Capítulo 6

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Margarete encontra-se sentada num banco no jardim botânico, a olhar fixamente para o lago, pensativa nas decisões que tomou nos últimos seis meses, casar-se, viver novamente com outro alguém cujo a sua identidade apesar de conhecida é um mistério, mas a lembrança do beijo com Miles não lhe sai da cabeça, especialmente neste lugar onde se costumavam encontrar enquanto ainda eram casados e isso faz o seu subconsciente questionar se isso teve significado para ela ou se é apensa a culpa de algo que nunca deveria ter acontecido, mas agora não há nada a fazer a não ser seguir com o seu plano. Ela olha em volta, não tem nada a não um homem sentado na relva a olhar fixamente para o lago permanece imóvel, no entanto o seu rosto é familiar, então ela levante e aproxima-se para ver melhor o homem misterioso sentado no jardim, a caminhar na sua direção sente que alguma coisa não está bem, mas continua, e quando finalmente se aproxima do homem virado de costas sentado na relva, toca-lhe levemente no ombro e fala:

- Desculpe incomodar mas está tudo bem? Precisa de ajuda?

O homem vira-se num pequeno sobressalto sem entender o que se passou, nem atento estava na voz da mulher ou atentamente ao que dissera, mas de tão distraído que estava nem hesitou e respondeu logo como se tivesse entendido enquanto se virava para ver quem era:

- sim, ob... - Ele hesita sem perceber como é que passado meses lhe aparece a única pessoa que ele queria ver naquele momento, só poderia ser o destino, mas destino era algo que ele não ele não acreditava ,então só poderia dizer uma coisa, que ele não era o único a pensar naquele beijo, ou então era pura e simplesmente também apaixonada por aquele lugar tanto quanto ele quando se quer refugiar do mundo, mas eram coincidências a mais, estar naquele mesmo lugar em que têm todas as lembranças de quando estavam juntos, no entanto ele invalida os seus pensamentos e responde: 

- Margarete... o que fazes aqui? 

- Eu estava só a passar o meu tempo sozinha e tu? - pergunta ela com uma certa curiosidade mesmo sabendo que continuar a falar com ele é um grande erro e poderá atrapalhar o seu plano.

- Eu estou a... espera, não, não, tens de me dizer porque é que ignoras as minhas mensagens e não atendes as minhas chamadas? Eu passei meses a tua espera... á espera que me respondesses e... nada.

- Eu tenho estado ocupada e não me posso distrair com coisas irrelevantes. - diz ela desviando o olha de um modo hesitante e então desvia-se de Miles para se ir embora.

- Como casares-te com um criminoso, era essa a tua ocupação?  E o nosso beijo, é a tal coisa irrelevante?- o seu tom de voz aumenta e muda de desilusão para um tom de mais serio, numa voz confiante.- ou melhor dizendo, eu, eu sou a tua coisa irrelevante, porque tu preferes fugir ao admitir que também te lembras tão bem daquele beijo tanto quanto eu e foi por isso que vieste aqui certo, mas tu já sabias que é sempre para aqui que venho quando estou angustiado, tu estavas a espera que eu aparecesse.  

Agora que o seu raciocínio faz sentido na sua cabeça, ele aproxima-se de Margarete, olha fixamente nos seu olhos, que brilham quando olham nos seus e aproxima-se mais um pouco, toca-lhe no rosto passando-lhe o cabelo para trás da orelha e põe-lhe a mão no rosto segurando-o para a beijar, mas a seu incerteza em beijá-la era tão grande quanto a dela, mas o olhar apaixonado dela tirava qualquer duvida de que também sentia algo, aproxima-se mais e é então Margarete se desvia, e diz:

- Eu só estou aqui para apanhar ar e pôr tudo no lugar não desorganizar mais. 

Miles não acredita nem um pouco na sua desculpa, e agarra-lhe no braço e puxa-a para si sem hesitar beija-a, os seus corpo está tão quente, e adrenalina que lhe corre agora nas veias deixa-a perdida se se aperceber do que está a fazer. 


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 Do outro lado do parque uma entidade vigia os dois apaixonados, pega no telemóvel  e começa tirar fotos do beijo de modo a que se perceba quem são e sai antes que seja vista por outro alguém, ao virar-se encontra um homem pelo caminho ao qual deu um pequeno encontrão, fazendo com que deixassem cair as coisas que tinha na mão, e os dois baixam-se para apanhá-las, mas tudo foi tão rápido que o homem nem teve tempo de se quer pedir desculpa ou agradecer. _______________________________________________________________________________

Entretanto do outro lado do parque, os dois já separados continuando a olhar um para o outro olhares distintos com transparências diferentes, mas sentimentos semelhantes e apesar de Margarete sabe que ainda sente algo por Miles e que é errado, vai estragar tudo o que construiu até agora, e apesar de tudo e de confiar nele, também sente algo por Peter mesmo sabendo que ele é um criminoso e talvez isso esteja empatá-la tanto em denunciá-lo. Enquanto Margarete sente um turbilhão de emoções, Miles continua segurar no seu rosto e a olhá-la como se fosse a única coisa no mundo que quer ver para o resto da vida e der repente ela afasta-se simplesmente dizendo: 

- Não, não, isto não devia ter acontecido eu sou casada agora, e não é contigo e se alguém nos viu? Não, isto foi um erro. - afirma ela assustada saindo a correr o mais rápido possível dali.

Miles nem teve tempo de reação para falar ou se quer mexer-se ainda pensou ir atrás dela, mas seria inútil, precisava de espaço tanto quanto ele. Assim que Margarete entra no seu carro, inspira fundo, três vezes, mas é inútil, ela desata a chorar como se não houvesse amanhã, porque ela sabe que sente algo por ele mas isso seria um grande obstáculo no caminho, obstáculo esse que não estava preparada para lidar com. Quando finalmente para de chorar limpa a cara com um lenço olha para o retrovisor do carro para verificar se se nota a cara triste de choro voltando a ajeitar o espelho, arranca direta para o trabalho. 










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⏰ Última atualização: Jun 14, 2023 ⏰

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