5. Posso desmaiar agora?

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Ok, posso desmaiar agora? Ou seria muito vexame? Eu morri de medo que ele percebesse meu tremor. E tenho certeza de que enrubesci, mesmo não querendo.

Henry me deu um beijo estalado e sorriu:

- Se não é a "fedelha"? Você cresceu, prima. – ele me analisou dos pés a cabeça.

Meu pai foi chamado por um membro da corte e pediu licença aos nossos futuros convidados. Minha mãe o acompanhou, nos deixando sozinhas com os Chevalier.

Aimê colocou a mão nas flores do colar de Andrew e disse:

- Estas flores são lindas.

Ele mostrou um sorriso perfeito, retirando o colar florido do seu pescoço e colocando no de Aimê:

- Lindas flores para uma bela florzinha. – completou.

- Meu pai sempre dá o colar para Alexia... – ela me olhou. – Enfim, o colar finalmente é meu. – ela vibrou saindo de perto de nós e escolhendo um bom lugar para fotografar-se com as flores recebidas por Andrew.

- Prometo que o próximo colar de flores será seu. – Andrew me disse.

- Duvido que você consiga ganhar do meu pai novamente. – aleguei.

- Bem, então ainda assim você receberia o colar da mesma forma, não é mesmo? Mas eu ainda acho que venceria seu pai numa outra corrida.

- Vocês são bons... Mas terão que conviver com um Estevan irado com a derrota. – observou Pauline.

- Vocês estão diferentes... E lindas. – observou Henry, desta vez olhando profundamente para minha irmã.

- Posso dizer o mesmo de você. – disse Pauline sinceramente.

Olhei para minha irmã incrédula. Literalmente ela estava dando em cima de Henry Chevalier? Meu Deus, como se fazia isso sem corar e morrer de vergonha?

- Ei, onde está seu anel, "esposa"? – Andrew perguntou debochadamente.

- Ah, está guardado. – respondeu Pauline antes de mim.

Henry riu:

- Quando vi Andrew dando a coroa de flores para Aimê, lembrei do beijo que ele deu em você quando tinha apenas dez anos, Alexia. Lembram disso?

- Claro. – Pauline falou.

- Não há como esquecer. Fiquei um mês sem sobremesa. – confessei.

- E eu fui mandado para estudar em outro país, por minha irresponsabilidade e má criação. – disse Andrew fazendo careta. – Então, nosso beijo foi inesquecível para mim, acredite. Trouxe consequências.

- Bem, não foi exatamente um beijo. – falei corando novamente, indo contra o que eu acreditava realmente ter sido.

- Concordo. Hoje eu beijo de outra forma. – ele riu sedutoramente, me encarando.

- Na minha opinião nunca foi um beijo. – Pauline me olhou, certamente lembrando que eu dizia que sim, havia sido um beijo.

- Nunca mais brincamos de casamento depois disso. – lembrou Henry. – E acho que por isso somos traumatizados com esta palavra até hoje. – ironizou.

- Beijos, beijos... – Andrew riu. – Fazíamos umas brincadeiras loucas. E eu já tinha dezesseis anos... Se eu fosse Estevan, me daria um soco na cara.

Senti um beijo no meu rosto e quando percebi Gael estava me envolvendo com seus braços, puxando-me para perto dele:

- Ora, ora, se não são os irmãos Chevalier, ladrões de taças de Alpemburg.

Acordo de Amor com um Chevalier (DEGUSTAÇÃO)Where stories live. Discover now