PRIMEIRO DIA

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Louis Partridge's Point Of View.

O primeiro dia era sempre o mais tranquilo, apenas apresentações e reuniões. Richard, o responsável pelo pólo de Miami iria sair rápido demais, não daria muito tempo de eu me inteirar sobre a situação em que tudo andava. Hoje mais cedo, ele me apresentou a mulher que me ajudaria nessa difícil tarefa. S/n Miller. Apesar de seu evidente nervosismo, ela me parecia alguém muito competente e esforçada. Pelas recomendações de Richard, S/n estava por dentro de cada detalhe da empresa, como uma ótima secretaria ou braço direito. Além de ser uma mulher extremamente atraente, Srta. Miller, como eu chamava, era uma linda moça de traços latinos, seu rosto era lindamente modelado, seu nariz era pequeno e sua boca carnuda.

Ela usava um justo e modelado vestido na cor turquesa, ressaltando suas belas curvas. Seu cabelo estava parcialmente preso por um delicado laço na parte de trás. Seu olhar era temeroso, e um tanto assustado para mim. Será o que lhe causa tanto medo? O que será que ela sabia de mim? Céus! Fui o mais gentil possível, o que não era de minha natureza, mas a moça assustada merecia gentileza, já que seria praticamente minha companheira ali.

Expliquei a ela a forma como gostava de trabalhar, e de tudo que eu iria precisar no dia a dia, Miller pareceu entender tudo perfeitamente bem, anotou algumas das coisas em sua pequena agenda azul. E logo depois se retirou.

Estudei pelo resto do dia alguns relatórios deixados em minha sala, pelo jeito tudo esta andando bem por aqui. Mas precisava melhorar, pensei. Mesmo focando naqueles papéis, algo, ou melhor, alguém, me desconcentrava. Desde a noite anterior a dançarina não saia um minuto sequer da minha cabeça. A imagem dela dançando de forma tão sensual estava penetrada em meus pensamentos. Droga, Louis! Como eu poderia deixar uma mulher a qual nem se quer troquei uma palavra invadir meu espaço tão rápido? Neguei com a cabeça, tentando afastar a imagem daquela garota rebolando de forma sexy para mim, isso mesmo para mim. Mas era impossível, eu precisava vê-la de novo. No final de seu show, me senti um tanto frustrado e alegre por ela não receber as pessoas, se ela não recebia qualquer um que lhe oferecesse dinheiro, era um tanto de bom caráter... foi quando senti mais vontade de vê-la, mas minha vontade foi recusada.

- Sr. Partridge? - ouvi alguém me chamar, tirando Nancy de meus pensamentos.

S/n entrou na sala timidamente.

- Lhe trouxe o café que o senhor pediu, está bem quente - ela falou colocando ao meu lado.

- Obrigada. Srta. Miller. Sabe me dizer se Richard está na empresa?

Ela caminhou para frente de minha mesa, com a pequena bandeja nas mãos.

- Ele já foi embora senhor, a maioria já foi.

Olhei para ela um tanto confuso, todos já estavam indo embora? Que horas deveria ser? Peguei meu celular olhando para o visor e já passava das 20hrs.

- Oh, céus! Já passa das oito! O que ainda faz aqui, Miller?

- Bom, senhor... estava terminando os relatórios que me pediu.

- Deixe-os para amanhã, você pode ir para sua casa. Esqueço das horas, às vezes. Peço que me ajude nisso também, ou é bem capaz de lhe fazer trabalhar a madrugada toda.

Miller assentiu tranquilamente, eu fitei a mulher parada em minha frente, analisando disfarçadamente. Algo nela me era familiar, eu apenas não sabia o que, talvez fosse loucura. Estava tão focada na dançarina que via ela em todas as mulheres que me parecessem atraente. A moça ficou um tanto desconfortável sobre meu olhar, eu então rapidamente parei.

- Posso ir embora?

- Claro! Nos vemos amanhã, Miller.

- Boa noite, Sr. Partridge.

𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐓𝐑𝐈𝐏𝐏𝐄𝐑 ⇢ 𝐋𝐎𝐔𝐈𝐒 𝐏𝐀𝐑𝐓𝐑𝐈𝐃𝐆𝐄Where stories live. Discover now