Amor Maledetto Capítulo 6

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Depois de conversar com tio Manolo sobre tudo que estava acontecendo, fui para o quarto atrás de Juli. Eu a encontro deitada, abraçada ao travesseiro. Ao me aproximar percebo seu rosto úmido e seus olhos vermelhos.
Me deito ao seu lado a puxando para os meus braços.

-Tiānqì qínglǎng shí qīngjié páishuǐ gōu. (Limpe as calhas enquanto o tempo está firme.)

-Tiānqì wěndìng ma? (O tempo está firme?)

-Tempestades virão após essa noite bebê. Você precisará se manter no controle.

-Acredito que tenha cometido um erro e  minha irmã pagou por isso. Talvez ela esteja morta porque segui uma pista errada.

- Não, foi minha culpa! Eu não matei a desgraçada, de algum modo... acho que ela sobreviveu.

-Do que voce esta falando?

-De Elena...

-E o que minha irmã tem a ver com essa história?

-Ela tinha a mesma altura e peso.

-Esta me dizendo que ela usou minha irmã pra forjar a sua morte.

-É uma possibilidade. Mas vamos ver o que o chefe da Gangue Mǔdān (Peonia) tem a dizer.

_Isso é absurdo demais! Por que ela usaria a minha irmã?

_Eu não sei, da mesma forma que não descobri o porque ela ter me acusado após salvá-la. Há algo nesta historia que não foram descobertos, mas com a possibilidade dela estar viva talvez essa teia de possa ser desfeita e todos os segredos revelados.

-Você parece ter um bom relacionamento com as gangues chinesas.

-Eu o ajudei a fazer negócios na Itália. E apenas troca de favores.

-Sinto falta da minha irmã. Ela nunca quis que eu me envolvesse em gangues. Ela queria uma vida normal.

-E o que você quer Juli?

-Eu não sei... Sempre atrai problemas... No momento só quero descobrir o que aconteceu com a minha irmã. E me vingar.

-Prometo que darei a sua vingança.

-Realmente não foi você né.

-Não!

-Preciso ir embora.

-Sua vida pode estar correndo perigo, não posso deixar...

-Nona me disse que você era íntegro. Deixe-me ir... Tenho certeza que você vai ficar de olho em mim.

-É isso que deseja bebê?

Ela sorri, um sorriso triste. Enfim a libero dos meus braços, me levanto indo até o closet, pego suas roupas e a entrego.

-Vamos jantar, depois a levo para casa.

-Não pode me levar, se a sua teoria estiver certa ninguém pode te ver.

-Te deixo em algum lugar próximo.

-Não é necessário!

-De modo algum, vou permitir que vá sozinha.

-Você não manda em mim Rizzo.

-Não vou discutir com você, agradeça que estou te deixando ir.

-Pietro...

-Te espero na cozinha.

Saio do quarto a deixando só. Não quero que ela vá, mas não sou um Maledetto sequestrador.

Juli_

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Juli_

Todo meu ser pede para ficar, mais preciso ir, se Pietro estiver certo e melhor que ninguem saiba que estamos colaborando um com o outro. Preciso manter a aparencia de estar trabalhando sozinha, seja quem for que estiver por tras disso,deve acreditar que estou seguindo a sua falsa pista. Preciso ir ao esconderijo o mais rápido possível.
Chego na cozinha encontro Nona e Rizzo, ele está tenso dá pra ver como o seu corpo está rígido e Nona me força um sorriso triste.
O jantar foi silencioso, parecia uma marcha fúnebre.

-Obrigado Nona, o Ravioli estava uma delícia.

Nona- Que bom que gostou bambina. Tem certeza que vai embora?

Ela pergunta de modo que nós duas escute.

-Preciso ir.

Ela balança a cabeça, como se entendesse a situação. Eu a abraço e vou de encontro a Rizzo que me aguarda na sala.

-Podemos ir.

-Certo! Vamos logo antes que eu mude de ideia e te prenda aqui.

-Não faria isso.

-Bebê tenho diversas maneiras de te prender neste apartamento. E uma mais prazerosa que a outra.

-Você é um pervertido!

-Sou um homem apaixonado. É totalmente diferente bebê.

Dentro do elevador ele me puxa pro seu abraço, e algo dentro de mim não quer se soltar desta vez.

-Fica.

Ele diz em um sussurro.

-Não posso.

Ele me aperta mais dando um longo suspiro.

-Se algo acontecer...

-Sei me cuidar.

-Não se cuidou na minha armadilha.

-Certo! Realmente não esperava ser sequestrada.

-Não te sequestrei.

A porta do elevador se abre em uma garagem, Rizzo me solta do seu abraço me pegando pela mão e me conduzindo até uma Mv Augusta F4 Branca.

A porta do elevador se abre em uma garagem, Rizzo me solta do seu abraço me pegando pela mão e me conduzindo até uma Mv Augusta F4 Branca

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-Bela moto!

-Gosta?

-Um pouco.

-Sabe pilotar?

-Sei.

Ele joga a chave pra mim, e sorri.

-Você vai me deixar pilotar?

-Vou.

Sem mais palavras subo na moto, seguida por Rizzo. Posso ver pelo retrovisor um carro preto nos seguindo. Provavelmente são homens de Rizzo. O trajeto é longo porém agradável, a presença do Rizzo me conforta de certa forma. Esse homem consegue me levar de um extremo ao outro, ao mesmo tempo que é irritante e agradável.
Paro a moto a uma distância segura do esconderijo, desço da moto e sem nenhuma palavra vou embora, deixando Rizzo com pesar.

 Paro a moto a uma distância segura do esconderijo, desço da moto e sem nenhuma palavra vou embora, deixando Rizzo com pesar

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