A Culpa não foi minha! (Girafa G!P)

Capítulo 35

RAFAELLA

Os dias foram passando com calma, minha rotina em si, era de casa para a faculdade pela manhã. Uma das agências que patrocinam a universidade, pediu para mandar nomes as quais eles escolheriam apenas cinco. O reitor, no entanto, escolheu os alunos com notas altas. Fui escolhida entre tantos outros alunos, Marcella e Flavina também. Fazíamos de tudo para conseguir essa vaga, eu principalmente. Eu precisava mais que tudo esse estágio remunerado. Eu precisava parar de depender de minha vó, agora que ela está sozinha. Hoje é nosso primeiro dia no estágio, o horário seria após as aulas, logo depois do almoço.

- Bom dia!- Cheguei à copa encontrando todos já tomando o café da manhã.

Com o decorrer do tempo, as meninas e eu decidimos deixar o alojamento da universidade e alugar uma casa com dois quartos. Os meninos de nossa sala, também vieram. Foi uma escolha de comum acordo. A casa em si é grande, tem dois banheiros, uma copa, cozinha, sala e um quintal grande. Dividimos um quarto para os meninos e outro para as meninas.

- Bom dia, baby!- Eusébio me respondeu.

Bom dia, Rafinha!- Rheldem também respondeu.

- Dormiu bem, Rafa?!- Desse vez foi Ronaldo. Ele sempre fazia a mesma pergunta toda amanhã.

- Dormi sim! O que temos aqui?- Perguntei me referindo a mesa posta.

- Compramos o pão de queijo que você gosta.- Marcella respondeu.

- E eu fiz a sua marmita.- Flavina respondeu em seguida. Semicerrei meus olhos para elas duas.

- Estou sendo muito mimada por vocês duas. O que é?!-

- Estamos felizes! Hoje é nosso primeiro dia na agência.- Marcella voltou a dizer, fazendo meu coração bater mais forte.

- Voltei a ficar nervosa.- Respondi por fim, suspirando pesado.

Tempos depois, terminamos o café da manhã e seguimos para a faculdade. As meninas e eu fomos no carro com Rheldem, enquanto Eusébio levava Ronaldo em sua moto. Era assim todos os dias.

O dia passou entre uma aula e outra e quando terminamos, seguimos para o refeitório, onde abrimos nossas marmitas e almoçamos. Não demoramos para estar dentro de um carro de aplicativo indo em direção a agência.

Chegamos em menos de uma hora e já encontramos alguns rostos conhecidos. Alguns alunos esperavam ser chamados, as meninas e eu também esperamos. Durante a entrevista, respondemos muitos perguntas. Coisas do tipo: O que era a moda para mim?! O que era o significado de design?! Por que eu escolhi estudar esse tema?! E entre outros. Respondi todas com muita sinceridade. No fim, pediram para que esperássemos novamente.

- Tomara que não demore muito. Já estou com fome de novo.- Flavina chamou nossa atenção.

- Será que dar tempo da gente ir ali na rua procurar alguma lanchonete?- Marcella respondeu.

- Não sei como vocês conseguem pensar em comida uma hora dessa. Estou muito nervosa e ansiosa. Não vou conseguir comer nada.-

- Mas você precisa comer em, mocinha. Tem um bichinho dentro da sua barriga. E ele precisa ser alimentado.- Flavina voltou a dizer.

Seu comentário fez-me pensar automaticamente em Gizelly. É um bichinho nosso. Para meu alívio e alegria, minha rotina corrida não me deixa pensar tanto nela. Pois toda vez que penso sinto uma saudade enorme, e uma angústia logo em seguida. Meu choro logo embarga na garganta. Vez ou outra me pego pensando onde ela deva estar, e o que anda fazendo. Quero muito que esse estágio der certo, assim vou ter menos tempo ainda de pensar nela.