No Vidigal ||

29

Branquinho 🔥

Acordei sentindo falta de algo do meu lado, abrir os olhos percebendo que ela tinha saído deixando apenas um papel em cima da cama.

“Bom dia, desculpa ter saído sem me despedir, mas tenho coisas para resolver. Me encontra nesse endereço às nove horas da noite, não se atrase.”

Endereço: Rua 07
casa 365…
Bjs.

Joguei o papel do meu lado com um sorriso no rosto, cobri o rosto com o coberto voltando a dormir.

(…)

Cheguei num casarão todo iluminado, olhei pelo retrovisor do carro percebendo que só tinha essa casa porque ao redor era tudo mato.

Branquinho: Meu Deus ela resolveu me sequestra, eu te avisei para não confia em um rostinho bonito. — Sorri com o meu próprio comentário, desci do carro caminhando sobre as pedras brancas que tinham no chão.

Enquanto adentrava o local pude percebe que toda a casa estava em silêncio, sem movimentação nenhuma.

Branquinho: Ruiva. — Chamei por ela e não obtive respostas.

Apressei os passos entrando na casa me deparando com um caminho de vela que levava a uma sala.

Adentrei a sala percebendo que era uma biblioteca, passei os olhos pelo local até que o meu olhar se encontrou com os dela.

Olhei para ela que estava em volta de uma pequena mesa de madeira, no meio da sala colocando taças sobre a mesa.

Ela estava com um vestido longo branco, com um decote na frente. Os seus cabelos estavam presos num rabo de cavalo.

Um pagode começou a tocar baixinho.

Branquinho: Que visão meus amigos. — Bati palmas para a beldade que estava na minha frente, ela se levantou caminhando até mim.

Lara: Olha no lugar de uísque vamos ter somente vinho. — Disse com um sorriso safado nos lábios.

“Estaríamos fazendo exatamente isso só que na minha casa, eu iria te conta que não teve um só dia que eu não tenha pensado em você, você também me contaria como foi difícil viver sem mim, é então partiremos para a melhor parte, ficaríamos juntos á noite toda. Mais quando te encontrei com aquele homem no meu morro…”

Branquinho: Preferia uma cerveja bem gelada, mas não vou reclamar. — Me aproximei dela que virou de costa, se curvando para pega algo em cima da mesa.

Lara: Tenho uma coisa para te mostra. — Disse me entregando um papel, franzi a testa, curioso.

Abrir o papel percebendo que se tratava de uma carta de demissão.

Branquinho: Você não precisava ter feito isso. — Disse sendo sincero, eu não queria que ela desistisse de absolutamente nada para ficar comigo.

Lara: Sei que o seu, autoestima é muito grande, mas não é para tanto né, eu não fiz isso por você e sim por mim mesma. Fiquei cinco anos e meio trancada num quartel. — Ela tirou o papel da minha mão com um sorriso reconfortante no rosto.

Branquinho: Eu só não quero que você tenha que fazer sacrifícios… — Sem pensa ela colou nossos lábios.

Lara: Por favor eu só quero aproveitar cada segundo dessa noite. — Disse voltando a me beija só que dessa vez com mais desejo, enquanto eu tocava cada parte de seu corpo.

Subi a minha mão para o seu cabelo tirando o elástico que prendia os fios, me separei dela por um momento sem afasta os nossos corpos.

Branquinho: Você deveria usar mais o cabelo solto. - Disse contra a sua boca que sorriu negando.

Sem percebe as minhas roupas e as dela já estavam sobre os nossos pés, admirei ela da cabeça aos pés percebendo que havia ganhado na loteria, ela também me olhava com um sorriso é os seus pequenos olhos brilhando.

(…)

Passei a mão sobre os seus cabelos avermelhados, um sorriso bobo brincava em meus lábios.

Branquinho: Nunca imaginei que a melhor noite da minha vida seria ao lado da mulher que amo. — Falei sem pensa, ela tirou a cabeça do meu peito olhando nos meus olhos.

Lara: Você falou que me ama, que bonitinho Túlio Garcia.