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Jade

Isso aqui tá começando a ficar estranho.

Na verdade já tá.

Meu pai tá interagindo muito com meu amigo, eles viraram friends, e marcaram de jogar basquete um dia desses.

Eu acharia isso normal se não conhecesse meu pai.

Eu sei muito bem quando ele não gosta de alguém só pelo jeito de ele virar a cabeça, só pelo jeito de ele respirar eu consigo distinguir isso.

E uma coisa é fato.

Meu pai não gosta do Alex.

Mas o velhote atua bem em, ela tá real parecendo gostar do Poseidon.

Mas eu conheço esse velho, eu sei que ele não gosta dele, e eu vou descobrir o porquê.

Agora meu pai tá deitado no ombro da minha mãe e tá falando umas coisas aleatórias sobre o filme que tá passando, e eu tô quase dormindo.

– Vou subir. - falei bocejando. - tô quase capotando. - levantei e fui indo pra escada.

– Eu acho que tá na minha hora de ir também, foi bom conhecer vocês. - Pinguim falou educadamente e se levantou.

– Alex pode vir aqui em cima? Eu tenho que te mostrar um negócio. - falei e a cara do meu pai se transformou em raiva, mas quando o Poseidon virou pra olhar ele, ele suavizou a expressão de raiva em segundos e eu cerrei os olhos.

O que tá dando nesse velhote?

– Posso ir senhor? - Alex perguntou e o meu pai assentiu. - foi você quem deixou em. - levantou os braços em rendição e veio em direção da escada.

– Eu não quero nenhuma gracinha James. - meu pai falou e o Poseidon parou no meio do caminho e virou pro meu pai.


– Como você sabe meu sobrenome? - perguntou curioso.

– Só deduzi isso, esse sobrenome é bem comum. - falou e o Alex pareceu convencido, mas eu não.

Eu vou querer uma explicação disso.

– Filha, pode levar as minhas roupas pro meu quarto? Eu só não peguei pra não mexer nas suas coisas. - assenti e fomos subir as escadas.

Entramos no meu quarto e eu fechei a porta.

– O que você acha disso? - o Poseidon falou.

– Disso o que? - perguntei sem entender.

– Dele saber do meu sobrenome, você acreditou? - neguei.

– Óbvio que não.

– Eu também não. - falou olhando pro nada parecendo pensar.

Parece que não é só o meu pai que atua bem.

– Você sabe de alguma coisa? - cerrou os olhos pra mim. - se você sabe me fala agora.

– Eu não sei de nada cara, se eu soubesse teria pelo menos fingido acreditar no que meu pai disse. - falei cruzando os braços.

– Mas se você descobrir alguma coisa você me conta ok?

– Claro. - falei curta. - você acha que eu vou ficar articulando coisas pelas suas costas?

– Sempre fazem isso comigo. - resmungou e eu abri a boca indignada.

– E você acha que eu vou fazer isso? - ri. - Nossa Poseidon, muito obrigada.

– Calma Jade, pelo amor. - se aproximou de mim colocando a mão no meu rosto e eu senti meu corpo amolecer. - Eu só falei que fazem isso comigo, não disse que você vai fazer, eu confio em você de olhos fechados ok? - me deu um selinho. - ok? - assenti. - ótimo, agora para de palhaçada e me mostra o que você ia me mostrar.

– Não tinha nada pra mostrar, eu só tava fazendo um teste. - ele sorriu.

– Ah, espertinha. - me abraçou.

Ele nunca vai parar com essa mania de me abraçar?

– Lembra do que você falou mais cedo? - sussurrou no meu ouvido.

– Eu não lembro nem do que eu tô vestida gato. - falei e ele riu.

– Tu disse que se eu ganhasse a gente ia... - eu ri.

– Você não tá querendo fazer isso com os meus pais lá embaixo tá? - falei desacreditada da ousadia desse menino.

– É só não fazer barulho. - falou e eu ri.

– Vai embora daqui garoto. - apontei pra porta. - bora sai.

– Jade... Mas... - antes que ele falasse alguma coisa eu abri a porta e empurrei ele pra fora e fechei a porta.

Tirei a camisa ficando só de sutiã me preparando pra ir pro banho quando ouvi duas batidas na porta.

– Poseidon tá querendo me irritar hoje. - falei baixo comigo mesma e abri a porta. - fala logo o que você quer. - falei pro Poseidon que estava me medindo.

– A minha chave... - falou e eu cerrei os olhos.

– Eu não dei ela na sua mão filha de uma puta? - falei e ele checou os bolsos colocando a chave pra fora.

– Ah - riu. - eu tinha esquecido desculpa.

– Vamos - sai pra fora do meu quarto. - eu te acompanho até a porta.

– Assim. - fiz uma careta.

– O quê que tem?

– Nada ué, eu só acho que os vizinhos podem te ver e...

– Cala a boca e vamos logo. - falei sem paciência e fui descendo as escadas e ele veio atrás.

Fomos até a porta e saímos de casa e olhamos um pra cara do outro.

– Onde tá meu carro linda? - falou com uma careta.

– Tá na garagem, onde mais estaria? - falei e abri a garagem com o botão das chaves.

Ainda bem que é garagem automática, e eu não tenho que levantar.

Eu sou sedentária, desculpa.

– Que saudades bebê. - Poseidon falou indo se jogar pro carro e eu revirei os olhos.

– Vai embora logo cara. - falei sem paciência.

– Pra mim ir embora preciso que você tire o seu carro da frente da garagem, se não ele não vai conseguir sair. - bufei.

– Tô começando a achar que você quer ficar aqui em. - falei e entrei no carro.

– Só porque os imprevistos da vida estão me atrasando? Não exagera.

Suspirei e dirigi o carro pra rua, para que a princesa pudesse passar.

– Ok tirei o carro. - falei de dentro do carro e ele sorriu indo pro dele e dirigiu até a rua.

– Tchau Lagartixa. - sorriu e saiu e desapareceu no horizonte.

Dirigi de volta pra de frente pra garagem após fechar a mesma e entrei am casa avistando meu pai e minha mãe ainda assistindo aquele filme.

– Depois eu vou querer uma explicação do que acabou de acontecer. - falei e subi pro meu quarto.

Tomei um banho demorado e suave e me deitei na cama e foi como se todo o peso saísse de mim.

Amanhã o dia vai ser longo.

Apenas AmizadeWhere stories live. Discover now