Chapter Forty: Godric's Hollow

260 30 16
                                    

"O mundo não é artistico, Van, porque
as pessoas não são capazes de amar
verdadeiramente a ninguem." - Salvo excessões, é claro.

Outubro de 1998

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Outubro de 1998.

    Harry abriu os olhos, se deparando com um local completamente branco. Estava de bruços, escutando o silêncio. Ninguém o observava. Ninguém mais estava ali. Nem tinha certeza de que ele próprio estivesse ali.

    Ele tinha que estar deitado em algum lugar, porque não sentiria o ar embaixo de si, então era algum lugar sólido. Sua mente cansada, lenta e dolorida não o ajudava em nada.

    Ao tentar se mexer, ele percebeu que estava nu, mas não conseguiu se importar muito, estando sozinho, embora sua curiosidade aflorasse.

    Tinha uma névoa brilhante ao seu redor que foi ficando cada vez mais clara conforme sua consciência se estabelecia. Ele nunca tinha visto nada parecido, achava, mas se assemelhava a um...

    Subitamente, ele encontrou forças para se levantar. O local ao seu redor não parecia estar formado. Seu rosto estava ileso dos seus ferimentos, e seu corpo parecia perfeito.

    Então, do nada informe que o cercava, chegou-lhe aos ouvidos um barulho: as batidinhas suaves de algo que adejava, se açoitava e se debatia. Era um barulho que inspirava piedade, mas também era ligeiramente obsceno. Realmente não queria saber o que era aquilo, mas precisava.

    Desejou, pelo menos, estar vestido.

    Mal acabara de formular o pensamento, apareceram vestes a uma pequena distância. Apanhou-as e vestiu-as: eram macias, limpas e quentes. Parecia o mecanismo da Sala Precisa.

    Harry tentou se situar e, quanto mais ele olhava, mais tinha pra ver. Parecia um parque, conforme as árvores foram aparecendo. O sol brilhava forte. Talvez fosse algum lugar em Londres? Escócia? Mesmo parecendo cheio de vida, tudo era imóvel e silencioso, exceto por aquelas estranhas lamúrias e pancadas surdas que vinham dali perto em meio a névoa...

    Ele se virou lentamente no mesmo lugar, e o ambiente pareceu se reinventar diante dos seus olhos. Ficou um pouco mais sombrio e mais amplo, embora as árvores ainda estivessem presentes, e diversas fileiras de lápides brotaram do chão. Ele era a única pessoa ali, exceto por...

    Encolheu-se. Localizara o que produzia os ruídos. Tinha a forma de uma criancinha nua, enroscada no chão a pele em carne viva e grossa, parecendo açoitada, e tremia ao lado de uma lápide de pedra negra com os dizeres:"Aqui jaz Lorde Voldemort". A coisa tentava respirar, mas não conseguia.

    Tinha uma breve ideia do que seria, mas não quis se aproximar. Não quis arriscar.

    - Inteligente decisão.

    Ele virou-se depressa. Albus Dumbledore vinha ao seu encontro, animado e aprumado, trajando amplas vestes azul-escuras, muito mais jovem do que quando se foi, porém com o mesmo senso de moda terrível.

Death AngelOnde histórias criam vida. Descubra agora