10. Quero beijar você

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O silêncio tomou conta do ambiente. Henry disse:

- Parece que você tem uma admiradora, Andy.

- E então? – Aimê ficou esperando a resposta.

- Responda, Chevalier. – incentivou Gael ironicamente.

- Eu... Não posso dar o anel para você. Porque ele é da sua irmã. – Andrew me olhou. – Então, depende dela e não de mim você ficar ou não com o anel.

Canalha, devolveu a pergunta para mim. Que droga! Respirei fundo e disse:

- Pode ficar com o anel quando sua amiga devolver.

- Obrigada. – ela me abraçou. – Então não faz sentido você ter tentado me matar por causa do anel.

Aimê, você está dificultando as coisas de propósito para mim.

- Aimê, hora de dormir. Mamãe está esperando por você. – disse Pauline. – Para cama. Você já se despediu de todos.

Minha irmã caçula saiu e a criada de confiança de meus pais voltou a ocupar seu lugar, parada de pé ao lado da porta. Aquilo começava a ficar ridículo.

- Quer me contar sobre o anel? – Gael me olhou.

Puxei-o pelo braço e levei-o para um lugar mais reservado. Não queria explicar na frente de todos.

- Bem, foi só uma brincadeira de criança. Andrew me deu uma argola de chaveiro, fingindo que era um anel, há anos atrás, quando visitamos Noriah. E é isso.

- Por que ele lhe deu um anel de mentira? Por que você guardou o anel que não era anel?

- Gael, não quero falar sobre esta bobagem. Vamos conversar sobre outra coisa.

- Que tal sobre a presença dos Chevalier dentro do castelo e a forma como seu primo Andrew dá em cima de você?

- Não acredito que esteja com ciúme de Andrew.

Olhei para Andrew ao mesmo tempo que Gael. E nossos olhares se cruzaram. Gael caminhou até eles. Fui atrás. Não queria uma possível discussão entre meu namorado e Andrew, que parece não ter simpatizado com Gael desde que o viu pela primeira vez.

- O que os trouxe de verdade à Alpemburg? – perguntou Gael servindo-se de uma dose dupla de uísque.

- Trazer o convite do aniversário de casamento de meus pais. – explicou Henry pacientemente.

- E por que seu primo veio junto? Você não poderia ter vindo sozinho?

Henry e Andrew se entreolharam e o primeiro respondeu:

- Eu e Andy somos praticamente irmãos. Moramos na mesma casa e saímos da mesma barriga.

- Então não são praticamente irmãos. São irmãos. Porque fingem ser primos? – Gael perguntou.

- Porque somos primos e não irmãos. – Henry repetiu.

- Como assim? – Pauline perguntou.

- Nasci da barriga de Katrina. – Henry explicou. – Mas o sêmen implantado nela foi do meu pai.

- Dereck? – perguntei.

- Exato.

- Eu não sabia disso. – falei maravilhada. – Katrina teve vocês dois então?

- Sim. Mas ela não é a minha mãe, entende? Só minha mãe de barriga.

- Eu jurava que você era adotado. – confessei.

Acordo de Amor com um Chevalier (DEGUSTAÇÃO)Where stories live. Discover now