1 - A Mentira

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Depois de se afastar o suficiente para se ver sozinha, Florence se apoiou sobre um arbusto

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Depois de se afastar o suficiente para se ver sozinha, Florence se apoiou sobre um arbusto. Exausta de tanto caminhar, mas satisfeita com sua própria companhia. Aquela festa enfadonha só estava servindo para demonstrar que a antipatia que sentia pelo cunhado, facilmente podia se estender à toda família dele.

Ainda não conseguira tirar da cabeça a viagem de que estava desfrutando tanto ao Vietnam e que tivera que interromper. Se encontraria com Teegan – uma chinesinha que vibrava mistério e alegria, em alguns dias quando aquela correspondência modificou completamente seu itinerário.

Receber a carta de sua irmã Fannie contando-lhe do compromisso fora uma surpresa e tanto. Após a chegada necessária, mas à contragosto, em Londres, mal tivera tempo de ser apresentada ao futuro cunhado, o conde William de Ghynne e sua mãe, lady Louisa. Para logo se ver perdendo tempo naquela enfadonha cerimônia. A formalidade só servira para efetivar sua antipatia ao homem com quem a irmã, supostamente, decidira unir sua vida.

O monumental jardim da Ghynne's Lodge, a propriedade da família de Ghynne em Londres, por vezes, parecia um labirinto. Essa característica não incomodava nem um pouco a jovem. Muito pelo contrário. A privacidade era uma condição que a apaixonava. Isso, claro, quando se tratava da dela. E naquele dia, mais ainda.

Sentia uma intensa liberdade longe da agitação da celebração do casamento e isso não tinha preço. Meia hora naquela festa havia sido suficiente para que ela fugisse, sob o primeiro artifício que encontrara para isso. Pessoas vazias, falsas e intensamente superficiais eram o puro reflexo de tudo o que ela odiava no mundo.

De repente, junto com o som do vento na copa das folhas, chegou aos ouvidos de Florence algo que lhe lembrava sussurros agitados. O mesmo apreço que ela tinha pela própria privacidade, não se podia dizer que ela tinha pela dos outros. Se algo despertava sua curiosidade, aquiescia a isso sem nenhum peso na consciência.

— O que você estava pensando? — Dizia o conde de Worsetshire alterado a um homem cuja figura destoava de maneira negativa. — Vir a meu casamento? Tentar ficar a sós com minha irmã? Eu só não te expulso para evitar um escândalo.

— Não há mais ninguém nesse jardim, condezinho, não precisa fingir. — Disse o homem com um sorriso ameaçador. — Vossa graça não me expulsa porque não te convém. Assim como não te convém se opor a meu compromisso com lady Hannah.

O chantagista ajeitou a gravata de William com um sorriso que mostrou um dente de ouro. Uma moda de péssimo gosto dos novos ricos. Principalmente dos que enriqueciam pilhando tesouros no mar, os piratas. Que podiam estar a serviço da rainha Vitória ou não. E Florence poderia facilmente reconhecer um pirata.

Se havia uma coisa capaz de fazê-la perder o controle, era a curiosidade. Deu um jeito de se esconder e seguir ouvindo aquela conversa. O conde parecia estar sendo chantageado por um homem assustador. E aquele nobre era a pessoa ao lado da qual Fannie, sua irmãzinha, dormiria todos os dias de sua vida.

Marcadas por um Segredo [ROMANCE LÉSBICO] - DEGUSTAÇÃODär berättelser lever. Upptäck nu