8.

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— rafe

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rafe.

Beatrice já estava no gelo quando cheguei ao CT, o que provavelmente não era uma boa notícia, mas eu havia checado as horas antes de entrar e vi que estava dentro do prazo. Precisei passar no dormitório depois de aturar todos os garotos me enchendo a paciência quando expliquei o acordo que tinha com ela. Todos menos Topper. É claro que ele sabia, ele dividiu a cama com ela na noite anterior, e isso fazia meu estômago se revirar de uma maneira preocupante.

Me aproximei do portão de entrada para o gelo e deixei minha mochila na primeira arquibancada. Por um instante apenas a observei patinar, a maneira como deslizava sobre os patins parecendo até mesmo flutuar, como quem nasceu para fazer aquilo.

— Ela é incrível, não é? — uma mulher baixa e um pouco mais velha murmurou para mim, eu nem se quer havia notado sua presença. — Sou Taylor, treinadora da Beatrice. Bem, pelo que soube, sua treinadora também a partir de agora.

— Rafe Cameron — estendi a mão em sua direção e sorri, tentando demonstrar confiança.

Ela não precisava saber que eu estava mais assustado e perdido do que um bezerro recém parido.

— Devo dizer, quando Beatrice me contou que havia conseguido um jogador de hóquei para substituir o Luke eu não quis acreditar, mas aqui está você... — ela me observou de cima a baixo e depois voltou os olhos brevemente para a garota que ainda patinava completamente alheia a minha presença. — Pensei em começar pelos levantamentos na sala com o tatame, mas acho que é melhor vocês patinarem um pouco juntos para tentarmos ajustar o ritmo das passadas primeiro. Não imaginei que a diferença de altura de vocês fosse ser tanta.

— Sem problemas.

Assenti e retirei a proteção das lâminas, me preparando para entrar no gelo. Taylor chamou por Beatrice, ela imediatamente se aproximou e ouviu com atenção as instruções da treinadora enquanto eu deslizei para seu lado.

— Sem pressa pessoal, apenas procurem igualar o ritmo das passadas e se manterem um ao lado do outro.

Foi a vez de Beatrice assentir, ela me encarou por um instante e fiz sinal para que ela fosse na frente. Tão leve quanto antes, ela deslizou as lâminas no gelo e eu procurei acompanhá-la.

No hóquei basicamente se tratava de ser o mais rápido, mais forte, mais agressivo, foi gritante a diferença enquanto eu simplesmente patinava tranquilamente ao seu lado. Taylor tinha razão, a diferença de altura foi um problema. Por ser bem mais alto, minhas passadas eram bem maiores que as dela, o que me deixava sempre um pouco mais à frente. Foram precisos alguns ajustes e xingamentos entrecortados de ambas as partes até que entrássemos em um ritmo relativamente decente.

𝐒𝐂𝐀𝐑𝐘 𝐋𝐎𝐕𝐄; 𝘳𝘢𝘧𝘦 𝘤𝘢𝘮𝘦𝘳𝘰𝘯Onde histórias criam vida. Descubra agora