Capítulo 20: Fazer o que é Melhor

10 1 0
                                    

Outra vez o sol fazia sua viagem celestial por Dublin. Mas , desta vez, veio anunciar a Evandro que seu pupilo já estava desaparecido há 2 dias, já quase indo para o terceiro. Ele não sabia mais o que fazer, tinha revirado o apartamento inteiro atrás de pistas para desvendar o paradeiro de Raúl, mas nada encontrou.

A polícia local não poderia ser acionada, Evandro não podia chamar atenção para eles, não sabia até onde poderiam existir espiões do atual governo de Mônaco. 18 anos protegendo o príncipe prejudicaram a saúde mental do antigo Conselheiro.

Tanto que ele já não tinha ânimo para coisas básicas no dia a dia, como comer, ou sequer trabalhar. Ele tinha ligado para a M.Games e disse que teria que ficar umas semanas em casa, por estar com uma “gripe violentíssima”.

Quando ele cansava de procurar por coisas, se punha a pensar, encarar de frente os seus fantasmas, pensar no que diria a Raúl, quando o encontrasse. Porque ele não se daria por vencido tão facilmente. Não era possível que os dois garotos tivessem sido engolidos pela terra.

“Eu deveria ter dito a verdade desde o começo”, era seu pensamento recorrente, entre memórias dos tempos felizes que passava com o Garoto da Torre. Ele passava horas no quarto do pupilo, já tinha desistido de procurar por lá alguma pista, era só para se sentir perto dele outra vez.

Evandro ficou muito impactado com a carta que Raúl deixou no quadro de avisos. Ela estava em sua mão

- Nunca imaginei que eu pudesse ter feito tanto mal a ele, eu só queria protegê-lo – ele suspirou. – Mas só olhei para o meu medo. Eu deveria saber que ele já não era mais criança, deveria ter me atentado a como ele se sentia...coitado do meu filho... – abaixou a cabeça. Evandro estava se acostumando a chamar o menino de filho.

“Deus, me ajuda!! Não tenho mais pra onde ir. Se, ao menos, eu tivesse uma segunda chance com o Raúl...seria tudo diferente”, pensou ele, com uma lágrima escorrendo.

O que aconteceu a seguir poderia seria ser chamado de muitas coisas: “Deus”, “destino”, “sorte”, “universo”, “carma"...como queira chamar, mas Evandro foi tirado de seus pensamentos por um toque de celular, um número desconhecido ascendendo na tela.

Ele congelou, não tinha a menor ideia de quem poderia ser. Suas paranoias o faziam pensar que o governo tirano de Mônaco tinha conseguido rastreá-lo finalmente,  já que não costumava receber ligações de estranhos. Mas algo o forçava a atender, poderia ser algo sobre Raúl.

Ainda bem que assim o fez.

- Walt...quer dizer... Sr Diretor?? – ele disse, levantando do sofá – Endereço daqui?? Claro, anote aí.

A última coisa que Evandro pensou que podia acontecer era essa, o que não o impediu de marcar com aquele homem dalí duas horas.

 *    *    *    *    *    *    *    *    *    *    *    *    *    *    *    *    *

O apartamento todo arrumadinho e cheiroso não se parecia em nada a como estava naquela manhã. Mas era uma ocasião especial. Havia uma mesa de jantar para duas pessoas, e um lombo assado no centro, e uma jarra com suco de laranja natural, fresco.

Naabot mo na ang dulo ng mga na-publish na parte.

⏰ Huling update: Jan 05, 2022 ⏰

Idagdag ang kuwentong ito sa iyong Library para ma-notify tungkol sa mga bagong parte!

O Garoto da TorreTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon