Capítulo 30

2.3K 194 57
                                    

Antoniette Topaz Point Of View.

Quando Cheryl foi embora, entrei novamente em minha casa. Betty estava sentada em uma cadeira perto da bancada comendo o resto das panquecas que a ruiva tinha feito. Esfomeada, pensei.
Me sentei ao seu lado comendo o que ainda restava do meu prato.

– Ei. — exclamou Betty chamando minha atenção. – Vai me contar o que a Cheryl estava fazendo aqui?

– Ela veio aqui ontem, passamos a tarde juntas e quando nos demos conta já estava tarde da noite e convenci ela a dormir aqui. — dei de ombro e continuei a comer normalmente.

– Pera, ela dormiu aqui? — seus olhos estavam arregalados. – Vocês estão mais envolvidas do que pensei. — sussurou.

– E nos beijamos ontem a noite também. — não pude conter o sorriso bobo em meus lábios, lembrei da sua boca macia sobre a minha, do seu beijo lento dá sua língua quente e molhada.

– AI.MEU.DEUS. — gritou. – Vocês se beijaram? — assenti, loira estava tendo um dos seus surtos. – E como vocês estão agora, tipo, vocês se beijaram... Estão namorando novamente?

– Eu não sei... ainda é um caso indefinido. — suspirei. – Também perguntei a ela sobre o porque de ter ido embora antes.

– E o que ela disse? — a mulher em minha frente pareceu interessada no assunto. Claro, até Betty não entendia o porque da Cheryl ter ido embora. Betty me ajudou em muitas coisas naquela época no ensino médio. Ela estava sempre presente quando eu chorava, estava do meu lado tentando me fazer sorrir e quando eu estava deprimida ela tentava me tirar de casa, mesmo que fosse apenas pra andar na rua e conversar.

– Ela ia falar algo, mas aí você chegou e ela se calou. — expliquei, apertei os olhos em sua direção e peguei meu prato junto com o copo o levando para a pia.

– Desculpe.

– Tudo bem, você não sabia. — garanti a ela, lhe olhei por cima do ombro e lhe dei um sorriso. – E de qualquer forma ela vai me falar hoje a noite, vou pro aniversário da Sofia. — terminei de levar a louça e deixei no escorredor. Me virei para fitar a loira. – Ela vai me buscar, você quer ir?

– Bem que eu queria, mas ainda vou voltar pro escritório a tarde e provavelmente vou ficar a madrugada toda mexendo em alguns documentos. — falou com um sorriso triste nos lábios, apenas falei um
" tudo bem ". Fui para a sala me sentar, Betty demorou um pouco na cozinha ainda, mas logo se sentou ao meu lado.

– Falando em documentos, Michael me mandou mensagem hoje. — ouvi minha amiga bufar de tédio ao meu lado.

– E o que aquele idiota queria? — ela se afundou no sofá.

– Ele me mandou uma documentação do papel de divórcio. — um silêncio se estalou por um tempo entre nós. Acho que ela ainda estava processando o que eu disse. Ela se sentou lentamente no sofá, agora corretamente.

– E você vai assinar? — perguntou séria.

– Claro que sim Betty, acho que as coisas entre mim e Michael não vão dá certo novamente. — falei. – Até hoje eu queria entender o porque dele não querer um filho. — minha voz trêmula entregava o qual triste eu ficava ao pensar nisso. Ouvi um suspiro vindo de Betty.

– Eu fiquei sabendo de uma coisa sobre Michael. — ela falou e o receio em sua voz entregava que era algo sério. Olhei para minha amiga com atenção esperando que ela terminasse de falar o que começou, seu olhar estava carregado de hesitação em me contar.
– Esses dias eu estava muito ocupada e por isso não vim aqui. Meu escritório estava fechando um contrato com o que Michael trabalha. — pausou. – Como somos um dos melhores escritórios de advocacia em Miami e a concorrência entre nós é enorme os nossos superiores acharam melhor nos juntar formando apenas um e isso iria fazer nós sermos um dos melhores escritórios de advocacia do país. — suspirou. – O senhor Jhonatan um dos CEO comentou que fez uma reunião a alguns meses e que deu uma proposta para Michael de ser um dos diretor executivos, como Michael é novo séria bom dá o cargo pra ele e ele sendo um dos CEO a responsabilidade iria ser grande. Então eu fui juntando as peças e tirei a conclusão que a responsabilidade iria ser grande demais se ele fosse pai, e iria atrapalhar muita coisa na carreira dele... — senti um nó se formar em minha garganta, agora tudo estava fazendo sentindo. A noite que ele chegou tarde da noite, a discussão que tivemos sobre o aborto. – ... e como
diretor executivo ele teria que dá a vida ao trabalho e para isso nada teve tá atrapalhando ele, foi por isso que Jhonatan escolheu da a ele a proposta. — uma lágrima caia em meu rosto, então a carreira dele era mais importante que a nossa família? – Eu sinto muito Toni. — falou com pesar. Ela me abraçou de lado, seus braços me apertavam, ela sabia que eu estava quebrando. Eu suspirei várias vezes tentando acalmar aquilo que crescia dentro de mim, eu estava triste e com raiva. Aos poucos eu consegui me manter mais calma, mas aquela raiva não ia embora.

𝑶 𝒑𝒓𝒊𝒎𝒆𝒊𝒓𝒐 •𝒄𝒉𝒐𝒏𝒊Onde histórias criam vida. Descubra agora