Capítulo 21

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Valentina

Me esforço para caminhar tranquilamente de volta para a casa. Assim que fecho a porta atrás de mim, respiro fundo e corro para meu quarto com o coração batendo a milhão por hora. Sou mesmo uma idiota! Achei que também sabia jogar esse joguinho de sedução barato, mas definitivamente estava errada.  Mal consigo respirar agitada, não contava que teria essa reação.

Já no quarto, esfrego minhas mãos suadas na calça antes de tocar minhas bochechas que fervem, respiro fundo devagar, duas, três vezes. O que está acontecendo comigo? Quando um homem me fez sentir isso? Nem por meu marido me sentia assim. Fico viajando em pensamentos e volto a mim quando escuto batidas na minha porta.

- Você ! - abro a porta e dou de cara com Dante de cabeça baixa. Acompanho com os olhos o seu peito ainda sem camisa que sobe e desce agitado, sigo pelo músculos em evidência do braço que está esticado até sua mão grande que segura firme o batente. Ele levanta a cabeça num rompante, me assustando. Seus rosto está sério, seus olhos estão escuros das pupilas dilatadas.

 Abro a boca para falar, mas o som não sai, também nem sei o que dizer. Dante dá um passo a frente como um predador pronto para abocanhar a presa e eu recuo com o coração batendo tão rápido que parece que vai sair pela boca. Sem tirar os olhos dos meus, ele avança ainda mais e vou recuando até bater de costas na parede. Ele estica os braços até a parede cada um de um lado do meu rosto me prendendo, mapeia cada centímetro do meu rosto e então mira minha boca, Dante abaixa o rosto para me beijar mas viro antes.

- Não leve a sério minha brincadeira! - digo ainda com o rosto virado para o lado, sem o encarar. Ele ri sem achar graça e se afasta acenando a cabeça, descontente.

- Amanhã depois do almoço levo você de volta para sua casa! - ele vai em direção a porta, parando antes de sair 

- É melhor não brincar mais, da próxima talvez eu não me contenha! - diz de costas, sem me olhar e sai.

Respiro assim que fecho a porta e escorrego pela parede até o chão. Uma confusão de sentimentos se forma no meu peito, " Não, não mesmo. Preciso ir embora já".



O miliciano e a dona do morro ( Brutos que amam - Livro 2)Where stories live. Discover now