𝔇𝔯𝔢𝔞𝔪𝔩𝔞𝔫𝔡

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Olá! É ótimo te ver por aqui!
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Três coisas:
1- Me senti ousada, e escrevi essa história de fantasia (YiZhan);
2- Shortfic soft;
3- 50% mel, deve ser efeito do clima natalino.

Divirta-se!

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Fazendo uma retrospectiva até agora, valeu toda dedicação e sacrifícios que fiz para chegar até aqui. Descobri cedo meu amor pela dança de rua e foquei todos meus esforços nesse segmento, nem nos meus melhores sonhos pensei que isso levaria a um treinamento de idols em outro país e, por consequência, uma carreira como cantor e dançarino. Apesar de ter parte da minha infância e adolescência interrompidas para seguir na indústria do entretenimento, jamais me arrependerei de onde cheguei, e do que ainda posso alcançar.

Hoje eu, meus irmãos de grupo e algumas pessoas da equipe, estamos numa pausa muito bem-vinda dos shows em uma cachoeira afastada da cidade. Nadamos e brincamos na água, o clima estava leve, levando embora toda a tensão dos últimos dias, o ritmo frenético de shows e eventos com fãs estava nos esgotando desde nosso debut.

Após uma pausa para o almoço, minha bexiga estava apertada e verbalizei em alto e bom som que iria tirar a 'água do joelho', os que ouviram apenas agitaram suas mãos ocupadas demais com o churrasco ainda rolando.

Adentrei a mata fora das vistas de qualquer um, alcancei dentro do meu calção e me aliviei escrevendo orgulhosamente no caule da árvore minhas iniciais, três sacudidas e me senti realizado. Estava pronto para voltar para a confraternização com o pessoal, mas vi um adorável coelhinho cinza de olhos brilhantes me observando, ele não parecia intimidado. Aproximei-me pé por pé, quando estiquei minhas mãos para pegá-lo, ele pulou para o lado e continuou me olhando em desafio.

Há uma coisa sobre mim que todos deveriam saber, a competitividade corre nas minhas veias junto com o sangue que bombeia meu coração. Resolvi encarar o desafio do coelhinho, a cada tentativa ele pulava o suficiente para escapar, o que estava me deixando com o sangue quente. Fizemos essa dança por um tempo, até que percebi que havia me embrenhado muito fundo na mata, foi quando pensei em voltar e acabar com a brincadeira, escutei o farfalhar do arbusto onde o coelhinho pulou, seguido de um barulho de água.

Corri para o arbusto e atrás dele tinha um pequeno lago, estava mais para uma grande poça de água escura, o coelhinho se debatia naquela água.

Coelhos sabem nadar?

Rapidamente me agachei à beira do lago e estendi a mão para agarrar suas orelhas e resgatá-lo, mas no instante que o alcancei algo o puxou para baixo e a força me puxou para a água. A sensação não era úmida, me sentia sendo sugado por um portal escuro, agarrei o coelhinho contra o meu peito e perdi os sentidos.

Acordei com um nariz gelado e úmido me fazendo cócegas nas bochechas, lentamente deixei que minha visão se ajustasse ao lugar, eu estava deitado e acima de mim um lindo céu azul abria-se. Devagar me sentei e observei que estava em um campo de flores amarelas — o coelho me encarava em expectativa — ao ficar de pé, notei estar em uma clareira ampla e circular, e estava preenchida dessas flores amarelas. Não vendo outra solução enchi os pulmões e gritei pelo pessoal da equipe e meus irmãos do grupo.

Silêncio.

Caminhei em direção a floresta para ver se reconhecia algo. Eu realmente cai num lago sem água? Devo ter sonhado, mas o coelho cinzento estava ali. Enquanto andava pela floresta continuei chamando por seus nomes e nada, o crepúsculo apontava no céu e minhas pernas já estavam dormentes de andar sem rumo, estava mais que claro que eu havia me perdido. Segui em direção a clareira florida e lá, no mesmo lugar, dormindo despreocupado estava o coelho. Sentei-me ao seu lado massageando as panturrilhas, já estava sentindo a brisa fria da noite no meu peito desnudo, por não ter colocado uma camiseta.

𝔇𝔯𝔢𝔞𝔪𝔩𝔞𝔫𝔡 [COMPLETA]Where stories live. Discover now