Capítulo 3

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No dia seguinte, ao fim do dia

Toca o despertador, Margarete acorda muito sonolenta. Ela vai para a casa de banho pentear-se, lavar os dentes e volta para o quarto para se vestir, depois desce para ir tomar o pequeno almoço, ao descer as escadas repara que a mesa, está vazia, então vai á cozinha, mas não está ninguém então chama pela empregada:

- Elsa! – ninguém responde – Elsa! Elsa?

Der repente, aparece alguém que lhe tapa a boca e encosta uma faca ao pescoço, ela não sabia quem era, mas tinha a Certeza que era um homem pelas mãos serem grandes e ásperas.

Ele começa a falar:

- Eu vim avisá-la de que se você for á polícia, ou se quer pensar em falar para alguém sobre Peter, bem... eu acho que sabe o que lhe vai acontecer. Entendido?

Ela abana a cabeça fazendo sinal que sim. Finamente ela é libertada e solta um suspiro de alívio, mas quando ela olha para trás já ele tinha ido embora, mas agora ela tinha de arranjar uma forma de prender Peter e os outros traficantes, antes de ser morta por um dos seus cúmplices, mas primeiro tinha de arranjar um plano.

*

Horas depois.

Margarete está sentada no sofá, assustada e a pensar no que aconteceu e manhã na sua própria casa, estava muito concentrada a pensar no que fazer o telefone toca, ela não queria atender pois tinha medo que fosse o homem que a atacou, mas para seu Alívio quem ligou era Miles, muito provavelmente para saber se ela tinha algum plano para prender Peter:

- Alô? Margarete?

- Sim, Miles.

- Então tens algum plano para prender Peter?

- Não, eu não vou fazer isso.

- Tu o quê? Estás a quer dizer que vais deixá-lo andar por aí á solta? Eu sei que estás apaixonada por ele, mas Mar...

- Tu não sabes nada e não tens nada a ver com isso, apenas não o quero fazer.

- Mas Margarete...

Margarete desliga a chamada, ouve alguém a entrar e vai verificar quem é. Por sua sorte era apenas Peter com uma garrafa de vinho na mão e comida chinesa. Ela fica espantada, mas já estava enteada o suficiente e diz:

- Tenho mesmo de começar a por as chaves noutro sítio.

- Na verdade já me tinhas dado as chaves, não te lembras?

- Ah pois é, já nem me lembrava. Mas então o que fazes aqui?

- Não é obvio? Vim jantar contigo, na tua terra nunca te disseram que homens gostam de fazer surpresas?

- Não, por acaso não, na minha terra ensinaram-me a avisar os outros de que tem de se avisar a alguém que vai jantar com essa pessoa, ainda pra mais quando é na casa da oura pessoa.

- Mas então queres jantar ou não?

- Sim quero. Entra.

Ele entra, agarra-a pela cintura e dá-lhe um beijo, mas ela afasta-se, ele não percebe o porquê, mas, ignora o que acabara de acontecer. Eles vão para a sala jantar, depois de alguns copos de vinho, ou seja, dizendo melhor, depois de três garrafas Margarete já estava um pouco embriagada, Peter repara e tira-lhe o copo da mão, mas ela volta a pegar no copo, dando mais um gole e ele diz:

- Vá já bebeste de mais por hoje, anda vamos dormir. - tirando-lhe o copo da mão.

- Não deixa-me estar aqui a saborear o momento.

- Não, já chega. - diz ele pegando-lhe pela mão.

Margarete levanta-se e Peter leva-a para o quarto. Chegando ao quarto ele deita-a na cama e cobre-a e vai direto para a porta, mas no preciso momento em que está a abrir a porta ela chama-o e pede para ficar junto dela, deitado na cama ele fica surpreso porque nunca dormiu na cama dela, ou se quer na casa dela. Ele aproxima-se e deita-se na cama virado de costas para ela, sem sono só a pensar como é que pode arranjar um plano para se livrar daquela gravação.

*

No dia seguinte, de manhã.

Margarete acorda, cansada, com uma dor de cabeça fortíssima, levanta-se e vai abrir a cortina, mas a luz que entra para o quarto é demasiado forte o que piora as dores de cabeça e cansa a vista da luz tão forte, bem parece que Margarete está com aquilo a que chamamos de ressaca, não seria a primeira vez que estava assim, mas já se passava tanto tempo que ela não estava de todo habituada com aquela situação, ela lembra-se vagamente da noite de ontem, são como flashbacks na sua memória, talvez não devesse beber tanto, vai para a casa-de-banho lavar-se para se pôr pronta, demorou algum tempo até sair. Ela volta para o quarto para se vestir, olha para a sua cama e lembrara-se que pedira a Peter para ficar com ela, mas ele já não estava lá, deve ter ido embora, e começa a pensar em tudo o que tem de fazer ela sabe o que ele faz, no entanto apesar de tudo ela ama-o e não o quer denunciar, ela tinha tantos planos com ele, ele ia mudar-se para a casa dela que para além de ser maior tinha as pessoas para fazer as coisas quando chegassem tarde ela queria que fossem uma família feliz e normal como muitas outras, mas isso estava longe de acontecer com o que acabar de descobrir, senta-se na cama e a sua emoção é mais forte do que ela e começa a chorar desalmadamente com se fosse o ultimo momento da sua vida, chorou por tanto tempo que a sua cabeça parecia estar a latejar, então ela recompõe-se, levanta-se vai até á casa-de-banho lavar a cara, olha para o espelho e vê como aquilo a está a destruir, não pode continuar assim. Ela vai vestir qualquer coisa antes de sair, e só depois de tomar o pequeno almoço é que vai vestir algo adequado para trabalhar, um hábito estranho, mas já o faz desde criança para não se sujar antes de sair de casa para qualquer lado.

Margarete abre a porta do quarto e desce as escadas para ir tomar o pequeno almoço, mas ao descer as escadas ouve alguém a falar, ela desce com cuidado e muito devagar para conseguir ver quem está a fala, espreita um bocado e vê Peter a falar com o seu motorista, ela esconde-se para tentar ouvir a conversa:

- Já te disse que não tenho esse dinheiro. - Sussurra Peter

- Não quero saber, arranja uma forma o que interessa é dares-me o dinheiro.

- No entanto ainda trabalhas para mim, enquanto não te der o dinheiro por isso ainda estás a vigiar a Margarete.

- EU já...- o motorista é interrompido assim que ouve um barulho.

Margarete, fica assustada, não tem para onde ir, ou o que dizer, nem o que fazer, e pensa "Ele tem capangas em todo o lado até o meu motorista, sabe-se lá quem mais tem a trabalhar para ele eu não posso deixar-me enganar por ele, tenho de me recompor e fazer alguma coisa" ela desce as escadas, um pouco imprudente da parte dela, devia ter ouvido mais da conversa, mas agora já estava a descer já não te volta a dar, com um sorriso bem aberto, cumprimenta-os e diz:

- Bom dia estou a ver que já se conhecem melhor. Vai preparar o carro, que já vou sair, estou atrasada. - dirige-se ela ao motorista

-Bom dia- diz ela para Peter um beijo- Pensei que já tinhas ido embora.

- Não, eu acordei á pouco. Não vais tomar o pequeno almoço? Eu conheço uma ótima pastelaria que ias adorar.

- Não, já estou atrasada para o trabalho e tu também, por isso temos de ir embora.

- Vou indo embora então, tchau, até logo.

Margarete, vai subindo as escadas e não se despede, então Peter vai-se embora, desconfiado de Margarete e com tanta repulsa daquele maldito motorista. Abre a porta, olha para trás com esperança de que ela ainda volte para se despedir, mas nada nem ninguém aparece. Ele vai em direção ao seu carro, abre a porta e senta-se no baco da frente do carro, no lado do volante dá um grito, batendo com as mãos no volante com raiva, acalma-se liga o carro e arranca muito rápido, quem olha-se acharia que estava bêbado ou então só a ter um ataque.

Margarete olha pela janela, a ver quando ele se vai embora, assim que ele arranca ela vai para o quarto, fecha a porta as chaves, pega no seu telefone, vai á sua lista de contatos arrasta para baixo para procurar o contacto de Miles e liga para ele:

-Estou? Miles, mudei de ideias, vamos arranjar um plano.


O recomeço de uma vida inacabadaWhere stories live. Discover now