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— A diretora disse temos que esperar passar algumas horas para a polícia vim — Jake contou para os garotos assim que os encontrou na sala de música.

— O quê? Mas é o Niki, um garoto como ele não pode ficar sozinho por tanto tempo — Heeseung diz.

— Eu disse isso mas ela falou que não tinha o que fazer — Sunghoon se lembrou do que ouviu a diretora dizendo e pensou que essa fosse a hora de compartilhar essa informação com os garotos.

— Lembram quando eu falei com a diretora sobre mudar o Niki de quarto? — Sunghoon começou e os meninos balançaram a cabeça positivamente — Antes de entrar na sua sala eu escutei ela falando com uma das monitoras, ela disse algo sobre eles terem matado o colega de quarto do Riki e depois falou que isso seria impossível.

— Eles? Quem? — Sunoo pergunta.

— Eu não sei, nao entendi direito o que ela queria dizer com isso.

— Gente, eu estava pensando aqui.. E se aquele homem que o Niki estava com medo estava atrás dele? Ele matou aquele garoto como um aviso e depois veio atrás do Riki — Jungwon supôs.

— E quem faria isso, Jung? O Niki não tem família além de nós — Jay contou.

— O mundo é cheio de pessoas ruins, Jay hyung, Niki é um alvo bem fácil e vocês sabem disso, como ele iria escapar e pedir ajuda se não sabe falar? — Jungwon argumentou fazendo que Sun-Woo começasse a chorar.

— Ah isso é culpa minha, se eu tivesse acordado cuidando dele isso não estaria acontecendo.

— Não é sua culpa, Sunoo, não tinha como você saber — Sunghoon abraçou o melhor amigo e beijou a sua testa.

— Jungwon, não vamos ser pessimistas, esperamos que Niki esteja bem e no fim tudo não passou de um mal entendido — Jake não acreditava nas suas próprias palavras mas se sentia na necessidade de fazer os meninos terem esperanças.

— Escutem, por enquanto não vamos nos separar, ok? Temos que ficar juntos — Heeseung diz e os meninos concordaram.

Eles continuaram procurando por Niki o resto do dia, mas tudo que encontraram foi um tecido que tinha a mesma estampa do pijama do japonês, e na grama havia marcas de unhas e que sumiam assim que chegavam na floresta, e claro que isso deixou os meninos ainda mais preocupados. Jungwon pediu várias vezes para irem atrás de Riki mas Heeseung e Jay diziam que não era uma atitude sensata da sua parte e iria arriscar perder mais um dos meninos.

Sua levou o jantar deles e perguntou se os garotos já sabiam de algo, a Moon também estava preocupada e passou procurando por Niki dentro da floresta junto com suas amigas, essas que também estavam dispostas a encontrar o garoto.

— Eu espero que ele apareça logo, Riki é um garoto muito bonzinho — Sua fala abaixando a cabeça — Ele me ajudou ano passado quando me encontrou tendo uma crise, é engraçado como eu me senti tão bem mesmo que ele não tenha falado nada além de "tudo bem".

— Ele é assim, sempre nos fez bem e ajudou sem dizer nada — Jake sorriu.

— Sua noona, posso te perguntar uma coisa? — Sunoo se aproximou da coreana e ela sorriu e o abraçou de lado dizendo que podia perguntar o que quisesse — Por que o Niki te encontrou tendo uma crise? Você está sempre sorrindo e ajudando todo mundo mas ninguém sabe nada de você.

— Sun-Woo, se ela não contou é porque não se sente confortável em dizer — Heeseung disse chamando a atenção do menino.

— Está tudo bem, eu confio em vocês — A garota encostou a cabeça no ombro de Sunoo e recebeu um cafuné vindo do mais novo — Eu estava tendo uma crise porque... estava ouvindo uma voz me chamando, era a voz do meu irmão, eu estava com medo e queria procurar a voz mas de alguma forma o Niki me mostrou que aquilo não era real e eu devia estar ouvindo coisas, por isso eu surtei e acabei tendo uma crise das feias.

— Você também ouve vozes? — Sunoo pergunta surpreso, sempre achou que fosse o único que ouvia e sofria com isso.

— Só a do meu irmão, e só algumas vezes, começou quando cheguei aqui no orfanato.

— E... O que aconteceu com o seu irmão? — Sunghoon pergunta.

— Podemos falar disso outra hora? Ainda não gosto de lembrar disso — A Moon olhou para seus pulsos, onde estava as queimaduras do passado que a faziam lembrar constantemente do que aconteceu, mas ainda assim ela levantou a cabeça com um sorriso — Ei, vamos escovar os dentes e ir dormir, vou para o quarto e ver com a minha amiga o que podemos fazer para ajudar.

— Ok, obrigado pela ajuda, noona — Jay agradeceu sorrindo para ela também.

— E se cuida, está bem? No que precisar estamos aqui — Jungwon fala se levantando e indo abrir a porta do quarto para a garota.

— Eu digo o mesmo, não importa o horário, podem bater na porta do meu quarto quando quiserem — Ela acenou para eles e saiu do quarto.

— Vocês poderiam dormir aqui, não é? — Sunoo sugeriu para os meninos — Não quero dormir aqui sozinho.

— Não podemos mesmo ficar sozinhos, vamos escovar os dentes e colocar os pijamas, quero todos aqui daqui a pouco — Heeseung avisou se levantando e saindo do quarto logo em seguida.

Sunghoon foi para o seu quarto e pegou o pijama, enquanto escovava os dentes sua mente ficou cheia de pensamentos em relação ao que Sua contou, essa história parecia começar a se encaixar na sua cabeça, mas para uma pessoa lógica a sua teoria com certeza não faria sentido, por acaso Sunghoon achava que estava em um filme de terror? Não era possível que estivesse mesmo que algo do além poderia estar acontecendo dentro daquele orfanato.

Mas tudo apontava para isso, e tudo que Sunghoon precisasse para ter certeza era mais provas, precisava saber mais do que a diretora estava comentando aquele dia, precisava saber mais sobre o irmão de Sua e o seu passado, precisava de ajuda dos meninos e principalmente, precisava de uma forma de saber o passado desse orfanato.

E ele sabia quem deveria procurar para conseguir isso.

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THE ORPHANAGE // Enhypen Kde žijí příběhy. Začni objevovat