Epílogo.

505 62 23
                                    

Josh Beauchamp

— Aqui – falei, entregando uma marmita com almoço e suco para Priscila. — Minha mãe fez uma pra você também.

Priscila sorriu largo, segurando a marmita nas mãos. Com toda a força de suas pernas – quase totalmente recuperadas –, ela se levantou e me beijou na bochecha, esfregando com carinho o local com o dedão. Sorri em sua direção e toquei rapidamente a ponta de seus dedos antes de ela retirar sua mão de meu rosto e voltar a se sentar na cadeira reservada apenas para ela no meu estúdio.

— Você e sua família são quase um milagre – ela disse enquanto abria a marmita. — Vocês são os melhores.

— Nah. Minhas meninas Soares são as melhores – retruquei, vendo seu sorriso crescer com o apelido.

Nós dois nos viramos para ver Gaby sentada na entrada do estúdio. Ela sorria e parecia mais leve que nunca. Tanto eu quanto Priscila conseguíamos ver quão melhor ela parecia. Minha Gaby era quase uma nova pessoa. Mas, ao mesmo tempo, ainda era a mesma. Apenas com mais leveza, mais sorriso e mais animação. Ela estava perfeita, perfeitamente linda e incrível. Mas não era novidade. Minha Gaby sempre tinha sido a melhor versão que eu poderia admirar.

— Inclusive – falei, voltando a olhar Priscila. — Vou ali roubar um beijo da minha menina Soares mais nova.

Beijei a testa da minha sogra antes de sair de seu lado e me mover para o lado de minha namorada. Assim que ela me viu, seu sorriso cresceu para mim, mas sem deixar de fazer o que estava fazendo.

— Gaby – chamei, forçando um tom sério. Ela me olhou, as sobrancelhas arqueadas em desconfiança. — Vim cobrar o beijo que você tá me devendo.

Ela voltou a sorrir, seu sorriso sumindo numa risada baixa e contida. E, com um balançar de cabeça, minha namorada indicou que não me daria o beijo.

— Tô trabalhando, Beauchamp – imformou, se virando e sorrindo para o sorveteiro que estava saindo.

— Nesse caso... – me movi para atrás de sua cadeira, parando onde ela não conseguia me ver. —... tudo que você precisa fazer é receber – finalizei.

Com as mãos apoiadas em seus ombros, me inclinei para beijar o topo de sua cabeça. Ela tentou se virar mas apenas facilitou meu caminho para sua bochecha. Ela riu, voltando seu olhar para a próxima pessoa da fila. Enquanto ela tentava conversar com Taylor, enchi seu rosto de beijos, seguindo caminho do topo de sua cabeça até finalmente chegar em sua boca. Dei apenas um rápido selinho antes de deixá-la e apenas ficar atrás dela, minhas mãos abraçando o entorno de seu pescoço e meu queixo apoiado em sua cabeça.

— Você é um porre, ein, Beauchamp – Taylor disse. — Sinto muito por você, Any. Você merecia coisa melhor.

Minha namorada riu, balançando a cabeça e, consequentemente, fazendo minha mandíbula se movimentar junto.

— Leia esse livro e vai ver se não sou o namorado dos sonhos de qualquer um – falei, abraçando Gaby ainda mais forte. Tirei meu queixo de sua cabeça apenas para apoiá-lo em seu ombro.

— Poxa, Josh, não comprei esse livro pra você me desanimar assim de última hora – ela respondeu, guardando o livro em sua bolsa.

Depois de interagir com mais algumas pessoas da fila, beijei a bochecha de Gaby e caminhei para o canto do estúdio, onde me sentei para vangloriar a obra de arte que era ela trabalhando com o que amava. Foi uma semana corrida. Realmente corrida. Precisei evitar ao máximo minha namorada porque estava dedicando parte do meu tempo a montar uma sessão de autógrafos para seu livro. Queria ter feito isso na livraria da cidade, mas era pequena demais e fiquei com medo de bagunçar e estragar meu plano. Então organizei tudo no meu estúdio, que tinha um ponto positivo, já que seria mais fácil trazer Gaby para cá do que para a livraria. Normalmente ela me acompanhava no estúdio. Eu gostava de trabalhar com ela por perto. Por isso, no meu escritório, ela tinha seu próprio cantinho. Seu próprio espaço na mesa, sua própria cadeira e até mesmo lugar livre na estante, onde ela colocou foto nossas com Sven.

The Louise Lake | BEAUANYWhere stories live. Discover now