bons na cama | noart

5. Dor de cabeça.

SINA.

Despertei na manhã seguinte em um pulo, rapidamente deduzi que o local a volta definitivamente não era meu quarto e nem minha casa. As lembranças de ontem a noite vieram a minha mente no exato momento que vi Noah Urrea sair do banheiro com cara de quem havia acabado de acordar.

Fodidamente lindo.

Nós passamos horas juntos na noite de ontem, sem transar ou qualquer preliminar. Isso me asssutava em um nível, não era bom para nenhum de nós.

Dormir em seus braços. Trocar beijos até tarde da noite. Isso eram coisas que fazíamos apenas quando éramos namorados, agora, eu o odiava e precisava deixar isso claro.

— Acordou, baby. — Sorriu.

Idiota.

— A noite passada foi um erro, esqueça aquilo.

— Tanto faz. — Urrea falou.

Como? Foi impossível esconder meu choque ao ouvir aquilo. Noah não falava assim comigo, ele era sempre tão cuidadoso e cheio de si. O que era isso agora?

— Como assim?

— Tanto faz, Sina. Eu sei que você vai me procurar amanhã de novo, o que posso fazer? — Sorriu, dessa vez cheio de sarcasmo.

Dessa vez as palavras de Noah me acertaram em cheio, sabia que às vezes dava a entender que eu usava-o para proveito sexual, mas não era isso. O que poderia fazer? Ele me atraía, a todo momento, estávamos ligados de alguma maneira e isso me irritava. EU pedi a separação, então, por que não conseguia me afastar?

Um fodido ciclo vicioso.

Ele não deveria reclamar. É um jogo de prazer e os dois saem ganhando, aliás, eu também aparecia na sua casa quando ele precisava e passava horas na sua cama. Apesar de nunca conversamos sobre o que tínhamos, era como sexo casual.

Sempre prometia parar, mas nunca cumpria.

Estava pronta para revidar sua resposta quando ouvimos barulhos vindo lá de baixo. Meus olhos se arregalaram, já Noah sorriu presunçoso. Maldito.

Era Archie e a mãe de Noah.

— Que horas são?

— Onze e vinte. — Noah respondeu e meu coração gelou.

Será que posso chegar três horas atrasada no trabalho?

— Merda! E agora? — Me desesperei.

— Relaxa, baby. Eu tenho todo o fodido controle em minhas mãos. — Noah assegurou.

Os barulhos voltaram e agora Archie estava subindo as escadas chamando pelo pai.

— Papai? Eu vou acordar você, hein! Papai! — Houve uma pausa. — É o Archie, seu filho.

Me segurei para não sorrir na última parte, seu jeitinho de pensar que as pessoas esqueciam uma das outras era engraçado. Por sorte, tinha saído de casa ontem com shorts de pijama e agora estava com uma camisa de Noah, já que a minha sumiu durante os beijos de ontem... droga, foi tão bom.