the propose | pepperony

024

NARRADORA

Qualquer um que passasse por Pepper e Tony pelo aeroporto, tinha a certeza que eles eram realmente um casal.

Pepper estava com a cabeça apoiada em Tony, enquanto o mesmo tinha seus braços envolta a cintura da loira.

Já era quase dez horas da manhã, e eles estavam esperando pelo vôo para Washington.

Faltava apenas alguns minutos para dar o horário do vôo.

"Estou nervosa." Pepper levantou o rosto e encarou Tony.

"Ué. São só meus pais." Tony disse.

"É, mas não é mais só eu e você." Ela disse.

Tony se indireitou e encarou Pepper.

"Você não precisa ficar nervosa. Eu não estou nervoso para contar pra sua família." Ele disse e Pepper riu.

"Óbvio que não. Eles te amam." Pepper revirou os olhos e se emburrou, se virando para frente.

Tony riu.

"Eu tenho certeza que minha mãe vai amar." Ele disse e Pepper olhou para ele. "E meu pai, você sabe que não podemos esperar muita coisa."

O vôo de uma hora e alguns minutos foi suficiente para Pepper ficar mais calma.

Ela tinha toda razão em ficar nervosa, mas apenas de lembrar das vezes em que Maria citava a loira como "a mulher perfeita para Tony" a deixava menos apreensiva.

"Howard não está em casa." Tony disse desligando o telefone.

Fazia frio em Washington. Pepper e Tony estavam parados na frente do aeroporto, com suas malas, esperando Howard.

Tony colocou o celular no bolso e passou a mão pelo cabelo.

"Eu disse para virmos com a companhia da empresa." Tony disse. Seu tom era autoritário e ele estava claramente nervoso.

Pepper o olhou supresa.

"Está puto comigo? Não é minha culpa que seu pai é um irresponsável." A loira cruzou os braços.  "Você tem que começar a viver uma vida igual dos demais, Antony. Nem todo mundo tem carros e aviões privados."

"Eu estou apenas dizendo que seria mais fácil."

Pepper revirou os olhos.

"Pede a merda de um táxi. Pronto, sua vida não vai acabar por que o papai não pode vir te buscar." Pepper disse irônica.

Tony suspirou, estendendo a mão em direção um táxi que vinha em direção a eles.

O carro parou, e Pepper entrou enquanto Tony colocava as bagagens no porta-malas.

Tony especificou a rua quando entrou no táxi e assim, eles foram para a casa dos pais deles.

"Você é Tony Stark?" O motorista perguntou quando pararam em um sinal vermelho. 

"Sou." Tony disse.

"Sua esposa? Vocês são um casal muito bonito." O motorista falou.

Pepper riu.

"Não. Somos melhores amigos." A loira disse e Tony riu fraco.

"Ah sim. Desculpe."

O motorista parecia ter realmente se sentido envergonhado.

"Não tem problema. Se melhora, ela está grávida." Tony disse e Pepper sorriu.

"Meus parabéns." O homem sorriu. "Então, espera, você é o pai?" Ele voltou a perguntar, olhando para Tony através do retrovisor.

Tony assentiu.

"E são melhores amigos.." O motorista comentou.

Pepper não era apenas melhor amiga para Tony. Já havia desistido desse rótulo.

Mas Pepper ainda parecia intolerante à esta questão. Mesmo que soubesse que estar com Tony era uma sensação extremamente prazerosa e a moça tinha noção que nunca havia sentido aquilo com qualquer outro homem.

Após Tony pagar o taxista e pegar as malas, eles finalmente adentraram a casa dos Starks.

Tony não havia crescido naquele ambiente, então, não era nada nostálgico para ele. Na verdade, ele tinha certa repulsão quando estava ali.

"Mamãe, chegamos." Tony avisou.

Segundos depois, Maria apareceu sorridente na sala.

Ela usava um casaco e uma calça preta. E nos seus pés, chinelos felpudos.

"Minhas crianças! Que saudades." Maria abraçou Pepper e depois Tony. "Como foi o vôo?" Ela perguntou.

"Ótimo. Sem turbulências." Pepper disse.

"Teria sido muito melhor se papai tivesse ido nos buscar." Tony reclamou.

Maria engoliu em seco.

"Ele está muito ocupado nesses últimos dias, Tony. Seu pai nunca para." Maria sorriu de lado.

"Eu sei. Tempo é dinheiro." Tony disse.

O clima ficou pesado. Pepper suspirou.

"Podem subir para guardar as coisas de vocês. Vou colocar a mesa do almoço." Maria avisou e eles assentiram.

Pepper e Tony subiram as escadas, e chegaram no quarto de Tony.

Geralmente, Pepper dormia no quarto de hóspedes. Mas as coisas estavam mudando, não havia por que ela dormir longe de Tony.

"Entende por que não quero que nossa filha more aqui?" Tony perguntou enquanto colocava algumas coisas no banheiro. "Podemos morar na casa do lado, em uma casa há 10 quadras daqui, essa família sempre vai ter um ar pesado. Tudo por causa do meu pai."

Pepper tirava as roupas das malas e colocava na cômoda clara no canto do quarto.

"Sua mãe não vai querer ficar longe." Ela disse.

"Seus pais também estão longe." Tony disse. "Minha mãe tem acesso a qualquer avião privado. Pode ir para Nova York quando quiser, mas nossa filha não vai frequentar essa casa sempre."

"Deveríamos dar uma chance para Howard. Talvez ele amoleça." Pepper disse e Tony riu, indo em direção a loira.

"Acho que quem está ficando mole aqui, é você." Tony tirou as roupas da mão de Pepper e as colocou na cama. "Vamos deixar o tempo decidir." Tony segurou a cintura da loira.

"Quando vamos contar?" Ela perguntou.

Tony enrugou o nariz.

"Quanto antes melhor, Tony." Pepper disse.

"Ok. Que tal agora?" Tony perguntou.

"Não tão antes." Pepper brincou.

"Você decide, Fiore."

Eles iriam passar poucos dias ali, e Pepper queria aproveitar com Maria. Então, era mais viável eles contarem naquele momento.

"Tudo bem." Pepper disse. "Mas não quer esperar seu pai?"

Tony negou. "Nem sabemos se ele vai estar de volta hoje."

Pepper assentiu.

Tony segurou o rosto dela, e a beijou.

"Beijo de boa sorte." Tony brincou e Pepper riu.