"Capítulo XXXI" - Evangelho de Jesus

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O que é o Evangelho e o que representa?

Palavra derivada do grego "euaggélion", o Evangelho significa "boa nova", ou, "boa e feliz notícia", novidade fortunosa. E essa auspiciosa novidade tem a ver com os ensinamentos e exemplos de Jesus.

No início da Religião Cristã, a expressão "evangelho'' era utilizada, portanto, em relação às palavras e aos atos de Jesus; referiu-se, depois, ao registro escrito que se fez de Seu ensino.

Muito embora esse vocábulo apareça 75 vezes no Novo Testamento, ele forma um conjunto de quatro livros conhecidos como os Evangelhos de Mateus, de Marcos, de Lucas e de João.

Podem dividir-se em cinco partes as matérias contidas nos Evangelhos, as quais dizem respeito:

· aos atos comuns da vida do Cristo;

· aos milagres;

· às predições;

· às palavras que foram tomadas pela Igreja para fundamento de seus dogmas; e

· ao ensino moral. [1]

No entanto, o Espírito Emmanuel ressalta:

A grandeza da doutrina não reside na circunstância de o Evangelho ser de Marcos ou de Mateus, de Lucas ou de João; está na beleza imortal que se irradia de suas lições divinas, atravessando as idades e atraindo os corações. É que, portas adentro do coração, só a essência deve prevalecer para as almas. [2]

Em sua essência, o Evangelho representa o mais elevado código de conduta ética existente na humanidade. Fonte de preceitos morais, seu conteúdo nos aponta o caminho da sabedoria e da paz, do progresso espiritual, norteando nossa vida e aspirações. E sua observância seria suficiente para transformar nosso mundo num local de extrema prosperidade.

Para o Espírito Emmanuel, o Evangelho "é a revelação pela qual o Cristo nos entregou mais amplo conhecimento de Deus." [3]

É, portanto, "mensagem de salvação, nunca de tormento." [4]

O Evangelho e nós

Certa vez, perguntaram a Chico Xavier: "Qual a importância do Evangelho de Jesus para a Humanidade?"

E sua resposta foi a seguinte: "Creio que a importância do Evangelho de Jesus, em nossa evolução espiritual, é semelhante à importância do Sol na sustentação de nossa vida física." [5]

Todos somos necessitados dos ensinamentos do Cristo. E quando tomamos contato com sua essência, o foco de nossos interesses e comportamento se altera substancialmente. E por quê? Simplesmente pelo fato de que seu exercício nos possibilita a plena conscientização dos princípios de igualdade, liberdade e fraternidade, condições imprescindíveis à correta e elevada convivência social.

O sentido profundo de todas as parábolas do Evangelho nos possibilita um contato mais direto com nosso próprio íntimo e com Deus, ou seja, conseguimos uma visão mais elevada do Criador, um refletir mais intenso da própria consciência e uma percepção mais ampliada do verdadeiro sentido da Vida.

Allan Kardec anota:

Para os homens, em particular, constitui aquele código [o Evangelho] uma regra de proceder que abrange todas as circunstâncias da vida privada e da vida pública, o princípio básico de todas as relações sociais que se fundam na mais rigorosa justiça. É, finalmente e acima de tudo, o roteiro infalível para a felicidade vindoura, o levantamento de uma ponta do véu que nos oculta a vida futura. [6]

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