𝑶 𝒑𝒓𝒊𝒎𝒆𝒊𝒓𝒐 •𝒄𝒉𝒐𝒏𝒊

Capítulo 35

Antoniette Topaz Point Views

Eu sentia algo em meu rosto, algo molhado e macio vindo e indo várias vezes. Apertei meus olhos me despertando naquela manhã com uma mão agarrada a minha barriga, senti um corpo atrás de mim e cabelos ruivos em meu rosto e descobri que aquele algo que eu não sabia o que era, era uma linda e bela ruiva beijando meu rosto bobamente.

O cheiro do seu cabelo era inebriante, um cheiro de lavanda que poderia passar o dia sentindo o cheiro que não enjoaria nem um pouco.

Sorri com seus beijos agora sendo plantados no meu pescoço, aquilo fazia cócegas e eu tentava afasta-lá enquanto ria bloqueando o acesso encolhendo os ombros. Ela riu, sua risada para mim era a melhor música que eu já ouvi na minha vida, e descobri que aquele som poderia ser o meu favorito naquela manhã. Sua mão acariciava minha barriga e seus pés estavam entrelaçados com os meus, senti seus peitos em minha costa, o lençol cobria nossos corpos ainda nus pela noite anterior.

– Bom dia, linda. — sua voz soou baixa e rouca atrás me mim, arrepiando todo meu corpo, ela agora beijava minha costa carinhosamente. Eu sorri mais uma vez naquela manhã em menos de cinco minutos, ser acordada assim me passa sensações agradáveis.

– Bom dia, Cherry. — manhosa com os olhos fechados. – Hum... gostei de ser acordada assim. — lhe olhei sorrateiramente.

Ela se apoio com o cotovelo pondo sua mão em seu cabelo que estava bagunçado, ela estava linda, seus olhos um pouco inchados por ela ter acordado agora, sua boca mais vermelha que o normal, os castanhos brilhavam ao meu ver em um tom mais claro e apaixonante que me hipnotizam tanto que me fazia achar ser a única pessoa do mundo que ela se importava, gosto dessa sensação que sinto quando ela me olha assim.

– O que foi? — sussurrou com a cabeça jogada pro lado me olhando curiosa.

– Você é linda, Cheryl. — pausei enquanto levava minha mão ao seu rosto acariciando, eu queria sentir se ela era real ou não. Seus olhos se fecharam por ela estava tão envolvida com minhas carícias e beijou minha mão. Eu a olhava transbordando de emoções incríveis que ela me proporcionava, senti a necessidade de falar pra ela o que eu senti, queria descrever as sensações que ela me causava, mas era tão indescritível. – Eu estou sentindo algo que não sei descrever... — ela abriu os olhos franzindo o cenho para mim, eles demostravam preocupação. – Não se preocupe, não é nada relacionado ao meu bem-estar. — ela suspirou aliviada e me lançou um sorriso.

– E o que é?

– É emocional... — falei ainda acariciando seu rosto, passei meus dedos por sua sobrancelha bem feita e fui descendo até a ponta do seu nariz, meus olhos acompanhavam todo o movimento. – Eu me sinto como a pessoa mais sortuda e amada do mundo, sinto algo no meu peito, algo bom e caloroso que eu só sinto quando estou com você. — passei minhas mãos por seus lábios. – Eu sinto algo por você tão grande e que transborda tantas emoções que é maior que qualquer coisa que já senti nessa vida. Quando você foi embora guardei esse sentimento para mim e com o passar dos anos achei que ele não existisse mais, mas assim que eu te vi novamente todos os sentimentos vieram a tona como se estivessem apenas adormecidos. — sorri vendo um sorriso bobo nascer nos lábios da ruiva. – Eu sinto como se estivesse encontrado um lar em seu peito. — pus a mão em seu coração, senti que estava acelerado demais em meus dedos. Olhei em seus olhos que brilhavam ainda mais enquanto me olhava. – Você entende?

– Eu te entendo porque eu sinto o mesmo por você, Toni. Sinto como se também estivesse achado um lar no seu peito. — sussurrou baixinho levantando sua mão para acariciar meu rosto, fechei meus olhos com seu toque e senti ela me puxar para selar nossos lábios tão delicadamente como se pudesse me quebrar.