capítulo sete.

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"não sei quando o mundo é bom,
mas ele está melhor
desde que você chegou
e explicou
o mundo para mim".
espatódea - nando reis

Você tem certeza disso, Harry? — Taylor perguntou do outro lado da linha, o cacheado conseguindo enxergar nitidamente o olhar preocupado da garota após sua fala, tal cena obrigando-o a revirar os olhos.

— Tenho, Tay. Qual o problema?

E se ele achar que você está querendo forçar ele a ir?

— Tay, o William não é nenhum bichinho de pelúcia que vai se partir se apertarmos demais. E além disso, ele não faria algo só para me agradar. Quando ele não quer, ele não quer.

Mas ele é bom.

— Ser bom não é sinônimo de aceitar tudo.

Ok, ok...

— Você sabe que eu iria dar a ele mesmo que você não concordasse, não é?

Eu sei, você é teimoso.

— E me orgulho de ser assim em alguns momentos. Beijos, Tay. Te aviso amanhã se ele gostou. Amo você.

Apenas em alguns momentos mesmo! — Harry conseguiu ouvir antes de desligar o celular.

Respirou fundo, pegou o embrulho em cima de sua mesa e levou ao quarto do William, deixando-o em sua porta. Respirou mais uma vez antes de ir embora, e então virou em direção ao seu quarto.

Harry não dormiu a noite toda esperando amanhecer.

William acordou atrasado naquela manhã. Passou a noite toda em claro pensando na resposta que deu para Isabelle e criando cenários acerca da consequência daquilo em sua vida. Metade deles não irão acontecer. Bem menos da metade, na verdade. Mas quem disse que seus pensamentos se importavam? Eles imaginavam e ponto.

Levantou correndo, lavou seu rosto, penteou o cabelo, colocou o uniforme, pôs a máscara e respirou fundo para viver mais um dia. Estava dando certo. Daria certo hoje também. Não é?

Assim que abriu a porta, tropeçou em um embrulho metálico com o topo apertado por um laço azul piscina, acompanhado de um bilhete dobrado em formato de carta ao lado. Franziu os olhos, olhou para o corredor em busca de enxergar algum suspeito - um ato completamente falho - e se abaixou devagar para pegar a embalagem prateada.

Liam..

Tentou não pensar no amigo e entrou no quarto de novo, abrindo o que tinha em mãos com delicadeza e encontrando uma máscara dourada de Mardi Gras no interior, folheada por semi-ouro e com pedras preciosas tipo Alexandrita nos extremos - era o que dizia a sua etiqueta.

Ficou admirando a máscara brilhosa em sua mão até lembrar do bilhete. O pegou, desesperado, e abriu, lendo:

"Festa à fantasia amanhã na casa da Fernanda. Comemoração prévia do Carnaval! Vamos?

Ps: Prometo que não fiz isso como um pedido de desculpas. Afinal, como eu iria conseguir uma máscara LINDA do nada só para te dar? A escolhi com muito carinho, aliás. Espero que goste. E que vá na festa, é claro.

Beijos,

H.S :)".

— O Harry é maluco.. — Sorriu, balançando a cabeça.

crisálida. {l.s}Where stories live. Discover now