Que deixei de te amar

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1996

–O quê?- pergunto curioso.

–Isso.- diz e coloca as mãos em minhas têmporas.

Por um momento me senti completamente tonto, de repente chegaram várias informações embaralhas e confusas em minha cabeça fazendo com que a mesma doa de forma insuportável.
O que está acontecendo?

–Que merda é essa? Por que dói tanto?- esbravejei com as mãos nas mãos dela afim de tirar as mesmas de minha cabeça e aliviar a dor.

–Acalme-se, Harry, não tenho tempo para treiná-lo ou ensinar sobre o passado, estou fazendo modificações em suas memórias, para que você saiba de tudo que for necessário, isso causa uma pequena dor mas vou ser bem rápida - disse a morte com sua suavidade de sempre

–Pequena? Pequena o caraaaa---! - gritei com a insuportável insuportável dor 

–aguente, vai valer a pena, você será como uma Hermione 2.0, não até melhor que a garota. Sim, definitivamente melhor.

Era muito estranho sentir informações entrando na sua cabeça, é como se eu tivesse estudado várias coisas por anos e anos, eu me lembro de ter estudado todas essas coisas, mas ao mesmo tempo sei que não estudei nada disso, sensação horrorosa.

após cinco minutos de pura tortura – que ao meu ver pareceram duas malditas horas – me joguei na cama exausto.

–Você deveria dormir de novo, Harry – morte diz com um sorriso amigável demais para alguém que leva vidas consigo

–Eu deveria, mas tenho que assumir meu papel de elfo doméstico – resmunguei irritado, odeio meus tios. 

– Meu querido, você precisa dormir, sim? Deixe seus parentes comigo.- deu um sorriso aterrorizante, ainda bem que não foi necessariamente para mim.
Apenas assenti e me deixei levar pelo sono, estou exausto.
 

.

Acordei somente após o anoitecer, eu estava realmente cansado, me sinto bem mais relaxado.

– Vejo que acordou! Como se sente?- me assutou ao odiar a voz da Morte, maldita!

– Você sabia que parece uma assombração ? não me assuste assim! Acabei de acordar, credo!- resmunguei irritado.

Morte deu-me um olhar extremamente assustador pela minha fala.

–Desculpe, não costumo tratar as pessoas assim, eu não acordo de acordo de bom humor, me sinto muito melhor, obrigado por se preocupar

–Ótimo! Disponha. Boa viajem. Estarei mexendo uns pauzinhos aqui, se precisar de mim, apenas me chame.- diz sorridente de mais para meu gosto.

–Como assim boa via-

As palavras sumiram de minha boca quando a morte me colocou um colar - que de relance se parece muito com o vira tempo da mione  com exceção de algumas coisas que diferem um do outro-  e deu-me um tchauzinho. Filha da puta! Eu não estva preparado para isso.
 
1944
 
Estava em minha ronda noturna quando de repente ouço um barulho no corredor do segundo andar perto do banheiro feminino, vou até lá apressadamente e vejo um garoto pequeno e com roupas muito estranhas

– O que faz aqui essas horas?- indaguei
O garoto olhou para mim com os olhinhos verdes piscando de forma extremamente confusa, estranhamente fofo...

Não o reconheço. Eu me lembraria desses olhos verdes. Sim eu com certeza me lembraria se já os tivesse visto .

–Qual sua casa?- perguntei para o garoto que ainda está deitado no chão.

–E-eu bem...- começou ainda confuso mas não terminou, acho que ele não se lembra.

– Não sabe falar ou é gago? -por que estou sendo tão grosso? Eu mão queria dizer isso!

– Claro que eu sei, seu idiota! E qual problema se eu fosse gago?!- resmungou

Garoto abusado! Quem pensa que é para falar assim comigo?

– Vejo que sabe falar muito bem, então faça o favor de dizer logo a qual casa pertence para que eu possa tirar pontos dela, seu insolente- eu não sou tão arrogante assim...

– Que? Do que você está falando? Que casa?- perguntou visivelmente confuso
Qual o problema desse idiota? Retardado por acaso? Eu não tenho tempo para isso. Reviro os olhos 

–Venha- peguei ele pelos braços o levantado do chão sem esforço algum
O garoto é muito leve - de uma forma realmente assustadora e nada reconfortante 

– Sabe seu nome? Está drogado ? -perguntei genuinamente preocupado

– Clar- se interrompeu- bem, na verdade eu não...

– Fala sério! - resmunguei

–Falo! - afirmou, como pode ser tão lento? Meu Merlin!

–Não foi uma pergunta seu jumento! Anda mais rápido - segurei seu pulso com certa agressividade, esse garotinho estava me irritando.

– Ei! Onde está, me levando? – tentou se soltar de meu aperto desesperadamente

– Até o diretor, não sou pago para nada, muito menos para cuidar de pessoas especiais

­–Ora Seu cretino! Eu não sou especial! Só estou confuso!

Soltei uma leve risada do garoto corado  enquanto batia nos aposentos do diretor Dippet

– Diretor desculpe incomodar o senhor a essa hora, mas eu realmente não sei o que fazer com esse garoto, encontrei ele caído perto do banheiro feminino do segundo andar, ele não sabe seu nome, nem sua casa, nem nada... Acho que foi drogado ou vitima de uma maldição- disse polidamente como o bom puxa saco que era

–Claro, claro, compreendo. Recebi uma carta agora pouco esclarecendo sobre o jovem  Yaxley- Falei a Tom parecendo saber exatamente quem era o garoto e  o que havia passado. Era normal que estivesse nesse estado.

Yaxley? Sobrenome importante, mas o garoto é muito... bem, muito estranho e pequeno para pertencer a essa família, Ele provavelmente tem parentesco com Corban Yaxley, mas o porte físico é incontestávelmente diferente

Nunca soube de nenhum parente dele, mas aparentemente eles existem.

–Recebeu? Ah sim, claro que recebeu- perguntou confuso mas depois pareceu se lembrar de algo.

Esse garoto age de forma muito suspeita, tudo que ele fala é com incerteza, ou é realmente retardado ou está aprontando algo.

–Sinto muito por seus pais querido, oh pobre garoto...- olhou o menor com os olhos triste.

O que houve com os pais dele? Pobre garoto por quê? Quem é esse maldito garoto?
Tom odiava não saber algo.

– E-eu.. eu também sinto-  disse com lágrimas nos olhos?

Oh sim, definitivamente lágrimass, os pais dele devem ter morrido, bem isso não é problema meu de forma alguma, garotinho estupido.

Por que estou sendo tão rude e sem sentimentos? O que estava havendo comigo? Deve ser o sono.

– Se me permite, estarei me retirando- chamei atenção do diretor 

–Claro Tom, vá, obrigado por trazer Harry aqui- agradeceu Tom por sua ajuda, ele era um bom garoto, o diretor gostava dele.

Sai do local e fui em direção a meus aposentos

–Harry Yasley, estranho, porém interessante, realmente interessante, sobrenome importante, Harry Yaley pode ser útil.

Tom foi se deitar mal sabendo que Harry seria de fato muito útil.



𝓢𝓮𝓰𝓾𝓷𝓭𝓪 𝓬𝓱𝓪𝓷𝓬𝓮-𝓣𝓸𝓶𝓪𝓻𝓻𝔂 |𝓯𝓲𝓷𝓪𝓵𝓲𝔃𝓪𝓭𝓪|Onde histórias criam vida. Descubra agora