17

1.3K 70 4
                                    

Branquinho 🔥

Parei o carro de frente pro barzinho percebendo que o Thiago estava lá sentando com cara de poucos amigos.

Desci do carro indo até ele.

Branquinho: O que ta acontecendo cara? — Perguntei para ele puxando uma cadeira e sentando.

Th: Ta perguntando isso por quê? — Falou todo boladinho por hoje mais cedo.

Branquinho: Porque eu não vou ter paciência para ficar suportando os seus surtos, sem saber o motivo.

Ele soltou um longo suspiro se rendendo.

Th: Uns dias atrás conheci uma mina maneira, troquei duas palavras com ela no máximo, alguns homens do Escorpião viu e pensa que ela também é envolvida, ele ta ameaçando ela para chega até mim e fazer uma ponte. — Falou e pude vê um músculo da sua mandíbula contrair.

Branquinho: Primeiro vamos manter a calma, segundo tem certeza que você só trocou duas palavras com ela? — Perguntei com um sorriso malicioso no rosto.

Era a primeira vez que eu via o Thiago realmente preocupado com algo, então logo se percebe que a garota é importante.

Th: Sai dessa, ela é menina direta. — Falou com um sorrisinho de canto.

Branquinho: Bom não podemos começar uma guerra agora, se essa garota for mesmo importante você vai proteger ela com a sua vida, e enquanto isso eu cuido do resto. — Falei relaxando o meu corpo na cadeira.

Th: Como assim cuida do resto?

Branquinho: Mandei solta o Álvaro hoje, ele vai ficar responsável pelas meninas assim vou poder fazer um movimento arriscado. Não tem como eu proteger elas e ameaça alguém ao mesmo tempo. — Falei vendo a expressão dele de incrédulo.

Th: Muito inteligente da sua parte coloca o ex marido para fazer isso, corno manso. — Debochou e eu abrir um sorriso convencido.

Branquinho: Você vai grudar nessa menina que você arrumou e não vai sair de perto dela por nada, não podemos da bobeira de que algo aconteça com ela.

Th: Valeu mesmo, já estava ficando doidão.

Thiago 🐍

Entrei na casa dela e estava tudo um breu, deve ser pelo fato de ser uma hora da manhã.

Fui entrando de fininho, até começa a ouvir um choro abafado vindo do quarto dela, continuei me aproximando do barulho vendo ele fica cada vez mais alto.

Apressei os passos até chega lá, me deparei com ela sentada no chão toda encolhida, e com a cabeça em cima dos joelhos.

Th: Helena. — Chamei o nome dela baixinho, que se assustou um pouco levantando a cabeça.

Helena: Ta doendo muito. — Choramingo e peguei o celular no bolso ligando a lanterna, vendo que ela estava toda arrebentada.

Th: Fica aqui, já volto. — Falei pegando a pistola na cintura e saindo do quarto.

Fiz uma vistoria no apartamento não encontrando nada suspeito, apenas um recado escrito na geladeira.

Dessa vez ela sobreviveu, mas talvez da próxima não. 🦀

Revirei os olhos rasgando o papel que estava colado na geladeira, guardei a pistola voltando para o quarto.

Ela se encontrava na mesma posição de antes, acendi a luz enxergando os hematomas mais visíveis.

Th: Desculpa. — Falei me agachando do lado dela, que nem hesitou abraçando o meu corpo.

Helena: Eu nunca vou te desculpa. — Falou entre soluços enquanto apertava cada vez mais meu corpo.

Coloquei uma mão nas costas dela dando leves batidinhas em forma de consolo.

No Vidigal ||Onde as histórias ganham vida. Descobre agora