Capítulo Um: Não Julgue Um Livro Pela Capa

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vai beber uma água, seus rins tão pedindo socorro.

boa leitura♡

***

Los Angeles. A mais populosa metrópole da Califórnia. O berço do sucesso artístico, o hall da fama. Linda, tecnológica, moderna. Nem de longe é um lugar propício para qualquer atividade sobrenatural. Bom, pelo menos, é o que parece.

Nos livros e filmes de fantasia, sempre vemos acontecimentos estranhos que ocorrem somente nas cidades pequenas, onde a população é pouca e o acesso difícil. Sempre assim.
Ninguém nunca desconfiaria de uma atividade suspeita sobre o solo de uma metrópole.

Além do mais, quem sequer imaginaria que três clãs místicos se erguiam secretamente por detrás dos prédios luxuosos de Los Angeles?!

Mas a verdade era que o luxo californiano deixava tudo mais fácil de se esconder. Seres sobrenaturais poderiam viver facilmente nas sombras e na luz ao mesmo tempo, basta pensar.

Contos de vampiros, lobisomens e bruxas são passados de boca a boca pelas civilizações desde a antiguidade.
Quem nunca ouviu falar do horripilante Conde Drácula? Ou, quem nunca assistiu a história de uma garota chata que saiu da Flórida e se envolveu em um triângulo amoroso com um vampiro esquisitão e um lobisomem esquentadinho? Todos já vimos.
E olhando assim, a vida sobrenatural parece atrativa e excitante, mágica.

Mas isso definitivamente não é verdade. E Noah Urrea sabia disso melhor do que qualquer um.
Porque, como diz o dito popular: Não julgue um livro pela capa.

Não era legal ter que viver desconfiando da própria sombra e guardar segredos obscuros de todo mundo, porque como dizem: as paredes têm ouvidos.
Mas não era como se Noah fosse uma aberração — o que ele era, se analisasse o sentido literal da palavra — sem ter vida social ou viver normalmente, claro que não.

Como todo jovem californiano, Noah tinha amigos, vida. Não surfava ou era bombado como os adolescentes de filmes teen, mas ele definitivamente poderia ser visto como uma pessoa normal, contanto que não se soubesse de sua história inteira.

— Noah, você tá me ouvindo?! — a voz de Sina puxou o garoto de volta à realidade.

Só agora Noah pôde perceber o quão o pátio extenso da escola estava barulhento e borbulhando de alunos por todos os seus cantos.

— Agora tô.

— Você tá bem distraído hoje, hein.

— Não dormi direito a noite — contou, o que de fato era real.

— Eu nunca durmo direito — argumentou a loira, arqueando a sobrancelha, divertida.

Noah encarou-a, com um sorriso que ficava numa linha tênue entre desdenhoso e divertido.

— Porque é uma morcega.

Sina soltou uma lufada de ar, incrédula.

— Seu bastardo! — acusou, gargalhando depois. — Esse negócio de vampiros que viram morcegos não faz o menor sentido.

— Culpe à Hollywood — respondeu Noah, arqueando a sobrancelha como desafio.

A loira gargalhou levemente, brincando com a comida em seu prato e desviando o olhar para uma das mesas a poucos metros deles, o que a fez fechar o semblante feliz que tinha antes.

Favorite Crime: Os Condenados Where stories live. Discover now