Capítulo 2

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Bakugou on

Acordei sacudindo a cabeça e gritando no meu quarto vazio enquanto ofegava pesadamente, tinha uma poça de suor nos meus lençóis.
— SINTO MUITO, DEKU! — Gritei para ninguém

Então tudo ficou quieto e silencioso. De alguma forma não acordei meus pais com meus gritos violentos. Acho que a bruxa velha e meu pai que moram ao lado acabaram se acostumando com meus gritos já que isso acontece à anos quase todas as manhãs. Na verdade, acho que se eu não gritasse o nome do Deku todo dia eles achariam que eu estava morto.

Eu controlei minha respiração enquanto me libertava dos lençóis não queria me sentir como um bebê. Suspirei pesadamente e em seguida limpei as minhas lágrimas antes que elas escorressem pelas minhas bochechas. Chorar feito um bebê chorão não muda nada... isso não trará o Deku de volta.

Olhei para o meu despertador e acabei vendo uma foto do Deku sorrindo, que nem conseguiu chegar à formatura do ensino médio por minha causa. Senti que as lágrimas começaram a escorrer novamente e minha visão ficou lacrimejante. Desviei minha visão da foto novamente. Olhando diretamente para o relógio indicando serem 6:00 da manhã e gemendo me levantei da cama.

Coloquei meus pés na madeira que parecia mais dura que o normal. Enxuguei as lágrimas restantes e o cansaço dos meus olhos, e então caminhei até o banheiro, onde escovei meus dentes e voltei para o meu quarto para vestir o meu uniforme da UA. Tirando minha camisa, fui recebido por uma dor lacrimejante em meus braços, foram minhas malditas cicatrizes de novo...

Cerrei os dentes e puxei a manga do pijama com força apenas para piorar a dor. Eu merecia as cicatrizes, mas, não podia deixar minha mãe vê-las, ela apenas me mandaria para um terapeuta mais uma vez.

Fui até o armário e peguei um 'kit' de primeiros socorros que estava bem lascado e desarrumado. Coloquei tudo fora e peguei algumas bandagens e enrolei o pano ao redor do meu braço. Assim que senti que as bandagens estavam apertadas o suficiente para senti-las durante o dia todo, coloquei o 'kit' na parte de trás do meu armário para ficar escondido atrás das minhas outras coisas.

Suspirei ansiosamente para mim mesmo novamente, e finalmente coloquei o uniforme da UA com mais cuidado dessa vez. Ainda bem que era inverno, então eu tinha uma desculpa para usar manga comprida. Fechei o último zíper, em seguida, saí do meu quarto e desci as escadas. Não entrei na cozinha já que não estava com fome e sabia que a bruxa velha não se incomodaria em não me alimentar.

Atravessei a calçada, e dei algumas voltas antes de entrar no colégio. Lá tentei me misturar com a multidão e me tornar invisível, mas, isso é um pouco difícil quando você é um assassino sem sentença de prisão.

Todos ao meu redor ficavam me encarando, eles olhavam para mim de cima a baixo antes de olharem para trás uma segunda vez, apenas para se certificar que eu não desapareci nos poucos segundos em que desviavam o olhar. Eles agiam como se eu fosse um leão ou uma doença apenas esperando para atacar e infectá-los com um desejo assassino.

"Eu nunca quis ele morto" Eu pensava enquanto rangia os meus dentes em nervosismo. O sonho que eu tive ontem à noite estava passando pela minha cabeça novamente me fazendo andar mais rápido pelos corredores.

Eu me sentia pequeno, vulnerável e fraco e eu odiava isso. Eu entrei na classe 1-A e me sentei no meu lugar favorito ao lado da janela. No canto tentei ficar invisível, mas falhei miseravelmente quando dois idiotas se aproximaram da minha mesa.
— Kac- Katsuki! — Disse um alegre balão hélio — Tudo bem...? — Ela perguntou com cuidado, como se tudo que ela dissesse de errado pudesse me fazer explodir. Eu a teria explodido se ela ousasse dizer o apelido que pertencia a uma e apenas uma pessoa novamente. Eu cerrei meus dentes e a respondi para ver se ela ia embora
— Eu tô bem.
— Bakugou! Seja mais educado ao falar com uma dama! — Criticou o quatro olhos enquanto fazia um estranho movimento com a mão, oque me irritava pra caralho.
— Está tudo bem. Lida... sério! Ele só está de mau-humor — Disse a cara redonda tentando acalmá-lo. Lida aceitou oque ela disse e ele começaram a conversar sobre... trombetas... heróis profissionais... óculos... para falar a verdade eu não tava mais prestando atenção. Estava um pouco pensativo naquele dia e estava olhando pela janela. Enquanto eu estava sentado lá, vi uma árvore bonita que crescia direto no chão ao lado da minha janela. Ela estava lá como se estivesse destinada a permanecer naquele campo pela eternidade. Peguei um pedaço de papel do meu caderno e comecei a esboçá-lo , me concentrando em cada galho, cada pétala que floresceu...
— Oque você está desenhando aí, Bakugou. Kero? — Perguntou a rã sentada atrás de mim.
— Não é da sua conta — Eu respondi me concentrando fortemente. Tsuyu ignorou minha resposta e começou a conversar com os outros dois idiotas.

Viagem No Tempo (BakuDeku - DekuBaku)Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu