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— beatrice

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beatrice.

Quando a campainha tocou naquela manhã, amaldiçoei baixinho com todos os nomes possíveis o visitante antes mesmo de saber de quem se tratava. Era meu primeiro dia livre, realmente livre, sem obrigações ou compromissos, e receber alguém em casa às dez horas não estava nos meus planos.

Meu cabelo recém lavado pingava água que escorria em minhas coluna e a sensação pareceu se confundir com um verdadeiro choque no instante em que abri a porta e me deparei com a última pessoa que esperava encontrar ali.

— Topper? — consegui articular os pensamentos o suficiente para murmurar.

— Bom dia linda! — seu sorriso vacilou por um instante ao me encarar. — Desculpe, atrapalhei seu banho?

— Não, eu só... achei que você estivesse viajando. Entre.

— Resolvi voltar antes por conta do jogo que vamos ter no segundo dia depois do feriado — ele explicou enquanto entrava.

Assenti e forcei um sorriso antes de caminhar em direção às escadas com ele em meu encalço. Não que sua presença ali não fosse algo familiar, ele provavelmente já havia tomado o rumo para o meu quarto mais vezes do que eu seria capaz de lembrar.

— E os outros garotos?

— Pope, John B e JJ devem voltar só amanhã mesmo, — ele respondeu em meio a um dar de ombros antes de se sentar na cama. — Rafe nem mesmo viajou, marcamos um treino mais tarde.

Rezei para todos os santos possíveis para que Topper não notasse o meu leve arregalar de olhos à menção ao nome de Rafe.

Dormir foi uma tarefa difícil na noite passada depois do que havia acontecido em seu dormitório. Eu havia beijado Rafe outra vez, e se não fosse seu mínimo de consciência teríamos ido além disso. Não podia negar meu arrependimento nessa manhã, mas pelos motivos errados. Não era o fato de tê-lo beijado, ou de ter baixado a guarda para ele durante um dia inteiro. Não, se pudesse voltar para a noite de ontem, eu o teria beijado outra vez. Teria permitido que tirasse minha roupa, que explorasse cada canto do meu corpo.

O motivo de meu arrependimento estava parado diante de mim, sentado em minha cama com o mais singelo dos sorrisos.

— Como foi seu feriado? — Topper perguntou, estendendo a mão para que eu me juntasse a ele.

Engoli em seco e me deitei ao seu lado, abraçando seu corpo e permitindo que sua mão passeasse por minhas coluna em uma carícia lenta e delicada. Ponderei minhas opções naquele momento. Eu ainda não sabia definir o que acontecia entre mim e Rafe, como ele conseguia transformar os sentimentos que habitavam em mim de maneira tão rápida e eficiente, me fazendo passar da repulsa ao desejo em questão de segundos. Não haviam motivos para trazer isso a tona para Topper agora quando eu nem se quer conseguia explicar aquilo para mim mesma.

𝐒𝐂𝐀𝐑𝐘 𝐋𝐎𝐕𝐄; 𝘳𝘢𝘧𝘦 𝘤𝘢𝘮𝘦𝘳𝘰𝘯Where stories live. Discover now