17.

512 59 4
                                    

— beatrice

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

beatrice.

De todas as vezes que fui ao dormitório de Rafe, nunca imaginei que estaria ali para aquilo algum dia. Enquanto o acompanhava na subida das escadas, com nossas mãos dadas e dedos entrelaçados, a ansiedade subiu em meu estômago como água borbulhando.

Aguardei que Rafe destrancasse a porta e respirei fundo ao ouvi-la se fechar atrás de mim. Me virei para observa-lo, seus olhos, que geralmente são azuis cristalinos, pareciam escurecidos. Vi sua língua deslizar pelo lábio inferior enquanto ele me olhava de cima a baixo, completamente imóvel. Um sorriso se formou em seus lábios quando ele tirou o tênis, se aproximou e segurou minha mão outra vez, me levando em direção à cama perfeitamente arrumada onde ele se sentou, deslizou as mãos pela parte de trás de minhas coxas e me puxou para o seu colo.

Conseguia sentir seu coração batendo acelerado contra meu corpo, via seu peito expandindo de forma rápida e constante, podia jurar que até mesmo sua garganta oscilou. Suas mão empurraram meus tênis em direção ao chão. O encarei carinhosamente e passei as mãos por seus cabelos, parando em seu pescoço, e me aproximei devagar para beijar seu rosto, redobrando o cuidado ao passar perto de seus machucados. As mãos de Rafe estavam firmes em meu quadril e seus olhos não ousaram deixar os meus quando me afastei.

— Você é de verdade? — ele perguntou quase em um sussurro, me fazendo franzir as sobrancelhas.

— O que quer dizer?

— Não consigo parar de pensar na possibilidade de isso ser apenas fruto da minha imaginação, uma espécie de sonho.

— E por que você acha isso?

— Porque sonho com você muito mais vezes do que gostaria de admitir.

— Então aproveite ao máximo, — foi minha vez de sorrir ao tirar minha blusa — porque dessa vez é real.

Não achei que fosse possível, mas seus olhos adquiriram um tom ainda mais escuro. Uma de suas mãos foi em direção aos cabelos de minha nuca quando ele os segurou e trouxe meu rosto para perto. Seu beijo foi como um choque se espalhou por todo meu corpo, me energizando e me trazendo para a vida. Esfreguei meu quadril contra o seu, o sentindo duro debaixo de mim, e ele habilidosamente abriu o fecho do meu sutiã, se desfazendo da peça em questão de segundos.

Seu braço se enroscou em minha cintura e ele nos ergueu para me colocar deitada sobre o colchão. Observei maravilhada ele retirar seu moletom, deixando os gloriosos músculos a mostra. Apoiado nos próprios braços, ele se abaixou e deslizou os lábios em meu queixo, descendo em direção ao pescoço. Imediatamente deitei a cabeça para trás, sentindo sua risada reverberar em minha pele quando ele chegou aos meus seios e os chupou levemente. Deslizei uma das mãos para baixo na tentativa de acaricia-lo, mas ele foi mais rápido e agarrou meu punho para afasta-la.

— Não — sua voz soou rouca quando ele se colocou de joelhos e desabotoou seu jeans. — Hoje é sobre você.

A boxer branca não deixava muito para a imaginação, e tenho certeza de que o sorriso que se formou em seus lábios significava que ele tinha plena consciência disso. Suas mãos agarraram a barra de minha calça e o tecido foi ao chão com um som seco, e Rafe tirou um tempo para apreciar a visão de mim deitada em sua cama usando apenas uma calcinha de renda vermelha. Foi impossível não reparar na tensão em seus ombros, no peso que sua respiração ganhou, e me perguntei o que estava se passando em sua mente naquele instante. Ele enfiou os polegares pelo elástico da renda e livrou-se da minha última barreira de roupa antes de deslizar o rosto entre minhas pernas.

Foi como se Rafe simplesmente despejasse um litro de álcool sobre mim e ateasse meu corpo em chamas. Cada centímetro de mim respondia a ele, minha mente se tornou completamente nebulosa e naquele momento nada mais importava. Minha coluna automaticamente se arqueou e deslizei os dedos entre seus cabelos querendo desesperadamente trazê-lo mais para perto enquanto tentava mover meu quadril, mas ele o mantinha preso a cama de modo firme com um dos braços.

— Rafe... — gemi, sentindo qualquer controle que ainda restava em mim se esvair por completo. — Eu vou...

Fui incapaz de terminar a frase. A onda de prazer me dominou, parecendo me estraçalhar em zilhões de pedaços quando cheguei ao orgasmo. Meu corpo inteiro tremia e eu não conseguia pensar em absolutamente nada, minha cabeça se esvaziou por completo e precisei de algum tempo para me situar novamente.

— Meu Deus — murmurei com a voz entrecortada e ofegante enquanto encarava o teto.

— Achei que já tínhamos conversado sobre isso Evans... — sua respiração instável se chocou em minhas coxas quando ele ergueu a cabeça e seus olhos encontraram os meus. — Quando for chamar por mim, — Rafe subiu até estarmos com os rostos próximos e me encarou no fundo dos olhos — não olhe para cima.

Arfei e o puxei para mim, me maravilhando com a sensação de sua língua com meu gosto explorando minha boca por completo enquanto o tecido de sua boxer tocava minha pele ao movimentarmos juntos os quadris. Rafe deixou escapar um som rouco que reverberou por todo meu corpo, acordando cada um de meus sentidos.

— Preciso entrar em você — ele murmurou. — Agora.

Observei ele se colocar de joelhos, estender a mão em direção à gaveta de sua cômoda e pegar uma camisinha que manteve entre os lábios enquanto se livrava de sua boxer. Em uma velocidade impressionante ele rasgou o pacote e a vestiu, colocando-se deitado sobre mim outra vez. Seus olhos permaneceram grudados nos meus o tempo todo enquanto ele se empurrava de modo dolorosamente lento. Quando começou a se mover devagar, pude ver o quanto ele estava se contendo pela maneira que os músculos de seu pescoço e seus ombros permaneciam tensos a cada vez que ele saía e se impulsionava para frente outra vez. Enlacei seu quadril com as pernas, seus braços tremeram, quase vacilando por um instante, e ele afundou o rosto em meu pescoço para beijar e mordiscar a pele sensível em minha nuca.

— Você me deixa louco — Rafe murmurou, cada frase separada por uma estocada. — Tudo em você parece ser feito especialmente para me excitar. O corpo. A voz. O cheiro. Até a droga da respiração.

Senti seu braço deslizar em minhas costas e ele pressionou meu corpo contra o seu ao nos girar na cama para me colocar por cima. Gemi com o prazer que a posição me oferecia quando impulsionei meu quadril para frente e para trás e senti suas mãos agarrarem minha bunda enquanto seus olhos não deixavam meu corpo nem por um maldito segundo. Uma delas se afastou por um instante apenas para que ele me desse um tapa estalado, o som reverberando por todo o cômodo. Minhas pernas tremiam incontrolavelmente e tentei a todo custo me afastar, mas ele manteve uma das mãos na base de minha coluna e subiu a outra em direção ao meu pescoço para forçar meu tronco para baixo até que eu estivesse praticamente deitada sobre ele, usando a força das pernas para impulsionar o próprio quadril para cima cada vez com mais força.

— Goze para mim de novo Evans — ordenou com a voz rouca.

E Rafe estraçalhou meu corpo e minha mente novamente enquanto gemia em meu ouvido ao empurrar uma última vez.

Fui incapaz de me mover. Não queria sair do conforto de seu abraço e perder a sensação de tê-lo dentro de mim. De sentir seus braços ao meu redor enquanto sua mão deslisava para cima e para baixo em minhas costas numa carícia lenta. De sua respiração ofegante em meu ouvido em sincronia com a minha.

E minha mente ecoou seu nome por horas enquanto ele me tomou de novo e de novo.

Rafe. Rafe. Rafe. Rafe.

𝐒𝐂𝐀𝐑𝐘 𝐋𝐎𝐕𝐄; 𝘳𝘢𝘧𝘦 𝘤𝘢𝘮𝘦𝘳𝘰𝘯Onde histórias criam vida. Descubra agora