Stephanie Young, ano de 1550, séc XVI. Condenada a ser uma criatura sanguinária imortal de sangue frio. Tudo que tinha era uma sede incontrolável de mudar o destino de sua eternidade, antes que sua mente pudesse envelhecer mais rápido que sua carne...
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Naquela manhã, como era de seu costume, Stephanie caminhou até o quarto da ruiva, abriu a porta e, com muito cuidado, entrou no mesmo. A jovem não havia acordado após o momento que haviam tido na noite anterior, mas sabia que a Jung tendia ter um sono agitado e com isso sempre se remexia muito, arrastando as cobertas. Mas naquele dia em questão Jessica dormiu mais pesado e tranquilamente que nos demais dias, tendo as cobertas sutilmente bagunçadas.
Sorriu carinhosa na direção da jovem e arrumou as cobertas sobre seu corpo, que parecia cada dia mais saudável, adequadamente. Observou a garota se aninhar mais confortavelmente no calor que lhe envolvia e até mesmo puxou o canto dos lábios em um sorriso inconsciente. A Young colocou uma mecha dos cabelos acobreados atrás da orelha da jovem de pele salpicada por sardas e sorriu mais largo, analisando os traços da garota. Era mesmo linda e se seu coração pulsasse, seria interessante senti-lo bater acelerado toda vez que a olhasse nos olhos.
Não querendo parecer estranha caso a garota acordasse, aproximou-se apenas para deixar um selar cuidadoso em sua testa e assim deixou o quarto, observando Sooyoung ao pé da escada, de braços cruzados, mostrando um sorriso divertido enquanto se recostava contra o corrimão. Stephanie sabia o que a mulher sugeria com tudo aquilo, sabia exatamente o que ouviria, por isso apenas rolou os olhos enquanto descia a escada e se aproximava da mais velha.
– Farei diferente, não quero ser como os outros. – Começou quando Stephanie estava próxima de si. – Acho ter ouvido isso de ti algum dia, se me recordo bem.
– E estou mantendo minha palavra. – Foi breve.
– Preciso dizer que me impressionou ao manter seu controle. Houveram muitos casos em que a partir do momento em que vampiros como nós reclamaram seus subjugados para si, os tomaram intimamente também. – Comentou com casualidade, verificando as próprias unhas. – Devo reconhecer que tem mesmo muita força de vontade, é um traço admirável.
– Como eu falei, Jessica é minha subjugada, mas tem as próprias escolhas. Não está à mercê das minhas decisões. – Dirigiu-se à dispensa, buscando um dos pequenos potes que guardavam sangue animal. – Aceita?
– Não, obrigada. Já fiz minhas refeições com sangue fresco. – Negou com feições enojadas. – Isso é desagradável, sabia?
– Continua sendo sangue, serve. – Deu de ombros, servindo uma taça para si e sentava-se à mesa de jantar. – Caçar à luz do dia é perigoso, atrai os ouvidos atentos dos caçadores.
– Beber sangue guardado é nojento.
– Quando éramos humanas beber sangue era nojento. É uma questão de adaptação.
SooYoung riu-se, assentindo enquanto sentava-se ao lado da mais nova.
– Como foi? – Perguntou, Stephanie fingiu não ouvir a pergunta. – Já fugiu o suficiente do assunto, estou curiosa quanto a sua primeira experiência ao ter uma subjugada.