Capítulo 16

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Pov Severus Snape

- Agora você vai me ouvir – Eu disse me segurando para não voltar a beijá-lo

Harry era a personificação do desejo. Seu rosto estava corado e molhado pelas lágrimas que ele derramava, seu cabelo estava despenteado e molhado de tanto calor que estava. A boca entreaberta e vermelha era um novo convite, mas por mais que fosse difícil me segurar vendo-o sem camisa em cima de mim, eu precisava falar o que estava engasgado.

- Harry Potter, eu não me lembro o que fiz a você, eu não me recordo dos anos que passamos como aluno e professor, mas por algum motivo eu me arrependo. Eu sinto um arrependimento muito grande quando penso em você... por favor não me interrompa – Pedi ao vê-lo abrir a boca para retrucar – É por sentir esse arrependimento que tenho medo de continuar essa loucura. Eu sinto vontade de me matar toda vez que olho para você e vejo no fundo dos seus olhos um antigo ressentimento. E se eu o fizer sofrer de novo? E se eu fizer tudo errado? Eu tenho medo Harry, pois desde que o vi no dia que acordei eu sabia que te amava e que precisava de você

- Assim como eu preciso de você Severus – Disse acarinhando meus cabelos e desenhando os traços de minha mandíbula – Precisamos um do outro. Você consegue sentir Severus? – A mão dele se entrelaçou a minha e pude sentir a vibração do corpo dele, a energia que ele me passava, era quente – É bom não é? – Perguntou chegando seu corpo mais próximo do meu

Minhas mãos permaneciam em sua cintura e eu apertava sua pele de leve sentindo-o estremecer com o toque. Fechei meus olhos quando ele encostou sua testa na minha me deixando sentir seu hálito quente em meu rosto. Nós não queríamos nos mexer naquele momento, queríamos apenas nos sentir, apenas aceitar o quanto nossos caminhos estavam entrelaçados, o quanto nos queríamos. O quarto estava silencioso e eu era capaz de ouvir o coração acelerado de Harry batendo dentro do peito, assim como também da respiração ofegante e cada vez mais rápida dele.

Sem abrir meus olhos subi levemente minha mão direita pelo abdômen e tórax definido do jogador de quadribol e a deixei repousar em seu peito agora sentindo o ritmo acelerado de seus batimentos cardíacos

- Acalme-se – Pedi sussurrando em seu ouvido

- É difícil – Respondeu segurando minha mão em seu peito e levando-a até sua boca e depositando leves beijos nas costas delas – Eu te quero

- Eu também – Consegui sussurrar

Depositei um beijo no lóbulo da orelha dele e o senti se arrepiar, aquela sensação, de ter o corpo dele se arrepiando em meus braços, foi tão gostosa que minha boca agiu por conta própria atacando seu pescoço com vontade, beijando cada pedaço de sua pele, deixando um rastro molhado ao traçar com a língua a junção do pescoço com o ombro

Senti meus cabelos serem puxados pelas mãos tremulas de Harry, o menino arqueava o corpo seminu me dando acesso a seu pescoço que eu beijava, mordia e lambia. Harry parecia um gato ronronando, ele segurou um gemido até que não aguentou de tanto desejo e gemeu em meu ouvido me causando um arrepio que desceu até meu baixo ventre. Tracei a linha de seu queixo com a boca e me demorei em seu pescoço subindo novamente até suas bochechas e parando a milímetros de sua boca. Os olhos, que até agora estavam fechados, se abriram e por eles eu vi o desejo transbordando, vi o fogo que o consumia. Seu corpo inteiro denunciava seu estado de excitação.

- Harry – Sussurrei percebendo que eu também tremia

- Shh – Ele pôs o dedo entre nossos lábios – Não fala, só me beija

O pedido feito com a voz rouca e baixa do menino foi como uma explosão e avancei contra seus lábios desejoso de sentir seu gosto. Aquele beijo não foi como das outras duas vezes que nos beijamos, dessa vez foi mágico, dessa vez foi certo, dessa vez não foi só desejo, dessa vez foi mais.

Conhecendo o desconhecido (Snarry)Where stories live. Discover now