◇Chapitre 02◇

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══════ 🩰•『 🐺 』•🩰══════  

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══════ 🩰•『 🐺 』•🩰══════  

Ano: 10 de janeiro de 1962

Cidade de Annecy. França


Casa rosada: Propriedade da família Jeon

Jeongguk estava preso naquele enorme casarão à sete dias, sua mãe ainda estava acamada num hospital e o ômega não tinha ninguém a quem recorrer, não podia por os pés para fora dos muros e portões que cercavam a casa, naquele momento ele só tinha a si mesmo como companhia e ele já não se suportava mais. As noites eram carregadas de pesadelos e insônia, as imagens da sua antiga casa pegando fogo, seu pai morto e aqueles homens mascarados não saiam de sua mente, eram demônios que lhe assombravam em todas as madrugadas o impedindo de dormir.

" — Jeongguk corra agora! — Gritou Alex ao pequeno ômega parado no meio do corredor paralisado. — CORRA!!

Alex gritou mais severo para fazer o filho acordar do transe e então o ômega correu a toda velocidade tropeçando nas coisas ao redor e chorando assustado, mãos o agarram no meio do caminho o puxando pro lado e ele sufocou um grito quando teve sua boca tampada por mãos finas e unhas pintadas de azul, era a sua mãe.

— Está tudo bem meu Gugkie, estamos a salvo agora — Disse numa calma que não combinava com o caos que vivenciavam.

— Mas o papa está lá maman, o papa o vai morrer — o pequeno ômega de seis anos apontou na direção de onde vinha correndo e Annelise negou com a cabeça

— Papai já não pode ser salvo meu amor

Jeongguk olhou para o corredor e viu o corpo de seu pai pegando fogo dos pés a cabeça e a imagem fez Jeon gritar apavorado e uma escuridão o abraçou levando seus pais consigo e o deixando sozinho em meio ao breu. "

— Papa, maman!! — Jeongguk gritou e saltou na cama tamanho o susto que o fez acordar

Estava em seu quarto no casarão rosado, as janelas abertas trazendo uma ventania gelada para dentro do interior, a escuridão fraca graças aos reflexos da lua nas cortinas brancas e a solidão e o medo sendo os únicos que o observava dormir e ter pesadelos todas as noites. Aquele sonho não aconteceu de verdade mas sua mente insistia em criar imagens e falsas lembranças apenas para o assombrar. Jeongguk sentou na cama e passou as mãos trêmulas nos cabelos bagunçados, sua testa expelia suor mesmo que em seu quarto estivesse fazendo frio.

— Mais que lástima! — Exclamou irritadiço  e assustado — Odeio estar tão vulnerável, odeio estar sozinho

Jeongguk se encolheu abraçando os joelhos e se enrolando com o grosso edredom mas não dormiu mais, já era 2:35 da manhã ele não iria voltar a dormir mesmo que quisesse, então pegou sua caixinha de música e girou a chave fazendo a tocar Swan Lake, passou a fitar o jardim do casarão enquanto a pequena bailarina na caixinha girava e a melodia soava baixinho no quarto meio escuro.

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