Conto 3: Drama.

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Este conto ganhou o prêmio "Cultura Viva" nas categorias melhor Conto de Drama e História Original.

Bom entretenimento.

Um Feito Grandioso.


☆ Capítulo Único ☆

》♡《


23/12
daquele ano.

O velho carro do senhor Pedro está a mais de uma hora a enfrentar uma impiedosa tempestade, bloqueado dentre as centenas de outros veículos na Avenida Principal.

Claramente tenso, ele consulta a hora em seu celular, 18h48min. Eis que aparece o nome "Dona Júlia" piscando no écran.

- Sim dona Júlia!

- "O senhor está a quase uma hora atrasado!" - O tom está autoritário. - "Posso saber o motivo?!".

- Dona Júlia - respondeu-lhe numa calmaria característica sua -, aconteceu algum acidente por aqui! Eu não tenho culpa. Fique calma, às crianças vão esperar o Papai Noel tranquilas, apenas avise que estou perto.

- "Seu Pedro" - sussurrou sem perder o tom de indignação, ao manter a voz ríspida -, "as crianças não são o problema; os pais é quem são! Tá cheio aqui e eles estão nervosos!" - Silenciou-se por alguns segundos. Sua respiração prolongada expressa a irritação contida. - "Em quanto tempo o senhor vai chegar?".

- Se começar à avançar, em quinze minutos eu chego, no máximo!

- "Passe disso e não vai receber. O trato foi o fim de semana inteiro e hoje é domingo. Fique ciente que seus seiscentos reais vão para a "caixa do adeus"."

Desligou.

A frase lhe perturbou o atingindo fortemente em seu quase utópico propósito em concretizar o pedido feito por sua netinha de oito anos, numa cartinha ao Papai Noel.

"Querido papai Noel sei que o senho e velinho e que talveis meu pedido não cabi no seu saco mas se concegui coloca minha bicicleta esse ano eu juro que ano que vem eu não pesso nada. Aaa so mais uma coisa se o senho mora perto do papai do ceu dis a ele para mandar um beijo para minha mamãe. Sinto saudade dela.
Te amo. Da sua fan Samara".

É no dia 25 de cada dezembro, que os sonhos, dirigido pela imaturidade e inocência das ingênuas crianças de todo o mundo, pode se tornar fisicamente real. Isso realizado pelo fictício gordinho de vestes vermelhas e um sorriso angelical.

Aquela carta deprimiu profundamente o pai de Samara. Ele a levou ao seu velho pai para ter conhecimento do pedido quase que impossível para aquela família moradora de uma comunidade expressamente carente dos toques que a faria urbanizada.
A carta foi um golpe a realidade de um pai recém viúvo que tem como trabalho vender doces no trem que conecta a Zona Sul ao Norte do estado.

Desde o dia em que a então inocente carta foi depositada no simplório pinheiro natalino, duas semanas passadas, aqueles homens se martirizam a pensar em como concretizar o querido pedido.

O senhor Pedro sabe que seu filho não vai conseguir chegar ao valor de uma bicicleta nova, talvez uma de segunda mão. Por outro lao, sua aposentadoria não dá quase para ele próprio, tornando utópico um desejo tão simples. Numa época em que tabletes, celulares e quaisquer aparelho tecnológico está nas mãos de todas as crianças, a pequena Samara sonha em ter uma bicicleta.

Contos Multiplos.Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin