love is in front of me ~ mozka e sn 🎂💙

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Passava meus olhos pelo meu novo e primeiro apartamento que consegui com meu esforço. Não era luxuoso; era pequeno, mas seria meu lar e seria o lugar mais confortável para mim.
Ouvi alguém fechando a porta do apartamento ao lado, olhei e vi um rapaz magricelo, com uma camiseta raglan escrito algo, bermuda, tênis e boné. Seu cabelo era grande bem como o bigode:
- Oh, oi. Você é a nova vizinha?
Perguntou jogando as chaves do seu imóvel dentro do bermudão, assenti:
- Seja bem vinda.- Estendeu a mão para me cumprimentar, apertei sua mão- Me chamo Mozka e... Bom, somos vizinhos.
Rimos. Seu sorriso dele era lindo, me deixou sem ar por pequena fração de segundo:
- Sou a S/n, mas pode me chamar de S/a.
Nos despedimos. Mozka foi fazer o que ele ia fazer e eu iria começar a arrumar a mudança.
Coloquei o celular conectado à minha caixa de música, botei o Kissing In The Rain Chapter já programado para, após aquele EP, tocar o álbum RED  (Taylor's Version).
Arrumei maior parte das coisas, contudo me faltava alguns móveis,  que só seriam entregues dali dois ou três dias, para organizar meus pertences.
Deitei no chão cansada, observando o céu noturno da cidade do Rio De Janeiro pela janela, sorri satisfeita.
Acordei com a campainha tocando, me levantei do chão, ajeitei a roupa indo atender a porta:
- Já vai.
Murmurei, ao atender, vi Mozka segurando um bolo comprado em alguma loja, sorri:
- Oi, vizinho.
O sorriso foi retribuído pelo homem:
- Oi, vizinha. Comprei um bolo pra você.
Disse um pouco tímido. Aquele homem era adorável:
- Você faz isso para todos que chegam aqui?
Perguntei brincando, peguei o bolo de suas mãos, dei espaço para ele entrar:
- Não. Na verdade nunca parei para conhecer os meus vizinhos. Moro aqui na Tijuca, mas passo mais tempo na Barra, trabalhando, do que aqui.
Fechei a porta, fomos até a cozinha, abri a embalagem, peguei dois pratinhos de sobremesa, cortei uma fatia para mim e outra pro meu convidado, o entreguei:
- E no que você trabalha?
Perguntei interessada na conversa:
- Com roteiros para vídeos de YouTube pro Felipe Neto.
Arregalei os olhos enquanto mastigava:
- Caraca.- Engoli o bolo- Você trabalha pro Felipe Neto?!
O maior assentiu:
- Cara, acompanho ele desde o Parafernalha. Assistia os esquetes dele depois da meia noite com a luz do Pocket bem baixinha para minha mãe não pegar. Ele é um puta ator.
Quando percebi que havia dito um palavrão perto do meu vizinho, arregalei os olhos e pedi desculpas. Ele ria, disse que estava tudo bem:
- Mas e você? O que uma paulista tá fazendo aqui no Rio?
Encolhi os ombros:
- Além de ter conseguido a vaga na faculdade que eu queria; bom, queria tentar algo novo. Como o money que é good nós não have para mudar para o exterior, muito menos para a Inglaterra, então o Rio já me bastou. O apartamento tava num preço bom, é confortável e numa localização relativamente boa, então me mudei.
Sorriu assentindo sua cabeça como se estivesse entendendo tudo, sorri.
Ficamos conversando por horas até ele se lembrar dos seus gatos de estimação:
- Até mais, Mozka.
Disse. Mozka, ao se despedir, beijou perto dos meus lábios, me deixando com vontade de que ele errasse mais alguns centímetros e me beijasse na boca:
- Até mais, S/a.
Foi embora, fechei a porta me sentindo nas nuvens.
Nos dias que sucederam, sai algumas vezes com o homem, que me apresentou o bairro. Já fazia uma semana que eu morava na cidade que já foi capital do país, quando, ao voltar da faculdade, vi uma carta na soleira da minha porta. Me agachei para pegar.
Não tinha o remetente, então resolvi abrir para ler.

Cara S/n:

Essa última semana tem sido tão incrível. Ter te conhecido foi incrível.
No trabalho me pego pensando em como você está e o que posso planejar para podermos passar um tempo junto. Não sei, isso nunca me aconteceu antes. Parece um imã ou uma corda me puxando para você, S/a.
Seja o que for, espero que nunca passe, pois me sinto bem assim.
Meus colegas me zoam agora por sempre estar cantando suas músicas; estar um tanto quanto aéreo, porém isso não me incomoda. Nem um tico. Eu gosto da sensação que você me causa.
Estou falando tudo isso por que quero saber se você gostaria de sair comigo.

Att;
Bruno Mozka.

Meu coração pulou inúmeras batidas, me senti feliz por estar sendo correspondida.
Tirei da minha mochila um caderno para escrever a resposta ao homem.

Caro Mozka:

Fico feliz em saber que não sou a única a ter gostado desses dias. Desde o primeiro dia você me deixou simplesmente encantada por você.
Adoraria sair com você. Hoje a noite, às 19:30, pode ser?

Encantada por te conhecer;
S/n S/sn

Botei o bilhete debaixo da soleira dele, voltei ao meu apartamento para me arrumar.
Como não sabia para que tipo de lugar Mozka me levaria, vestiria um jeans escuro sem rasgos, salto boneca rosa claro, cropped branco comprido para não ficar aparecendo tanto a barriga, um casaquinho cor creme para ficar bem equilibrado o visual.
Tomei uma ducha, lavei o cabelo, me vesti, fiz uma maquiagem leve, penteei meu cabelo em um rabo de cavalo. Quando acabei meu penteado, a campainha tocou, peguei minha bolsa, abri a porta e vi Bruno Mozka mais lindo que o normal.
Não usava seu fiel escudeiro (boné), usava uma camiseta branca, uma jaqueta escuro, jeans cinza e tênis:
- UaU. Você está incrível, S/a.
Suspirou, sorri tímida:
- Você também, Mozkito.
O maior riu, fiquei boba com seu sorriso como sempre.
Fomos até a entrada do edifício aonde aguardamos o 99 para irmos ao anfiteatro. Durante a espera, ele segurou minha mão, olhei para nossas mãos dadas, sorri.
Sua mão era quente e grande bem como seu coração, me fazia me sentir bem:
- Deu uma esfriada, não é mesmo?
Tentou puxar conversa:
- Uhum.
Concordei, ficamos em silêncio até ele, novamente, tentar puxar assunto:
- Vem cá.- Me puxou delicadamente para frente dele, porém me colocando de costas contra o mesmo- Tá vendo aquela constelação?
Apontou para o céu, assenti:
- Aquela é a Cão menor, e... Olha ali o Cruzeiro do Sul!
Segurou minha cintura. Era bom estar assim com o cara que eu gostava, virei minha cabeça para ele. O mais velho também me olhou, nos beijamos.
Era um beijo calmo, gostoso que dizia muita coisa que palavras apenas não eram capaz de demonstrar:
- É, acho que o pessoal da empresa estava certo sobre eu estar apaixonado por você.
Ri ajeitando seu cabelo:
- É, também acho.
Rimos, nos beijamos novamente.
A peça de teatro foi agradável assim como a noite em si. Após a peça voltamos para casa, aonde pude sonhar com um futuro com meu vizinho, e pensando que love is in front of me.

~Imagines Da netolab~Where stories live. Discover now