Você é musica para os meus ouvidos!

Ela me deixou Kuroo

Tendou povs on 

Ela falou aquilo, mas eu me negava a acreditar no que ouvi.

- A gente precisa conversar...

- Espera, de onde ta tirando isso ? A quanto tempo.. cogita me deixar por não ser um engravatado de escritório ? 

- O que ? Não.. eu nunca planejei isso. - Não passava firmeza alguma em suas palavras.

- Então porque isso agora ?-  Deixo as coisas sobre a pia e aproximo dela com os olhos já marejados. 

- É que.. - um silencio se instaura, mas o quebro rapidamente.

- Vamo s/n, me diz de onde tirou isso?- ela fica calada. - Quem foi que te falou ? 

- Ninguém me falou nada ta ?Eu só tenho notado o quanto somos diferentes.. - a resposta foi quase imediata quando trouxe o questionamento disso ter sido ideia de outra pessoa.. Estranho não ?

-Cara você lembra como se apaixonou por mim ? - digo indignado e engolindo o choro como posso. 

- E-eu sei..

- Me conheceu assim! - bato no meu peito com o olhar triste- Sabia como eu era, inclusive soube quem eu era antes de eu saber quem você era..- aponto para ela no fim da frase, evidenciando o "você".- E mesmo assim quis se aproximar de mim, Não é como se estivesse aqui de surpresa, você sempre soube a verdade. 

-Satori eu sei de tudo isso, mas ultimamente a gente tem sentido isso com mais frequência. - a mesma não tinha coragem nem de olhar nos meus olhos.

- uau uns dias com a agenda corrida e já duvida se somos feitos um pro outro.. - ironizo e levanto as sobrancelhas assentindo fraco.

- não é isso...- ela desvia o olhar toda triste. Seguro seu queixo e a faço me olhar.

- Olha nos meus olhos e me diz que quer ir embora.. Me diz que quer voltar pro seu apartamento... olha no meu olho e diz que não me quer mais..- meus olhos estavam molhados encarando os seus,  ela já chorava, segurou meu pulso com calma e tirou a minha mão. 

- só preciso de um.. tempo para organizar a minha mente.- aquilo foi pior do que uma facada. 

- precisa se afasta de mim para pensar direito?... - digo choroso. 

- Amor- Virei de costas e engoli todos os sentimentos que vinham a tona naquele momento, absorvi o monstro que sempre disseram que eu era e virei pra ela. 

- Não. Você quer um tempo ? Então faça bom proveito!- ando para a entrada do meu apartamento, abro a porta e ela me olha indignada e chorosa.- Vamos! Não ta toda decidida ai ? Então vai, faz o que você quiser com o seu tempo.- Pagava de durão durante toda a fala, sentia meu coração quebrar em milhares de pedaços.

- Isso é ridiculo..

- Eu concordo plenamente.- a mesma coloca a mão no meu rosto, eu desvio o olhar começando a chorar, ela abaixa a cabeça e sai pela porta, olho ela entrando no elevador, as portas vão se fechando - eu te amo.. não esquece... - murmurei antes de fecharem completamente.