𝐅𝐑𝐄𝐄𝐒𝐇 𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃⠀─ keisuke baji.

𝟬𝟲

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E se passaram dois dias. Agora, ambos se beijavam vez ou outra, mas não era o suficiente, tanto para ele quanto para você.
Assim que abriu a porta do seu quarto, puxou o garoto para mais perto e entrelaçou os braços em volta do pescoço dele, enquanto ele fazia o mesmo com a sua cintura, te trazendo para mais perto e aprofundando o beijo.
Ele se sentou na cama, com você por cima dele, enquanto o mesmo passava as mãos geladas por debaixo da sua blusa, fazendo sua voz falhar vez ou outra devido ao frio nas palmas das mãos dele.

Passou as mãos na nuca do garoto, vez ou outra puxando os cabelos dele conforme o beijo seguia. Não fazia ideia de como alguém pode ser tão bonito, os cabelos dele eram tão perfeitos que o deixavam mais bonito ainda.

Não chegaram a se tocar em partes mais baixas, mas o moreno não se segurou ao tirar sua blusa e desabotoar seu sutiã, deixando ambos seus seios expostos. Por mais vergonhosa que fosse a situação, não ousou pará-lo. E assim que ele abocanhou um dos seus seios, alguns gemidos não foram contidos quando ele passará sua língua no local, fazendo você agarrar os cabelos dele mais uma vez, jogando sua cabeça para trás. E mesmo que ele estivesse gelado, não deixava de ser prazeroso.

Em algum momento, apenas pararam e se deitaram ambos um do lado do outro, a chuva que caia do lado de fora deixava o quarto pouco mais frio, enquanto você deitava sua cabeça no peito do mesmo, passando as unhas no local, sentindo ainda mais o frio no corpo dele. A única coisa que impedia os lábios dele de ficarem secos eram os beijos, era como se ele estivesse morrendo de verdade.

⎯ Mais tarde não use uma desculpa para me evitar, como "somos irmãos, não vai acontecer denovo" ficarei triste. -ele disse, de maneira aleatória fazendo você revirar os olhos, mas mesmo assim, assentiu.

⎯ Como vou evitar alguém depois disso? -ambos soltaram um breve riso.

O moreno estava morrendo aos poucos e isso era um dos maiores problemas agora. Algumas horas mais tarde, o mesmo pegou seu celular e discou o número de Chifuyu, o qual atendeu imediatamente.

⎯ Você tem tempo? -o moreno perguntou, recebendo um riso do loiro.

⎯ Claro, estou no lugar de sempre. A propósito, daqui eu consigo sentir o frio que seu corpo emana.

⎯ Sim. Está tudo uma merda e eu preciso da sua ajuda.

O moreno não demorou a desligar, interrompendo a próxima frase do loiro que suspirou e guardou mais uma vez o celular. Enquanto com Baji, fez a mesma coisa de sempre. Pegou sua moto e dirigiu até o bar que não aparentava ter muitas pessoas, presumiu que fosse por que já era dia de semana.

Chifuyu pareceu sair, então ele se sentou na mesa e recebeu algumas mensagens suas perguntando onde ele estava e o que estava fazendo. O moreno não se importou em dar um resumo do que estava a fazer e por sorte, conseguiu enviar antes que Chifuyu chegasse.

⎯ É. Parece que entre viver ou morrer, você escolheu a pior das alternativas. -ele se sentou a frente do moreno. ⎯ Sua morte está sendo rápida, consigo perceber pelos seus lábios. Você está tão apaixonado assim? -o loiro cruzou seus braços, ainda sorrindo de maneira sarcástica, mas até ele estaba preocupado.

⎯ Não sei como fazer esse sentimento parar e isso me incomoda pra caralho. -apoiou o cotovelo na mesa, com sua cabeça acima da mão. ⎯ Mal consigo me segurar perto daquela mulher, quero puxa-lá e deixá-la livre de qualquer vestimenta. -suspirou, mandando qualquer pensamento impuro para longe. ⎯Você não tem nada que desacelere a minha morte?

⎯ A única coisa que posso dizer é, mate ela ou desabilite qualquer tipo de sentimento em relação à essa humana. Você vai acabar morto, Keisuke.

Não quer morrer, não quer matá-la, mas também quer deixar de amá-la. As três alternativas eram péssimas, o que deixava o garoto ainda mais confuso.

⎯ Se apresse Keisuke, ou seus pais serão mais rápidos.