei no hospital por apenas três dias, o tiro que o desgraçado me acertou não teve complicações, porém tive que ficar esses dias caso tivesse alguma infecção.
Agora estou eu e meus filhos na casa Branca, minha perna já está cem por cento, nem dor mais eu sinto.

Os bandidos ainda não tinham entrado em contato com a gente, a Gizelly ainda não tinha sido encontrada, e isso estava me deixando louca

Quando eu trabalhei no FBI conheci o Fael, o melhor racker dos Estados Unidos, acabamos pegando uma amizade bacana.
Liguei pro mesmo, marquei de encontrar com ele em uma cafeteria.

***

- Fael quanto tempo (Eu disse me levantando e abraçando o rapaz que havia acabado de chegar)

- Rafaella, que saudade menina

Sentamos e fui logo contando tudo que estava acontecendo, contei pra ele o nome da pessoa que eu estava achando que estava por trás de tudo, como um bom investigador Fael anotou tudo em mínimos detalhes em seu caderninho, prometeu me ajudar, e entraria em contato assim que estivesse algo em mãos.

Ao chegar na casa dos meus sogros dei banho em meus filhos, em seguida deitei com eles na cama, Luna chorava sempre sem nenhum motivo, aliás o motivo era nítido, falta da mãe.
Gustavo não parava de perguntar quando os homens maus iam trazer a Gi de volta.

Mais uma semana se passou, e com ela meu desespero só aumentava, quinze dias com a Gizelly desaparecida, e parece que ninguém era bom o suficiente para encontrá-la.

Fael me ligou, depois de ter rastreado o celular da pessoa que dei o nome, ele passou pra mim todos os locais onde ela esteve nesses últimos quinze dias, estranhei o fato da pessoa ter ido até uma fazenda afastada três vezes.
Eu não queria e nem podia perder tempo, peguei minha arma e ainda mais munições, me preparei e peguei o carro da Gi, sai sem avisar a ninguém aonde eu estava indo, apenas pedi pra governanta da casa que cuidasse dos meus filhos.

POV GIZELLY BICALHO

Eu vivia mais desmaiada do que consciente, mais dias haviam se passado, a verdade é que eu já tinha perdido as esperanças de alguém me achar, não entendo porque ainda não tiraram a minha vida.

Ouvi um disparo de arma de fogo sendo disparado do lado de fora, apesar de fraca tentei mais uma vez me soltar, mais foi em vão, outro tiro, meu coração acelerou ao ouvir uma voz conhecida

- Cadê ela seu desgraçado (Rafaella disse aos gritos)

Tentei gritar pra avisar que eu estava aqui, mais minha fraqueza não ajudava, mais um tiro, lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto, e se acertaram mais uma vez o amor da minha vida?...

A filha do Presidente Where stories live. Discover now