Capítulo 15

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Ana narrando

Quando voltei sai do banheiro Lucas estava sentado na cama calado parecia que pensava em alguma coisa, será que ele está bem? por que eu sempre me faço essa pergunta meu deus, me aproximei dele e resolvi perguntar.

- está tudo bem com você Lucas ?- perguntei e ele me olhou como se quisesse me dizer alguma coisa

- eu queria te falar mais e tão difícil- falou me olhando, e seu olhar transmitia tristeza e vazio, era como se ele tivesse travando uma grande guerra dentro de si

- olha eu sei que é difícil compartilhar seu passado comigo, mas pensa que se você me contar eu vou poder te ajudar, até consiga te ajudar a sair daqui- falei pra ele tentando passar o máximo de confiança possível

- ta bom vou tentar fala- falou e percebi que ele estava tenso, tanto que estava com o punho fechado, coloquei minha mão sobre a dele, e ele abriu a mão dele e pegou a minha entrelaçando-as, é começou falar

Lucas narrando

- quando eu tinha cinco anos eu perdi minha mãe em um acidente carro, quando fiquei sabendo eu estava com meu pai, fiquei muito triste tanto que eu não nem queria comer, ir a escola nem nada do tipo, nem sair da cama eu queria, era como se tudo tivesse perdido, mas o pior de tudo isso é que não era só eu, tinha minha irmãzinha que também tava dentro do carro junto com minha mãe, só que diferente da minha mãe, minha irmã ficou em coma, ela era muito mais nova que eu, ela tinha pouco tempo de vida iria completar 1 ano, meu pai nunca demostrou estar triste na minha frente eu pensava que era pra não me deixar mas triste e deprimido, mas eu comecei a achar estranho porque ele poderia não chorar na minha frente mais sim escondido, daí comecei a observar ele, tanto na minha frente ou quando estava sozinho ele não chorava por nada- ela me interrompeu 

- talvez ele só não conseguia chorar mesmo- falou me olhando

- eu também pensei isso mas eu estava errado, com dois meses depois do acidente minha irmã teve uma melhora muito boa, tanto que ela tinha já saido do coma é tinha ido para um quarto normal, com uma semana ela voltou para casa pra terminar de se recuperar. Eu ajudava meu pai a cuidar dela, nesse tempo eu já tinha me acostumado um pouco com a ideia da morte da minha mãe tanto que já tinha voltado a fazer tudo normalmente, um certo dia quando voltei da escola, entrei em casa é não vi ninguém imaginei que meu pai estaria lá encima cuidando de Lisa, mas quando cheguei perto da porta do quarto vi que ele tava conversando com uma mulher alta com cabelos loiros e tinha olhos castanhos muito lindos, assim como o seu doutora, enfim, então decidi ir para meu quarto, pra ele não ver que estava ali- me interrompeu de novo e perguntou 

-mas o que ele dizia pra essa mulher Lucas?- perguntou curiosa 

- ele dizia que eles dois eram uma dupla muito boa juntos, mas ninguém poderia saber o que eles já tinham feito, nesse dia eu fui dormir cedo, e nem vi quando essa mulher tinha ido embora, e olha que ela passou a tarde toda lá em casa dentro do quarto, eu até tinha ouvido uns gemidos em certas vezes, mas deixei pra lá, quando se passou alguns meses, eu reparei que as visitas dessa mesma mulher ficaram mais frequentes, mas eu pensava que ela era apenas uma amiga, e outra talvez meu pai queria até seguir em frente, conhecer outras pessoas eu não me importaria com isso, tanto que ele não apagasse a memória da nossa mãe, e nem essa tal mulher querer tentar ser nossa mãe, até ai tudo bem, o tempo foi passando e essa mulher começou a cuidar da gente até disse pra gente chamar ela de tia, quando completei 17 anos, comecei achar estranho dessa mulher nunca ter namorado meu pai ou nada do tipo, porque eu já tinha visto eles dois se beijarem e até transarem também, então eu decidi investigar ela depois do horário da aula, ela era casada com um cara rico, e pelo o que descobri ela tinha uma filha e um filho mais nunca vi tinha a oportunidade de ver os rostos deles, dai em diante eu comecei a ficar distante dela sempre que ela ia na minha casa e acho que ela percebeu pois depois disso eu comecei perceber que ela me vigiava, eu tinha uma melhor amiga eu contava tudo pra ela, e lembro que nesse dia eu contei tudo o que eu tinha descoberto pra ela, quando desci pra jantar essa mulher tava na cozinha, e nem meu pai nem minha irmã tava lá, ela se aproximou de mim, e me ameaçou disse que se eu contasse essa história pra mais alguém ela iria matar minha irmã, eu comecei ter medo dela, não deixava minha irmã dormir sozinha mais, ela só dormia comigo na minha cama e eu trancava a porta sempre, teve um dia que meu pai saiu pra trabalhar e me deixou na escola assim que eu cheguei lá eu fui pedir ajuda a alguém que pudesse me ajudar, porque eu já não aguentava ela me ameaçando, então contei tudo pra um amigo meu que o pai dele era policial, quando ele chegasse em casa era pra ele contar pro pai dele , assim ele disse que ia fazer, quando cheguei em casa estava um silêncio muito grande, então fui na cozinha pegar um copo d'água e encontrei minha irmã amarrada em uma cadeira, e a mulher saiu de trás da geladeira .

flashback on 

- eu não disse que não era pra dizer nada a ninguém Luquinhas?- disse me olhando com um olhar frio, e com uma arma na mão 

- o que está fazendo? eu não disse nada a ninguém- falei, eu não iria dizer que falei com meu amigo sobre isso

- sabe o pai do seu amigo o dito cujo no qual você conversou hoje? ele e meu amigo, paguei a ele caso você contasse a ele sobre isso resumindo eu não irei ser presa se era isso que queria

- o que você vai fazer?- perguntei com medo da resposta 

- o que eu disse que iria fazer- respondeu apontando a arma pra Lisa

-deixa ela por favor- falei chorando

- isso tudo é culpa sua Lucas, só sua -falou me culpando

-me leva mais deixa ela, eu imploro- falei desesperado 

ouvi um tiro, ela matou Lisa meu mundo acabou bem ali, com o trauma de ter visto minha irmã morrendo eu desmaiei.

Flashback off

Eu já estava chorando muito, mas como sempre comecei a sentir a raiva, e o que eu mas temia iria acontecer e eu não queria, mas não tinha controle ela tinha que sair daqui antes que fizesse alguma coisa

-SAI DOUTORA- gritei pra que ela sair dali o mais rápido possível, mas ela não saiu 

-JÁ DISSE PRA SAIR -gritei de novo 

- eu não vou sair, eu sei qual era seu medo de contar, era me machucar não era? olha eu não vou sair daqui, eu sei que você não vai me machucar- falou se aproximando, e eu estava com medo daquela aproximação sinceramente, eu não tinha tanta convicção que eu não iria machucar ela, Mas ela me pegou minha mão e colocou no coração dela ,ele batia em batimentos lentos ou era o meu que estava muito acelerado demais? então ela me abraçou por incrível que pareça minha raiva foi passando, então eu só chorei mesmo abraçado com ela, ela então me puxou e a gente deitou na cama, eu fiquei abraçado com ela e coloquei meu rosto na curva de seu pescoço, sentindo o cheiro dela, então fiquei ali chorando baixinho é sentindo o carinho que ela fazia no meu cabelo.

-ta tudo bem eu estou aqui com você- falou pra mim, não sabia que ouvir essas palavras fazia tão bem, só assenti, abraçando ela mais forte, me acalmei mais

- eu sinto tanta falta dela Ana- disse 

- eu sei que sim, mas ela ta lá de cima cuidando de você- falou pra mim

-eu sei mais queria ela aqui comigo, você tem um irmão né?- perguntei pra ela

- sim tenho e eu amo muito ele- falou 

- cuide dele, você nunca sabe até quando pode ter ele- falei sentindo tristeza

- e eu sei disso, descansa que eu vou ficar aqui com você tá- disse voltando fazer carinho em mim, que eu nem tinha percebido que ela tinha parado, então dormi.

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gente que capitulo grande 1435 palavras.

Meu Paciente Where stories live. Discover now