11|Mira e Whisky

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Ja faz exatos 30 minutos que estou sentada em uma poltrona na sala da casa de Luiz esperando ele chegar

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Ja faz exatos 30 minutos que estou sentada em uma poltrona na sala da casa de Luiz esperando ele chegar

Em uma mão está minha pistola

Na outra um copo de whisky

Pelo menos bom gosto ele tem

A porta é aberta e ele entra com o celular no ouvido, como está tudo escuro e estou em um canto escondido ele não me ver

— O presente que eu recebi hoje, aqueles infelizes disseram sobre mim. — Uma pausa

— Não, não muda nada! Continuaremos com o plano. — Outra pausa

— Eu quero a desgraçada morta! —  Desliga a lição e caminha até o um controle que suponha ser para acender as luzes

— Por uma fração de segundos achei que você não seria burro de tentar me matar. — Ele para imediatamente no lugar

— Acenda as luzes eu quero ver o rosto do homem que tem tanta coragem ou burrice. — Ele faz o que pedi e todo ambiente se torna claro, ele olha para onde estou sentada

Olha para a arma em minha mão, depois o copo de whisky pela metade e por último meu rosto

— Você tem que beber para ter coragem de me matar? — Pergunta sarcástico e eu nego com a cabeça

—  Preciso do álcool para me controlar e não transformar seu corpo em uma peneira antes da hora. — Com a arma aponto para o sofá a minha frente

— Sente-se

— Você não me dá ordens sua insolente

—  Eu não irei repetir! — Tenho certeza que meu rosto está sombrio e que meus olhos estão carregados de fúria pois ele se senta sem reclamar novamente

— Essa é uma espécie de jogo? Você brinca comigo para depois me matar? — Dou um gole da minha bebida

— Não gosto de matar as pessoas sem saber o motivo. Me diga Luiz Thompson — Digo seu nome como uma ameaça

— O que te fez querer morrer? — Ele levanta do sofá de forma violenta

— Você ainda pergunta? — Praticamente grita

Faço um sinal com a mão como se estivesse falando com uma criança birrenta

— Você foi um peão nesse jogo, um simples fantoche e eu quero que você me diga quem está do outro lado querendo jogar comigo.

— Você matou minha filha, uma inocente. — Paço o cano da arma de forma calma na minha testa e olho para o homem com tédio

— Eu não matei sua filha! Eu não tinha motivos para tal ato. — Ele procura em meu rosto resquícios de mentira mas não encontra já que falo a verdade, a mais pura verdade.

— Eu ainda não decidi o que fazer com você e se você colaborar, talvez, eu não te mate!

—  Que garantia eu tenho que você não está mentindo? — Dou de ombros

— Você está na minha mira, qual razão eu teria para mentir pra você? — Compreensão chega a seus olhos quando ele percebe que foi enganado

Leva as mãos até o rosto e baixo quase inaudivel ele murmura

— Eu não posso acreditar que fui tão idiota! — Finjo não ter ouvido

—  Quem? Só preciso de um nome, quem? — Ele dá uma risada sem humor e se levanta do sofá caminhando até a mesinha de bebidas enche um copo e vira todo de uma vez

Olho cada movimento feito por ele, sem perder absolutamente nada.

— Nina Soares, veio até mim uma semana depois do assassinato da Angel e disse que você tinha sido a autora.

Nina Soares

O nome gira na minha cabeça e várias lacunas se abrem

Aquela desgraça quer me ferrar mas porquê?

— Nina Soares? A esposa do boss? — Pergunto mesmo já sabendo a resposta

— A própria, a desgraçada pareceu tão confiante que eu não duvidei. Investiguei e descobri que você está perto naquele dia então eu acreditei ser verdade.

Porquê? Por qual maldita razão?

— Que garantia eu tenho de ser verdade? — Refaço a pergunta que ele me fez minutos antes

— Você vai me matar, eu não ligo pra mais nada! E se eu não lhe disser quem veio me envenenar a porcaria da minha morte será em vão. Pensando no assunto agora, quem não me garante que ela não tenha sido a assassina da Angel? —Ele tem um ponto

— Sei que não sou digno de pedir tal coisa, mas gostaria que meu filho assumisse meu lugar, ele será bem melhor que eu. Eu garanto! — Balanço a cabeça

— Pensarei no assunto!

Ele foi um peão e se ele não tivesse ferido uma pessoa importante para mim eu deixaria ele sair ileso, mas infelizmente ele deixou tudo explícito de mais e terá que servir como exemplo

O plano de tortura elaborado por mim vai por água a baixo quando decido dá uma morte indolor para ele

Quando ele leva o copo até sua boca eu em um movimento rápido atiro em sua cabeça fazendo ele cair encima da mesinha

Ele nem sentiu, nem soube o momento que morreu, suspiro bebo o restante do líquido âmbar no copo e me levantando da poltrona

Pego meu celular, disco o número de Simon

Abro a porta e caminho tranquilamente para longe daquela casa

Entro no elevador quando Simon finalmente atende

—  Ele está morto! Falo em forma de saudação

—  Você foi rápida!

Escuto um barulho de porta fechando

—  Eu tinha que ser, já decidiu quem ocupará a cadeira dele?

O elevador abre as portas de metal e eu saio, passo pelas pessoas no térreo e atravesso a rua a procura de minha moto

— Não, tem alguma sugestão?

— O primogênito dele é uma boa opção!

— Concordo, então a decisão já foi tomada! Esperarei os três dias de luta e farei o comunicado!

Subo na moto

— Descobriu quem está conspirando contra você?

Sua esposa

— São só suspeitas, irei providências provas e depois te comunicarei!

— Como quiser, você está bem?

—  Sim estou, preciso desligar!

Desligo a chamada coloco o celular no bolso, pego

o capacete coloco na cabeça

Ligo a moto e saio cortando pneu

𝘼 𝙇𝙪𝙯 𝙙𝙖 𝙈𝙤𝙧𝙩𝙚 Onde histórias criam vida. Descubra agora