Ruin My Life ♠ Yuta Nakamoto

♤ Capítulo 8

Mariko Sasaki POV

Como sempre o raio do Yuta tentou começar o dia com mais uma das partidas dele, algo que evitei completamente, o problema foi ter atingido a querida Kiara que se sentou em cima de um bolo quando só se queria sentar no meu lugar para ficar com o amado dela. Triste.

Eu: Talvez assim aprendas a não ir para o lugar dos outros -digo rindo-me ao ver a saia dela toda cagada de bolo na parte de trás e ela quase a chorar pela vergonha que estava a passar porque todos se riam, até o professor-

Kiara: E tu não devias andar atrás do homem de outra mulher, isso é feio até para uma pobre como tu -diz virando costas amuada e eu apenas me rio e troco a cadeira e sento-me-

Eu: Podes ficar com ele amor, o problema é que é o "teu homem" que não me larga, vou fazer o quê? -digo e ela olha furiosa para mim antes de sair porta fora e ouço os risos no corredor, mas vem-me esta estúpida falar de dinheiro quando a família está na falência, que irónico, nem quero saber como ela vai ficar quando descobrir que vai ter de trabalhar para pagar as coisas e adeus Porsche, olá Ford-

Yuta: A minha mãe sempre me disse para fazer trabalho voluntário com os pobres -diz e eu tento não me rir, quanto tempo é que ele vai demorar até perceber que a pobre é a Kiara?-

Eu: Neste momento eu é que faço voluntariado ao estar contigo, também há voluntariado aplicado a crianças com défices de atenção ou atrasos mentais, estás nesse patamar e as tuas partidas são apenas uma prova disso meu amor -digo e ele fica tão indignado mas sem saber o que dizer então apenas cala-se e fica a olhar para o professor o resto da aula, completamente amuado-

Yuta: Isto não vai ficar assim -diz e eu rio-me-

Eu: Andas a dizer isso há 3 semanas, começo a achar que só dizes coisas em vão rapaz. Esforça-te mais se queres que eu sequer pense em sair desta universidade na qual eu nunca quis estar sequer -digo pegando nas minhas coisas e saindo mas ouço passos atrás de mim e podia apostar que era ele-

Yuta: Se não queres estar aqui então porque estás? Ainda por cima a fazer mestrado? Já tens a licenciatura, podes ir trabalhar -diz e noto que ele estava curioso-

Eu: Propinas pagas, é a única razão pela qual estou aqui e nem o facto de tu seres chato como uma criança me vai fazer sair daqui, diverte-te a humilhar-te a ti mesmo e a irritares-te a ti mesmo, tens um dom para isso -digo e ele bufa irritado-

Yuta: Mas tu nem fizeste licenciatura aqui, como caralho é que entraste aqui do nada para o mestrado? -pergunta confuso, mal sabe ele que é muito mais simples do que aquilo que parece-

Eu: É uma história que não tem nada haver contigo e devias meter-te na tua vida, talvez ela comece a fazer sentido e a ser mais do que dinheiro, marcas, carros e mais dinheiro e futilidades e superficialidades. Caralho! Pode ser que aprendas o que é ter uma vida a sério -digo com um sorriso sarcástico-

Yuta: Eu sei o que é ter uma vida a sério. Apenas não faço as mesmas coisas que tu, nem dou valor às mesmas coisas que tu mas isso não quer dizer que eu não viva a minha vida ou que o esteja a fazer pior -diz e noto que ele estava na defensiva-

Eu: Como quiseres, se fosse completamente mentira não tentarias defender-te, mas tudo bem Yuta. Se não me chateares eu não te chateio nem te digo algumas verdades que ninguém te quer dizer na cara -digo e ele pega no meu braço e encosta-me a uma parede e vejo que era hora de entrar e os corredores estavam a ficar vazios-

Yuta: Que verdades? Diz lá -diz sério-

Eu: Que és um egocêntrico, mimado, riquinho, superficial, mesquinho e irritante. És um miúdo que nunca teve de trabalhar para ter as coisas e tem tudo do bom e do melhor completamente garantido pelos pais que tem. Há pessoas no teu lugar que são bem mais humildes e que tentam ser melhores pessoas -digo e ele fica em silêncio, ui isto é raro, ou eu achei até que uns segundos depois ele pareceu reagir ao que quer que lhe tenha passado pela cabeça e finalmente pareceu raciocinar mas se calhar não o devia ter feito...-