Capítulo 13

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Um carinho gostoso se instalara pela extensão de minhas costas e ainda de olhos fechados, me permito sorrir. Me aconchego mais em Kara e imediatamente percebo que não estávamos mais naquele tapete, que apesar de felpudo, não era digamos que o lugar mais confortável do mundo.

O dia já havia amanhecido e, acredito eu, que todos já devem ter voltado à essa hora, mas não estava preocupada com isso nesse momento.

Sinto seu corpo arrepiar-se quando escorrego meu nariz por seu pescoço, sentindo seu cheiro. Aquele maravilhoso cheiro de rosas.

— Bom dia querida — fala depositando um beijo em minha cabeça

— Bom dia — abro meus olhos e me afasto deparando-me com os seus.

Se é que era possível, eles estavam mais claros do que normalmente eram. Se assemelhavam ao céu em um nascer do dia, ou até mesmo uma água cristalina de um oceano. Perfeito, simplesmente lindo. Poderia me deslumbrar com aquela visão todos os dias e me acostumaria fácil com isso. Seu sorriso notório foi a segunda coisa que me maravilhou. Era impressionante o poder que um simples sorriso nos faz se apaixonar. Ela se ajeita melhor na cama e me olha intensamente antes de proferir outra palavra.

"Como podes ser tão bela, singela e pura?

Como podes carregar a inocência de uma menina?

Se tua alma é minha sina e seu corpo minha perdição

Como podes fazer com que eu me perca?

E que ao tomar conhecimento disso, busque por me perder cada vez mais

Mergulhando em meio à escuridão

Em busca do paraíso

Que embora se pareça uma utopia

É de meu saber que em ti reside"

— Uau! — deixo escapar antes de sorrir.

A puxo para um beijo lento que aos poucos foi ganhando intensidade. Logo mais pude sentir suas mãos percorrendo cada centímetro possível do meu corpo, um arrepio atrás do outro. Ela se deita por cima de mim e minhas pernas automaticamente apertam sua cintura. Ouço-a gemer com meu gesto. O calor de seu corpo em contato com o meu me causava uma sensação gostosa perto do meu ventre. Ela arfa quando mordo seus lábios ao passo que começa a beijar meu pescoço. Foi aos poucos descendo os beijos, analisando-me, memorizando cada parte de mim.

— Deus, você é tão linda — murmura entre um beijo deixado e outro.

Antes que ela possa chegar aonde tanto esperava, impeço-a, puxando seu rosto delicadamente para perto do meu de novo. Beijo seus lábios da forma mais apaixonada possível para então olhar no fundo dos seus olhos.

— O que acha de um banho? — sugiro e pude perceber a coloração de seus olhos mudarem. O que antes era um azul claro, agora estava sendo ofuscado por suas pupilas dilatadas. Ela assente antes de lançar-me um sorriso pra lá de sacana.

Ela se levanta e eu a acompanho. Percorro meus olhos por seu corpo parcialmente coberto por uma camiseta preta e uma calcinha de renda vermelha. Estava nua e seus olhos em nenhum momento deixaram os meus. Confesso que fiquei um pouco envergonhada, mas de um jeito bom. A intensidade em que ela me olhava me fazia sentir desejada.

Aproximo-me devagar e, quando chego perto, suas mãos agarram minha cintura, puxando meu corpo de encontro ao seu. Faço um carinho em sua bochecha antes de puxá-la pela nuca para um beijo quente. Minhas mãos emaranham em seus cabelos enquanto aos poucos era empurrada para trás. Bato minhas costas de leve na parede próxima ao banheiro. Suas mãos depravadas descem por meu corpo até se alojarem em minha bunda.

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