Capítulo 18: Festa e Primeira Vez

63 11 97
                                    

— Sit vis quaestum celeritatis

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

Sit vis quaestum celeritatis.

Uma rajada de energia sai de mim e avança com força contra o inimigo a minha frente.

Ele tinha cerca de quatro metros de altura e era feito de uma mistura rochosa com pedaços de árvore. Seus braços e pernas eram feitos de madeiras com cipós grossos prendendo cada membro do seu corpo. O monstro tinha vida e destruía tudo o que tinha na sua frente, mas após o meu encantamento de rajada, ele perdeu a estrutura de uma das suas pernas e tombou, espalhando poeira por toda a floresta.

Eu estava há um metro e meio de distância dele, agachada no chão enquanto tentava me concentrar na minha respiração. Estava ofegante e começando a enfraquecer, mas os truques que Vitória me ensinara estavam fazendo efeito. Eu conseguia recarregar minha bateria de energia e me reerguer novamente, pronta para outro round.

Eu tinha que ter em mente apenas dois pontos de como deter meu inimigo. O primeiro é, qual tipo de poder ele emana? Neste caso, o monstro de rocha possui uma força avançada relativa ao seu tamanho e uma velocidade surpreendente, o que me deixava vulnerável a corridas ou lutas físicas. Já, com Cassandra, no fundo ela era apenas uma pessoa. Seu tipo de poder era como o meu: magia, porém uma magia oriunda de rituais de sangue.

O segundo era saber seus pontos fracos. Como eu era apenas um ser minúsculo na frente do gigante de pedra, ele tinha pouca visão sobre mim, o que permitia com que eu fizesse ataques rápidos por trás. Já Cassandra, eu ainda precisava a estudar mais para conhecer um ponto fraco, seja ele físico, seja mágico ou seja psicológico.

Eu usava todo o conhecimento que tinha aprendido durante essas últimas semanas, após ter sido cruelmente derrotada por Cassandra. Desde aquele dia eu estava melhor, minha perna não estava mais engessada e a cicatriz na minha barriga não existia mais.

Benedictus mi connexio ad elementum tellus. Maneat in me naturae vis. Me tellus, herbae, saxa parent! — Faço o encantamento enquanto vejo aquela criatura correr na minha direção, prestes a me esmagar com os enormes braços.

Imediatamente uma névoa roxa o cerca, fazendo com que a criatura urrasse e se desfizesse inteiramente. As rochas voltaram para o chão e os galhos de árvores, para as árvores. O monstro já não existia mais, muito menos a consciência que eu mesma havia injetado nele.

Me sento no chão ofegante, sem ligar se minha roupa iria sujar ou não. Respiro fundo, vendo Vitória se aproximar com um sorriso no rosto e um caderno em mãos.

— Esse foi o seu melhor treino até agora. Você derrotou aquela criatura em... — Ela olha o relógio de pulso. — Sete minutos.

— Sete? Tudo isso? — Questiono frustrada, pois esperava um resultado maior.

— Está melhor que da última vez. São vinte e cinco segundos a menos, você deveria se orgulhar do que conseguiu até agora. — Diz otimista, como sempre, e sorri.

O Legado de Hécate - A Magia das Bruxas [CONCLUÍDO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora