No dia seguinte, ao fim do dia
Toca o despertador, Margarete acorda muito sonolenta. Ela vai para a casa de banho pentear-se, lavar os dentes e volta para o quarto para se vestir, depois desce para ir tomar o pequeno almoço, ao descer as escadas repara que a mesa, está vazia, então vai á cozinha, mas não está ninguém então chama pela empregada:
- Elsa! – ninguém responde – Elsa! Elsa?
Der repente, aparece alguém que lhe tapa a boca e encosta uma faca ao pescoço, ela não sabia quem era, mas tinha a Certeza que era um homem pelas mãos serem grandes e ásperas.
Ele começa a falar:
- Eu vim avisá-la de que se você for á polícia, ou se quer pensar em falar para alguém sobre Peter, bem... eu acho que sabe o que lhe vai acontecer. Entendido?
Ela abana a cabeça fazendo sinal que sim. Finamente ela é libertada e solta um suspiro de alívio, mas quando ela olha para trás já ele tinha ido embora, mas agora ela tinha de arranjar uma forma de prender Peter e os outros traficantes, antes de ser morta por um dos seus cúmplices, mas primeiro tinha de arranjar um plano.
*
Horas depois.
Margarete está sentada no sofá, assustada e a pensar no que aconteceu e manhã na sua própria casa, estava muito concentrada a pensar no que fazer o telefone toca, ela não queria atender pois tinha medo que fosse o homem que a atacou, mas para seu Alívio quem ligou era Miles, muito provavelmente para saber se ela tinha algum plano para prender Peter:
- Alô? Margarete?
- Sim, Miles.
- Então tens algum plano para prender Peter?
- Não, eu não vou fazer isso.
- Tu o quê? Estás a quer dizer que vais deixá-lo andar por aí á solta? Eu sei que estás apaixonada por ele, mas Mar...
- Tu não sabes nada e não tens nada a ver com isso, apenas não o quero fazer.
- Mas Margarete...
Margarete desliga a chamada, ouve alguém a entrar e vai verificar quem é. Por sua sorte era apenas Peter com uma garrafa de vinho na mão e comida chinesa. Ela fica espantada, mas já estava enteada o suficiente e diz:
- Tenho mesmo de começar a por as chaves noutro sítio.
- Na verdade já me tinhas dado as chaves, não te lembras?
- Ah pois é, já nem me lembrava. Mas então o que fazes aqui?
- Não é obvio? Vim jantar contigo, na tua terra nunca te disseram que homens gostam de fazer surpresas?
- Não, por acaso não, na minha terra ensinaram-me a avisar os outros de que tem de se avisar a alguém que vai jantar com essa pessoa, ainda pra mais quando é na casa da oura pessoa.
- Mas então queres jantar ou não?
- Sim quero. Entra.
Ele entra, agarra-a pela cintura e dá-lhe um beijo, mas ela afasta-se, ele não percebe o porquê, mas, ignora o que acabara de acontecer. Eles vão para a sala jantar, depois de alguns copos de vinho, ou seja, dizendo melhor, depois de três garrafas Margarete já estava um pouco embriagada, Peter repara e tira-lhe o copo da mão, mas ela volta a pegar no copo, dando mais um gole e ele diz:
- Vá já bebeste de mais por hoje, anda vamos dormir. - tirando-lhe o copo da mão.
- Não deixa-me estar aqui a saborear o momento.
- Não, já chega. - diz ele pegando-lhe pela mão.
Margarete levanta-se e Peter leva-a para o quarto. Chegando ao quarto ele deita-a na cama e cobre-a e vai direto para a porta, mas no preciso momento em que está a abrir a porta ela chama-o e pede para ficar junto dela, deitado na cama ele fica surpreso porque nunca dormiu na cama dela, ou se quer na casa dela. Ele aproxima-se e deita-se na cama virado de costas para ela, sem sono só a pensar como é que pode arranjar um plano para se livrar daquela gravação.
*
No dia seguinte, de manhã.
Margarete acorda, cansada, com uma dor de cabeça fortíssima, levanta-se e vai abrir a cortina, mas a luz que entra para o quarto é demasiado forte o que piora as dores de cabeça e cansa a vista da luz tão forte, bem parece que Margarete está com aquilo a que chamamos de ressaca, não seria a primeira vez que estava assim, mas já se passava tanto tempo que ela não estava de todo habituada com aquela situação, ela lembra-se vagamente da noite de ontem, são como flashbacks na sua memória, talvez não devesse beber tanto, vai para a casa-de-banho lavar-se para se pôr pronta, demorou algum tempo até sair. Ela volta para o quarto para se vestir, olha para a sua cama e lembrara-se que pedira a Peter para ficar com ela, mas ele já não estava lá, deve ter ido embora, e começa a pensar em tudo o que tem de fazer ela sabe o que ele faz, no entanto apesar de tudo ela ama-o e não o quer denunciar, ela tinha tantos planos com ele, ele ia mudar-se para a casa dela que para além de ser maior tinha as pessoas para fazer as coisas quando chegassem tarde ela queria que fossem uma família feliz e normal como muitas outras, mas isso estava longe de acontecer com o que acabar de descobrir, senta-se na cama e a sua emoção é mais forte do que ela e começa a chorar desalmadamente com se fosse o ultimo momento da sua vida, chorou por tanto tempo que a sua cabeça parecia estar a latejar, então ela recompõe-se, levanta-se vai até á casa-de-banho lavar a cara, olha para o espelho e vê como aquilo a está a destruir, não pode continuar assim. Ela vai vestir qualquer coisa antes de sair, e só depois de tomar o pequeno almoço é que vai vestir algo adequado para trabalhar, um hábito estranho, mas já o faz desde criança para não se sujar antes de sair de casa para qualquer lado.
Margarete abre a porta do quarto e desce as escadas para ir tomar o pequeno almoço, mas ao descer as escadas ouve alguém a falar, ela desce com cuidado e muito devagar para conseguir ver quem está a fala, espreita um bocado e vê Peter a falar com o seu motorista, ela esconde-se para tentar ouvir a conversa:
- Já te disse que não tenho esse dinheiro. - Sussurra Peter
- Não quero saber, arranja uma forma o que interessa é dares-me o dinheiro.
- No entanto ainda trabalhas para mim, enquanto não te der o dinheiro por isso ainda estás a vigiar a Margarete.
- EU já...- o motorista é interrompido assim que ouve um barulho.
Margarete, fica assustada, não tem para onde ir, ou o que dizer, nem o que fazer, e pensa "Ele tem capangas em todo o lado até o meu motorista, sabe-se lá quem mais tem a trabalhar para ele eu não posso deixar-me enganar por ele, tenho de me recompor e fazer alguma coisa" ela desce as escadas, um pouco imprudente da parte dela, devia ter ouvido mais da conversa, mas agora já estava a descer já não te volta a dar, com um sorriso bem aberto, cumprimenta-os e diz:
- Bom dia estou a ver que já se conhecem melhor. Vai preparar o carro, que já vou sair, estou atrasada. - dirige-se ela ao motorista
-Bom dia- diz ela para Peter um beijo- Pensei que já tinhas ido embora.
- Não, eu acordei á pouco. Não vais tomar o pequeno almoço? Eu conheço uma ótima pastelaria que ias adorar.
- Não, já estou atrasada para o trabalho e tu também, por isso temos de ir embora.
- Vou indo embora então, tchau, até logo.
Margarete, vai subindo as escadas e não se despede, então Peter vai-se embora, desconfiado de Margarete e com tanta repulsa daquele maldito motorista. Abre a porta, olha para trás com esperança de que ela ainda volte para se despedir, mas nada nem ninguém aparece. Ele vai em direção ao seu carro, abre a porta e senta-se no baco da frente do carro, no lado do volante dá um grito, batendo com as mãos no volante com raiva, acalma-se liga o carro e arranca muito rápido, quem olha-se acharia que estava bêbado ou então só a ter um ataque.
Margarete olha pela janela, a ver quando ele se vai embora, assim que ele arranca ela vai para o quarto, fecha a porta as chaves, pega no seu telefone, vai á sua lista de contatos arrasta para baixo para procurar o contacto de Miles e liga para ele:
-Estou? Miles, mudei de ideias, vamos arranjar um plano.
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O recomeço de uma vida inacabada
ActionEsta é uma história sobre a vida de Margarete, policial, bonita, solteira com um passado já esquecido com muitos segredos, agora está com uma vida completamente nova, com amante secreto, uma vida perfeita, ou pelo menos quase perfeita... até que des...