𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐓𝐑𝐈𝐏𝐏𝐄𝐑 ⇢ 𝐋𝐎𝐔𝐈𝐒 𝐏𝐀𝐑𝐓𝐑𝐈𝐃𝐆𝐄

UM DIA DIFERENTE

S/N

Sabe quando você está dormindo, e acorda com uma energia diferente? Uma espécie de sensação boa? Foi assim que acordei hoje. Espreguicei-me sobre a enorme cama Box, sentindo todos os músculos do meu corpo mais relaxados. Abri os olhos com certa dificuldade, e fitei o teto de gesso. Meus olhos correram por todo o luxuoso quarto no qual estava hospedada. A casa dos Partridge’s era de se dar inveja, tudo era extremamente lindo, e mesmo com tanto luxo, ainda poderíamos sentir como um ambiente acolhedor.

Rolei na cama de um lado para o outro, sentindo o aroma suave que emanava dos lençóis tão macios.

Quando Louis veio em meus pensamentos. Eu não conseguia imaginar o quão difícil estava sendo para o mesmo, ter que enfrentar a doença de seu pai.

Pelo pouco de conhecimento que tinha a respeito da doença. Alzheimer era um mal incurável, e só piorava com o decorrer do tempo. Em minha cabeça, Michael era novo demais para ter tal mal, mas infelizmente aquilo não escolhia idade ou gênero. Apesar da doença. Michael parecia ser um homem feliz, até o momento eu sempre notava um sorriso sincero em seu rosto. Clara e Taylor pareciam estar conformadas a viverem com a doença do mesmo. Somente para Louis era mais dificultosa a aceitação, e eu não o julgava.

A noite de ontem realmente havia o deixado frágil demais, lembro exatamente do brilho triste dos seus olhos ao me fitar. Foi de cortar o coração vê-lo assim. O que mais havia me deixado surpresa foi o pedido de apenas um abraço. Será que Louis me considerava uma amiga? Ou havia sido somente no seu pior momento?

Não..
     
Louis não era daquela maneira, ele sempre se mostrava uma pessoa totalmente decidida e sincera. imaginá-lo de outra maneira era um tanto difícil para quem convivia com seu jeito cotidianamente. Mas então, o que ele esperava de mim? Talvez nada, apenas uma amizade. Era nítido que Louis se ajoelhava aos pés de Nancy, ou melhor, aos meus pés. Mas não era assim que eu o queria. Eu o queria, queria sentir seu carinho, queria ser cuidada, amada. Mas nesse patamar eu ainda não havia entrado.

Nancy conquistou Louis com o corpo, o desejo. E eu? O que eu havia feito? Nada. O que eu tinha conquistado de Louis?
     
Levantei-me da cama deixando as ideias para trás. Pensar em tantas coisas me deixaria confusa. Por isso, eu havia tomado uma decisão. Faria desse final de semana algo especial, eu não me preocuparia com Nancy, ou com o fato de ela ser minha chefa. Como ela havia pedido, seriamos apenas Louis e S/n. Nada mais.

«Digamos que eu acredite que ela não é, mas deveria ser, é gata.»
     
Michael falava para Louis. Será que estavam falando sobre mim? Louis soltou uma risada para Mike, jogando um pequeno pãozinho no pai.
     
— Estragar comida é pecado. Bom Dia para vocês
     
Falei ao me aproximar da mesa. Todos rapidamente colocaram os olhares sobre mim, deixando-me envergonhada. Louis me fitou dos pés a cabeça, como quem analisasse cada detalhe que havia em mim.
     
— Bom Dia S/n! — Taylor falou animada.

— Viu só Louis? S/n ainda é religiosa.
     
— Pai! — Louis o cutucou, e depois lançou um olhar em minha direção.
     
— Bom Dia S/a, sente-se com a gente. — Louis falou sorrindo.
     
S/a? Eu havia ganhado um apelido de Louis? Droga! Largue de ser uma boba S/n, é apenas um apelido carinhoso. Sorri tímida, e me aproximei dele. Haviam duas cadeiras, uma do lado de Taylor e a outra do lado de Louis.

Caminhei para mais longe daquela homem, distancia seria bom para minha sanidade mental.

— Aqui, do meu lado.
     
Seu tom de voz foi calmo, e ao mesmo tempo decidido. Sentei-me ao seu lado, recebendo um lindo sorriso.
     
— Dormiu bem? — ele sussurrou enquanto se servia de café.
     
Olhei fixamente para Louis. Essa manhã, seus olhos tinham uma tonalidade mais clara, e diferente da noite anterior. O brilho não era melancólico, e sim feliz.
     
— Sim, dormi muito bem, e você?
     
— Dormi muito bem também. Hoje nós vamos sair, certo?
     
— Vamos? — perguntei confusa.