♤ Capítulo 50

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Mariko Sasaki POV

No dia seguinte acordei com algumas dores nos pés, mas nada que me impeça de andar. Quando desci vi os meus pais na sala e eles calam-se quando eu entro.

Mãe: Como estás querida? Descansaste bem? -pergunta preocupada quando me vê-

Eu: Estou e sim descansei. Mas porquê o silêncio repentino? -pergunto e eles entreolham-se-

Mãe: Estávamos a falar sobre a noite de ontem -diz e eu vou até à cozinha e pego em algo para comer-

Eu: E eu não posso ouvir porquê? Eu estava lá -digo sentando-me no sofá-

Pai: Estávamos a falar sobre ti e o Yuta, já percebeste filha? -pergunta e eu sei que ele não ia andar com rodeios porque ele não é assim-

Eu: Fantástico, contem-me então do que falaram ou do que querem falar -digo mostrando-me indiferente, na verdade eu só queria uma opinião exterior, para ter a certeza de que não eram coisas da minha cabeça-

Mãe: Tu sabes que eu adoro o Yuta, as minhas opiniões podem não ser as mais parciais meu amor -diz e eu sei que ela tentava evitar o assunto por mais que quisesse falar sobre isso-

Pai: Não sei porque se separaram, não importa quanto anos passem. A química continuava lá, vi-te sorrir mais do que em muito tempo, o brulho nos olhos, a dança, os ciúmes, tudo em si. É impossível negar filha. Mas estamos aqui seja qual for a tua decisão, és a nossa prioridade e se a tua escolha for o Hayato tudo bem, logo que estejas bem o teu mau gosto pode ser ignorado. -diz e eu ouvia o que ele dizia mas não pude evitar rir-me no fim-

Eu: O Hayato é boa pessoa... -digo e paro de falar quando noto o que ia dizer-

Mãe: Mas não é o Yuta. -diz terminando a minha frase e eu dou um pequeno sorriso-

Pai: Sem dúvida nenhuma -diz e volta a ler o jornal dele e eu tento não me rir-

Eu: Vou indo para casa, obrigada por me deixarem ficar por aqui a dormir -digo e eles concordam, eu despeço-me do meu pai e a minha mãe vem até à porta comigo-

Mãe: Minha linda, o amor é lindo, quando sabemos aproveitar mas também magoa e faz magoar. Faz o que achares que é o melhor para ti, os outros que se fodam, tu vives por ti, não é pelos outros. Estamos aqui agora e sempre que pudermos -diz e eu abraço-a, graças a deus que eles nunca me forçaram a nada, mas nada me tira da mente a tristeza deles quando souberam do fim da relação, e não quero que voltem a passar por isso-

Eu: Não te preocupes, eu vou fazer o que achar melhor para mim, talvez fique sozinha e acabe sozinha -digo e ela ri-se e depois eu saio, quando estava a chegar a minha casa vejo que o Hayato estava lá, eu abri o portão, entrei e fiz sinal para ele fazer o mesmo, depois saí do carro e cumprimentei-o-

Hayato: Desculpa, eu tinha acabado de chegar -diz parecendo nervoso-

Eu: Não te preocupes, está tudo bem? -pergunto enquanto entrávamos em minha casa-

Hayato: Sim, acho que simplesmente fiquei um bocado inseguro depois da noite de ontem. Acho que há muita gente com quem eu possa competir mas eu sei ver quando o inimigo é bem mais forte que eu, e este é um caso claro disso -diz e eu viro-me para ele-

Eu: Desculpa, nós já acabamos há 3 anos, eu sinceramente pensei que ele tinha alguém novo, mas ao que parece enganei-me -digo sentando-me no sofá-

Hayato: E tu? É que acho que da tua parte também não parecia tudo completamente acabado -diz e eu olho para ele sem saber o que dizer-

Eu: O problema de acabar uma relação em bons termos, sem nada específico que tenha causado isso é que o amor parece que fica lá, em espera e em plano de fundo, mas fica. É uma situação complicada, não te vou mentir e dizer que não o quero e que só te quero a ti, porque não gosto de mentir aos outros ou a mim mesma -digo e ele respira fundo e senta-se à minha frente-

Hayato: Isso quer dizer que é uma opção voltares para ele? Se precisares de tempo para pensar e de lhe dar uma oportunidade espero que saibas que me podes dizer isso e ser sincera comigo, eu gosto muito de ti mas acima disso tudo fomos amigos e quero-te bem e feliz Mariko -diz com um tom tranquilo e eu sinto-me aliviada-

Eu: Preciso de algum tempo e espaço. Acho que não é a altura certa para eu seguir em frente, não agora -digo e ele sorri e abraça-me-

Hayato: Se alguma vez for e eu for uma opção tens o meu número e espero poder continuar a ser teu amigo -diz e eu concordo-

Eu: Isso sem dúvida -digo e levo-o até a porta, eu abro o portão e ele sai e depois volto para o sofá e atiro-me para lá-

Yuta Nakamoto. Bastou uma noite para me dares cabo do psicológico e depois de 3 anos para te esquecer apenas me consigo lembrar das palavras que me foram ditas ontem à noite. Não seria um erro fazer tudo de novo? Não seria voltar ao 0? Eu peguei no telemóvel e encarava o contacto dele. 

O que é que este homem me fez? Tratou-me bem demais, fez-me ama-lo para agora ser assim. Agora não o conseguia esquecer nem ele a mim. Mas que bela merda é que eu me fui meter... Larguei o telemóvel e fui comer algo mais e fui um filme qualquer a dar na Netflix porque não me apetecia estar sempre a pensar no mesmo, embora fosse aparentemente impossível. Eu vou dar em maluca com isto...

Ruin My Life ♠ Yuta NakamotoOù les histoires vivent. Découvrez maintenant