Inazuma

75 9 11
                                    

Eu podia ouvir risadas de crianças, em meio as barracas e lojas, que ficavam entre a rua principal da cidade. Passava rápido, atrás das lojas, enquanto observava ao redor, com medo de estar sendo visto ou seguido. A minha velocidade era fora do comum, me sentia um ninja de Naruto, acho que as pessoas só viam um pequeno vulto passando, era super legal. Me esgueirava nas paredes de madeira da loja, e continuava a observar a cidade. Não era muito pequena mas também não era muito grande, embora fosse igual do jogo. Avistei um velho, que carregava uma caixa cheia de peças coloridas. Ele sem querer, acaba derrubando a mesma no chão, as peças coloridas, se espatifarão no chão, não quebrando, mas fazendo um alto barulho ao atingir o chão. Meu corpo começou a estremecer, apertei forte a quina da parede, enquanto meu pé forçava o chão de madeira. Queria ajudá-lo, mas quando eu iria até ele, a porta da onde o velho saíra, foi escancarada com força. Uma garota loira, com o cabelo amarrado e uma roupa bem chamativa vermelha. Seu corpo tinha algumas ataduras bem apertadas, parece que a mesma deve ter se machucado bastante. Ela correu até o velho, e começou a gritar bem alto enquanto o ajudava a se levantar com cuidado.
- Caramba pai! Eu disse para você me chamar caso estivesse com ajuda! - Gritou a garota loura, se agachando e pegando as peças coloridas no chão
- O que ?! - Gritou o velho de volta com ela, parecendo não ter entendido
- aaa!... Hunf - Levanta com as peças já tudo dentro da caixa, e belisca a bochecha do velho que soltou um "aii" mas depois sorriu
- Acho que entendi o que quis dizer querida... Desculpe - Disse o velho, coçando a nuca envergonhado
A garota suspirou e andou para fora da entrada da casa com a caixa, enquanto o velho a seguia com calma. Não tinha dúvidas, era Yoimiya, a rainha do festiva de fogos de artifício de Inazuma. Ela estava mais fofa do que deveria, a Mihoyo havia se superado agora. Sorri calmamente e continuei a passar pelas casas sem ninguém me ver. Passei por várias casas e lojas, observando tudo com muito cuidado, os guardas pareciam que sentiam alguém os observando, mas por sorte, ninguém havia me encontrado ainda. parei debaixo do templo da estátua da onisciência, tenho péssimas lembranças aqui. Reparei que a estátua ainda estava ativa, e os soldados, ainda pressionavam o povo de Inazuma, e ao julgar pela situação, eu estava provavelmente no passado, onde Inazuma ainda sofria pela caça as visões. Isso era perigoso para mim, se eu já havia sofrido para derrotar alguns slimes Electro's, imagina só tentar enfrentar os soldados da Raiden Shogun. Não, sem chance, preciso ser muito discreto aqui. Olhei para os lados, e quando eu iria pular no penhasco. Comecei a escutar gritos e berros encima da parte de madeira onde eu estava escondido, parecia uma multidão enfurecida, junto de alguns gritos de lamentação. Me esgueirei  sobre o piso de madeira lisa, que havia encima de mim, e por uma fresta, consegui ver mais ou menos o que estava acontecendo. Era o que eu havia pensado mais cedo, essa Inazuma, é antes dos acontecimentos do Viajante, pois havia vários guardas do Shogunato, prendendo o que parecia ser um samurai antigo. Ele estava bem assustado, enquanto ficava ajoelhado com 4 guardas ao seu lado direito e esquerdo. Havia também, uma multidão atrás do grande homem aprisionado, onde gritavam e fofocavam sobre o acontecido. De repente, todos pararam de falar ou gritar, eles ficaram apenas olhando para cima amedrontados, e era com razão, pois acima deles, não vinha uma simples figura política de alto escalão, não. De cima deles, vinha aquela que encerrou A Grande Guerra dos Arcontes, aquela que busca incessantemente, a eternidade.
- Baal... - Cochichei ao ver a Arconte Electro, que observava o povo dela com desprezo, encima da estátua, cheia de visões
A mesma esticou a mão, e ondas de choque, puxaram a visão do samurai até ela, que a agarrou com força e encrustou na estátua, com raios, que soltavam partículas elementais por toda parte. As visões da estátua, brilharam assim que a nova foi colocada. O brilho logo cessou, e a baal deu um sinal para que levassem o samurai embora. O samurai parecia desnorteado e meio cabisbaixo, nem conseguia se levantar direito e muito menos andar. Minha respiração estava muito pesada, e conseguia sentir as gotas de suor, descendo sobre meu pescoço. Se ela me visse agora, eu seria com certeza preso, não... Prisão seria o melhor para mim, eu com certeza serei morto. Estar de frente com alguém que poderia me matar com apenas um golpe, era amedrontador. Por sorte, os soldados haviam saído, e apenas a Raiden Shogun, ficou sobre o mezanino, olhando e admirando a estátua. Meus pensamentos atropelavam meus sentidos, me deixando totalmente desnorteado. Minhas pernas doíam e minha mãos escorregava sobre a estrutura de madeira, na qual me segurava.

Viajantes de Outro MundoOù les histoires vivent. Découvrez maintenant