𝐒𝐄𝐓𝐓𝐄. cure necessarie

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SETE

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SETE. cuidados necessários

— EU ESTOU NA CASA DE SANTINO? VOCÊ acha mesmo que isso foi uma boa ideia? — John questionou ao se encostar na cabeceira da cama.

— Bom, alguém precisa cuidar de você. Eu não posso fazer isso no Continental e você ainda não está bem o suficiente para viajar para a Itália.

Jonathan ficou sem reação. Havia mesmo alguém tentando cuidar dele, mas esse era o tipo de coisa que ele não lidava desde que estava casado, então de repente ele notou que não sabia mais lidar com.

— Só a Camorra tem um contrato de quatorze milhões na minha cabeça. E você me trouxe diretamente para dentro dela.

— A única pessoa que sabe que você está vivo sou eu e meu motorista. Ninguém da máfia vem atrás de você, e quando eu voltar à Itália, mandarei fechar o contrato.

Uma coisa encaixou na cabeça de John. Se Santino e Gianna estavam mortos, só havia uma herdeira do trono da Camorra, e esse alguém era a delicada mulher a sua frente. Se ela o quisesse morto, seu corpo já estaria esfriando.

Ele queria continuar a conversa, mas todas as dores em seu corpo o impediram. O efeito dos últimos remédios estava passando e tudo estava doendo de novo, como se ele tivesse morrido, mas estivesse preso ao corpo moribundo.

Kiara percebeu isso, se levantou da cama e abaixou as cortinas para que o quarto não ficasse muito iluminado. Ela pegou um copo d'água, comprimidos e uma caneca (com formato de fantasminha), com chá quente.

— A médica chegará a noite. Enquanto isso descanse um pouco. Acho que você precisa — e, com um sorriso doce, deixou o quarto.

Antes que a porta se fechasse totalmente, o cachorro entrou por elas e subiu na cama, se deitando exatamente ao lado de John. Ele quase não podia crer que Kiara havia o levado também.

Do lado de fora do quarto, Kiara respirou fundo. Nem ao menos tinha percebido que estava prendendo a respiração, mas de repente o cansaço se abateu sobre ela. As horas de viagem, o peso do cargo na máfia, o fato de quer que proteger o homem o qual todos estavam atrás. Naquele momento de realização negativa, Kiara percebeu que sua vida não seria mais a mesma nunca mais. Ela não conseguiria proteger John se não estivesse no comando da Camorra.

Afinal, por que ela queria protegê-lo? Ela não precisava, não era sua obrigação. E nem isso Kiara conseguiu explicar. Mas de algum modo, se sentia em dívida por Wick ter matado Santino e finalmente acabado com seu casamento infernal.

Ela conferiu as horas. Cinco e meia. Dado o fato de que a médica só chegaria às dez da noite, Kira tinha algum tempo para tomar um banho e descansar do dia catastrófico que havia tido.

Na segunda suíte da casa, ela passou meia hora dentro da banheira, só saindo quando a água se tornou insuportavelmente fria. Ao conferir a aparência no espelho, notou que seu rosto estava menos cansado do que ela pensou que estaria.

Talvez, mesmo com todos os problemas, ela estivesse aliviada. Só de pensar que nunca mais teria que lidar com as explosões de raiva de Santino, suas traições e seu complexo de superioridade, ela sorriu. Um sorriso de alívio. Provavelmente o segundo sorriso de verdade nos últimos cinco anos.

Com sono demais para continuar pensando sobre o passado, Kiara deixou o banheiro, vestiu uma calça de moletom e regata e foi dormir, aproveitando o raro momento de paz.

𝐀𝐃𝐃𝐈𝐂𝐓𝐄𝐃 𝐓𝐎 𝐘𝐎𝐔 ━ john wickحيث تعيش القصص. اكتشف الآن