O Casamento

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Durante o resto do dia, os três objetos que Scrimgeour dera aos dois passaram de mão em mão. Primeiro foram analisados por Sally, Greg, a sra. Hudson, Dave e a Sra. Lestrade. Mais tarde foram apreciados pelos Holmes e os Donovan quando chegaram do trabalho. Todos admiraram o desiluminador e Os Contos de Beedle, o Bardo, e lamentaram que Scrimgeour tivesse se recusado a entregar a espada, mas ninguém foi capaz de sugerir o motivo por que Dumbledore teria legado a John um velho pomo.

O casamento seria no dia seguinte e a ordem foi para que todos dormissem cedo. Por isso depois do jantar, enquanto ajudava a mãe a recolher os pratos, Sherlock sussurrou no ouvido de John:

– Me encontre no sótão quando todos dormirem.

Algumas horas depois, o corvino estava sentado no chão do sótão, em meio às caixas empoeiradas, folheando Os Contos de Beedle, o Bardo aleatoriamente. Não demorou para John entrar e já apontar a varinha para o alçapão.

Abaffiato.

Sherlock fechou o exemplar.

– Não era você que dizia que os feitiços de Snape podiam ser perigosos? – Indagou o corvino.

– Esse é útil demais pra ignorar. Pelo visto Greg dormiu rápido.

– Sim. Eu enfeiticei ele.

– ...

Sherlock dobrou os joelhos e apoiou os braços em cima deles enquanto elevava o olhar para o namorado.

– Pode confessar, John. Você fez o mesmo com a Sally.

– Acho que você é uma péssima influência pra mim.

– Falou o bruxo que trapaceou no ano passado para ser o melhor aluno de Poções.

John se sentou ao lado dele, ficando ombro a ombro, e tirou do bolso do moletom o pomo de ouro.

– Eu não quero dar razão pro ministro – ele falou soltando a bolinha dourada e deixando-a voar bem próximo da sua cabeça –, mas não da pra negar que tudo no testamento é estranho. Você achou alguma pista no livro?

– Eu só consigo ler algumas frases em runas. Preciso do silabário pra entender melhor, e isso demora. – Sherlock folheou novamente o exemplar – Mas é estranho que Dumbledore tenha escolhido um livro de histórias infantis pra deixar uma mensagem.

– Como você sabe que são histórias infantis?

– É mesmo, você é nascido trouxa.

– Essa é uma coisa meio difícil de esquecer – John balançou a cabeça sorrindo.

– Vocês devem ter histórias infantis famosas.

– Ah, temos. Os três porquinhos, Chapeuzinho Vermelho, Branca de Neve, A Bela e a Fera...

– Bela e a Fera? É uma moça que se casa com um lobisomem? Remo e Tonks iriam gostar.

– Er... Vamos concordar que você nunca vai comparar eles com a Bela e a Fera, tá bom? As chances de você ofender os dois são bem grandes.

Sherlock deu de ombros e ergueu o pequeno livro:

– Vocês tem essas histórias. Nós temos Os Contos de Beedle, o Bardo. Se realmente tivesse uma mensagem secreta entre as runas, o Ministério da Magia já teria identificado. Os textos são muito simples. Bastaria colocar uma pessoa pra ler cada conto.

Ele tornou a baixar o exemplar antes de continuar falando:

– E ainda tem a espada. Dumbledore me garantiu que ela não era uma Horcrux. E se era pra eu ficar com ela, por que ele simplesmente não me deu?

Potterlock - As Relíquias da MorteWhere stories live. Discover now