Por um dia inteiro, choveu na Corte Estival.
Não uma chuva fraca, com respingos suaves e névoa passageira. Uma verdadeira tempestade, com grossos respingos, raios, trovões e ventos forte, que levaram o mar a se agitar.
Pelo péssimo estado do Grão-Senhor, Arista pessoalmente cuidou do povo, e garantiu que cada um ficasse bem e seguro. Para os que perdessem tudo, teriam abrigo no palácio até que a chuva passasse, mas, no segundo dia, não passou.
Por horas, Tarquin tentou se convencer a levantar, a seguir em frente e quando finalmente conseguiu, fez tudo o que precisava em menos de 3h. Após conferir cada um dos salões, ver que todos os feridos estavam sendo tratados e conferir que ninguém mais passava necessidade, foi conferir se cada um dos seus funcionários estava bem, e quando chegou em Arista, ela lhe entregou um bolo de cartas.
Suas calças estavam molhadas e até os joelhos cortados. A testa suada, o cabelo preso para trás e a testa suada.
Ao ver o nome de Maven nelas, ele olhou para ela.
- Onde conseguiu isso?
Ela deu de ombros, exausta.
- Fui pegar hoje de manhã, mas, como tudo isso aconteceu, só consegui entregar agora.
Tarquin as pegou e olhou em volta para ver se alguém mais precisava dele, mas a própria Arista respondeu.
- Estamos bem, pode ir.
Ele sorriu agradecido, e assim, voltou para seu quarto, se sentou em sua mesa e se voltou para os papéis.
Eram pelo menos 4 cartas e pelo menos duas estavam com o nome dela, o que fez o Coração de Tarquin bobear de alegria e esperança.
A primeira carta:
... Oi?
Como você está?Eu não sabia ao certo se deveria te começar com: "Querido Tarquin", porque somos parcieros e como eu estou brava com você não queria te dar "falsas" esperanças. Os parênteses são porque... bem, não é que eu queira aceitar essa parceria, mas, SUPONDO que sim, eu talvez, o chamasse de querido. Porque bem, eu (as vezes) sou carinhosa e nesses momentos, te chamaria por algum apelido gentil, mas, parando para pensar, você deve ser chamado de querido por muitas pessoas. Então, hipoteticamente, e nessa carta eu vou te chamar de "Tarq", mas, as vezes, de "meu bem" ou "meu amor", porque é tão antiquado que quase ninguém mais usa.
Então, meu bem, eu pensei bem, e fiz uma lista. Sim, eu não sou só uma destruidora. Como você bem sabe, eu sou uma fêmea organizada, e então, selecionei minhas condições para aceitar essa parceria e motivos pelos quais você deveria me aceitar.
Minhas condições:
1°- Eu quero ter meu espaço para trabalho, e se possível, quero poder concorrer livre e justamente para o posto de general da Corte Estival.
Quem seria mais indicada que eu? Vocês são muito de diálogo, e isso não é ruim, mas, convenhamos que de nós dois, eu tenho uma postura mais rígida.
2°- Meu quarto e o seu seriam o mesmo?
Eu prefiro que sim, porque não quero ter que informar sempre que for te ver.
3°- Meu pai poderia comparecer à nossa cerimônia de união, assim como o restante de minha família. Também quero vê-los em datas especiais, então, ou você vai comigo, ou eu vou sozinha. E nada de algemas, correntes ou guardas quando meu pai vier me ver.
4°-Esse eu juro que não é totalmente necessário, mas, se possível, quero que Autuam e Ouson continuem conosco.
5°- Quero todas as minhas frutas e meu próprio banheiro como algo somente meu. Sei que pode parecer um luxo desnecessário, mas, acredite. Eu já estou abrindo mão de muito do meu orgulho para escrever isso.
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Corte de Amor e Cura
FantasyComo seria se a filha do Tamlin e o filho Feysand se encontrassem e fossem parceiros? E se o Tarquin encontrasse sua parceira na fêmea mais inesperada?