Na esperança de acordar do pesadelo no qual adormeci, eu abro os meus olhos sentindo minha cabeça dolorida e reconheço não estar na minha casa, muito menos no meu quarto. Porém estou com muita vontade de vomitar.
E sem pudor nenhum eu faço isso e parece que a minha alma vai sair com tudo o que comi nos últimos 3 dias.
- Hey! Hey! - diz uma voz familiar e alguém segura o meu cabelo enquanto passa a mão pelo meu rosto. - Calma, Laura. - Ela me ajuda a deitar e vai coloca um pano frio em minha cabeça.
- Ruiva? - pergunto não a reconhecendo, pois os meus olhos estão embaçados com pequenas lágrimas, talvez por causa do esforço que fiz.
- Em carne e osso! - diz dando-me um pano branco para que eu possa limpar o meu rosto.
- O que aconteceu? Porque estou no hospital? - pergunto tonta e ela para o que está fazendo e me olha com olhos de pena.
- Tenho uma notícia para te dar! - ela diz com calma como se eu fosse fugir e levanto a sobrancelha gesticulando com as mãos para que ela continue - Suponho que pelo pouco tempo, tu ainda não saibas mas...
- Se eu soubesse não te perguntaria, não é? - interrompo-a com arrogância e ela apenas sorri.
- Estás grávida, Laura! - ela diz simples e em segundos meu mundo cai.
- Como assim? - pergunto assustada. - Tem um bebê aqui dentro? - aponto pra minha barriga. Eu não sei distinguir as emoções e tão pouco saber o que fazer. O dia ainda nem começou e já tenho essa bomba em mãos ou melhor uma vida em mim.
- Sim Laura. Um mini Ohano ou uma mini Laura. - ela diz sorrindo e eu so sei chorar - O que aconteceu?
- Eu não posso estar grávida. É impossível, eu e Ohano sempre protegemo-nos, então isso não é possível! - digo mais para mim do que para ela. - Eu não tenho nem estrutura e nem capacidade para ser mãe! - digo e ela acente.
- Entendo que tenhas medo. Mas essa criança vai te ajudar e ensinar tudo o que precisas saber. - diz com meiguice e toca minha barriga causando-me um arrepio - Todo mundo erra, mas essa criança não tem culpa dos teus erros, nem dos erros de Ohano.
- Eu sei, Ruiva! Não precisa me dar lição de moral, eu mais do que ninguém sei disso muito bem! -digo sentindo o nó da minha garganta ficando cada vez mais forte e me permito chorar com mais veracidade. - Mas enfim, desde quando?
- Pelos exames tem mais ou menos duas semanas. Talvez não tenhas percebido porque os sintomas normalmente começam depois da 5° ou 6° semana dependendo de cada mulher, tirando isso vocês dois estão ótimos. - ela diz e sinto-me feliz por estar tudo bem com ele. - Mas precisas alimentar-te melhor porque esses enjoos vão ficar frequentes e se não comeres sera pior para ambos.
- Ok. - digo ainda entre lágrimas - Quando poderei ir embora? - pergunto me sentindo exposta.
Eu sempre fui cuidadosa e em nenhum momento eu me deixava levar pela ardência do momento, contudo com Ohano é tudo tão intenso que eu perdi a noção do controlo.
Viajo para momento em que tudo aconteceu, minha voz misturada com a dele, nossos toques sincronizados, cada movimento, cada beijo o fogo...e reconheço que esse dia nenhum de nós lembrou de usar proteção, e eu estava tão submersa em meio aos momentos que vivia que me esqueci dos outros meios de proteção e hoje estou cá, carregando um pingo de gente dentro de mim e em 9 meses eu terei um ser que dependerá de mim para tudo, mas o que eu mais temo é a reação de Ohano já que existe Gia e o seu bebê.
Que belo tiro em Ohano, que belo tiro!
- Laura! Laura! - fala a Ruiva, tirando-me dos meus pensamentos
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Ohaura
FanfictionPRIMEIRO LIVRO DA TRIOLOGIA - OHAURA 🍋 Bem-vindos a Hargan. Um lugar normal com pessoas normais vivendo vidas normais até que um dia um copo de limonada une os fios de dois destinos diferentes. Uma menina rebelde que tenta quebrar todas as leis p...